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Plinio Corrêa de Oliveira
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A certeza do castigo anunciado por Nossa Senhora de Fátima


Imagem Peregrina Internacional de Na. Sra. de Fátima [Foto Luis Guillermo Arroyave]
Imagem Peregrina Internacional de Na. Sra. de Fátima [Foto Luis Guillermo Arroyave]

Algo que a História registra, que a Teologia da História indica como certa, é que as grandes catástrofes dos povos são castigos. Isto é um princípio certo da Teologia da História. Quando um povo sofre uma grande catástrofe, isto é um castigo. Não vale para os homens, para os indivíduos particularmente, mas vale para as nações, para os grupos sociais etc.

Ora, a História nos indica que as grandes catástrofes levam muito tempo suspensas sobre os castigados. Essa é a regra geral das grandes catástrofes. Desde o Dilúvio — passando pela queda de Jerusalém, do Império do Ocidente, do Império do Oriente, pelo Protestantismo, pela Revolução Francesa, pela Revolução Comunista russa etc. — são sempre tempestades que ficam longamente suspensas sobre um povo sem que se entenda por que não arrebentam, mas depois acabam arrebentando.

Mais ainda. Em geral, quanto maior é o tempo desse suspense, tanto mais terrível é o castigo. De maneira que, desta demora não se deduz que ele não virá, mas o contrário, que ele virá terrível. Isto é a regra geral da História. Simples, fácil de entender.

Eu confesso o seguinte: tenho certeza de que o castigo anunciado em 1917 por Nossa Senhora em Fátima virá. Mas esta certeza é mais por causa da Teologia da História e das leis gerais da História do que pela própria Mensagem de Fátima. Embora eu dê toda a minha adesão a essa Mensagem, a minha certeza do que realmente Nossa Senhora revelou aos três pastorinhos é uma certeza menor — uma vez que as certezas comportam graus — do que essa que decorre das leis da Teologia da História.

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(*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 3 de abril de 1970. Sem revisão do autor.

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Plinio Corrêa de Oliveira

Plinio Corrêa de Oliveira

550 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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