Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

AR-15 Crusader – o fuzil da discórdia

Por Nilo Fujimoto

2 minhá 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:57 PM


A quem pode causar polêmica um fuzil com citações bíblicas e símbolos cristãos produzido nos EUA?

Certamente não aos que resolveram comprá-los a ponto de esgotar.

Do outro lado estão os que, não tendo outros argumentos contra a produção do armamento, afirmam existir a polêmica.

O fuzil da discórdia

A descrição é da matéria da BBC: “O fuzil AR-15 Crusader vem despertando críticas por apelar à religião: a arma vem ‘decorada’ com citações à Bíblia e símbolos cristãos.

Seu nome é inspirado nas Cruzadas, as expedições militares cristãs que cruzaram a Europa para tentar recuperar o domínio sobre Jerusalém durante a Idade Média. Assim como esses grupos faziam, o fuzil carrega a cruz templária.

A Spike’s Tactical, empresa que produz o Crusader, no Estado norte-americano da Flórida, também incorporou as palavras “paz“, “guerra” e “Deus vult” (“Deus o quer”, em tradução livre do latim), grito de guerra usado quando o papa Urbano 2º deu início à primeira cruzada, em 1095.

Críticas?

A reportagem procura centrar a polêmica na estratégia de marketing da empresa produtora do armamento deste modo:

Representantes da empresa afirmaram a vários sites que as mensagens e símbolos no fuzil garantiriam que ele não seja usado por seguidores de outras religiões que não a cristã. O porta-voz da companhia chegou a dizer, em um vídeo promocional, que ‘nenhum muçulmano se atreveria a tocar a arma’. Esse argumento foi criticado por meios de comunicação e usuários de redes sociais.

A matéria da BBC cita apenas duas críticas, o que é muito pouco para ter transformado o assunto em polêmica.

A primeira delas é a de Colin Wolf, colunista do Orlando Weekly, que “escreveu que a empresa que comercializa o Crusader ‘ignora, convenientemente, o fato de que a maioria dos tiroteios nos EUA não tem nada a ver com aspectos religiosos’.” E que “O fuzil é basicamente só uma estratégia de marketing“.

Mas, tem que admitir que funcionou: o estoque da arma se esgotou em 72 horas.

A segunda crítica veio de um órgão imparcial: “Por meio de um comunicado à imprensa, o Conselho de Relações Islâmico-Estadounidenses da Flórida disse que o fuzil ‘não fará nada para deter a ameaça real nos Estados Unidos: o crescente problema da violência armada’.”

Para a entidade, o Crusader busca “lucrar com a promoção do ódio, da divisão e da violência“.

Não nos detenhamos em analisar a falácia da ideia de que o fuzil promove o “ódio, a divisão e a violência”, de que o islã seria pacífico ou que haveria apenas uma minoria de radicais a promover o terrorismo, argumentos que só convencem os inocentes úteis (muito úteis e pouco inocentes) porque abrem as portas ao inimigo para a destruição do que resta da Cristandade.

O sucesso de venda é de se presumir que tenha sido porque invoca – e faz despertar -, nos homens que ainda não se deixaram apagar a chama do heroísmo, o desejo da realização das Cruzadas. E olha que fatos não faltam que justifique o início de uma.

Detalhes do artigo

Autor

Nilo Fujimoto

Nilo Fujimoto

99 artigos

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados