Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 5 anos — Atualizado em: 9/16/2019, 3:40:57 PM
Transcrevemos abaixo comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para jovens durante uma conferência. Alegria, felicidade se acham no cumprimento do dever.
Há um nexo entre o conceito de alegria e o de felicidade. O homem feliz tem alegria, o homem alegre é feliz. Nosso Senhor Jesus Cristo foi feliz? São Francisco de Sales, outros autores espirituais dizem: Ele foi feliz durante a vida inteira e conservou na fina ponta da alma – portanto, não na sua sensibilidade, mas na parte mais alta da alma – Ele conservou sua alegria até mesmo na Paixão, até mesmo no Horto das Oliveiras quando bebeu o cálice, quando suou sangue, até mesmo no alto da Cruz quando Ele disse o “consumatum est”.
A felicidade e a alegria, o que são?
Nós compreendemos mais facilmente o conceito de alegria e depois chegamos ao de felicidade. É alegre o homem que compreende, o homem que sabe que faz o que deve fazer e que sente aquele bem-estar de alma decorrente de cumprir o seu dever e querer fazer o que deve fazer. Isso dá alegria.
Simplificando as coisas, a alegria vem ao homem do fato dele fazer o que quer. Se o homem faz aquilo que deve fazer, ele tem a boa alegria. Quer dizer, ele tem a alegria que vem do fato de fazer o que deve fazer. Se faz o que não deve fazer, ele tem má alegria.
Qual é a alegria do homem que cumpre o seu dever? Os Srs. tomem um soldado que está lutando no campo de batalha. Uma luta tremenda: explodem os obuses, os perigos se multiplicam etc., mas ele luta com todo o fogo. Esse homem tem ou não tem alegria? Tem alegria. Por que? Porque tem a satisfação de estar fazendo aquilo que deve, como deve e chegando ao resultado que deve, ainda que seu resultado seja morrer no campo de batalha. Aquilo ele aspirou, aquilo está fazendo. Aquilo é reto e produz na alma dele uma forma de bem estar que todos os sofrimentos da batalha não conseguem superar no homem bem ordenado. Isso é a verdadeira alegria.
O que é a felicidade? É a posse habitual dessa verdadeira alegria
Aqui os senhores têm o choque dos dois ideais de vida. O choque dos dois conceitos que se opõem. Um é o conceito segundo o qual a felicidade nesta terra consiste em gozar a vida, e outro é o conceito segundo o qual, nesta terra mesmo, a felicidade consiste em ter conhecido o verdadeiro ideal e o ter servido heroicamente, com sacrifício, ainda que pesadíssimo. E com tanto mais alegria quanto mais pesado foi o sacrifício.
Os senhores estão vendo duas considerações, dois modos de ver que se apartam diametralmente um do outro. Uma consideração é de tal maneira grande, que ela é até incalculável. Tudo o que nós possamos excogitar, para nos dar uma ideia do que é que pode ser a nossa felicidade no Céu, não é de nenhum modo suficiente para compreender o abismo de felicidade em que está imersa a última das almas do Céu. Porque é uma felicidade completa. Tem graus, mas é completa. Para cada um ela é completa.
Servir a Deus dá a verdadeira alegria na Terra e na Vida Eterna
De maneira que, ainda do ponto de vista da mera vantagem, vista do ponto de vista do prazer, do deleite, vale a pena servir a Deus, que é o Senhor de todo bem, de toda bondade e que tem meios de nos recompensar magnificamente.
Mas, há uma outra idéia que está por detrás disso. É que nesta terra mesmo, há mais alegria em morrer depois de ter realizado uma obra, em morrer depois de ter servido à causa verdadeira, há mais alegria nisso do que em viver como um paxá. Esta é a tese que os paraquedistas franceses exprimiam daquele modo que nós já comentamos várias vezes: “Mais vale a pena ser uma águia um minuto, do que sapo a vida inteira”.
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Mult_720929_santoodilon4.htm#.XM-J1Y5KjIU
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_720916_felicidade_idealista_egoista.htm
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