Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:49 PM
A Arábia Saudita, uma das grandes potências islâmicas, protetora das principais cidades de onde se espalham as falsas crenças de Maomé e do Corão, financia um centro inter-religioso em Viena, uma das grandes capitais históricas da Cristandade, noticiou Infocatólica.
Viena, que no passado foi objeto de grandes tentativas de conquista da parte dos turcos, está hoje na mira dos fundamentalistas fanáticos, que não escondem sua vontade de fazer o mesmo, pouco importando os métodos: pacíficos ou violentos.
O governo saudita financia o Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural Rei Abdullah Bin Abdulaziz (KAICIID), instituição apoiada politicamente pela própria Áustria, pela Espanha e até pelo Vaticano.
Porém, vozes representativas da quase totalidade das tendências político-ideológicas da Áustria não querem saber desse Centro e publicam claramente suas razões.
O sentimento geral é de que não faz sentido que a Arábia Saudita mantenha um “centro de diálogo” em Viena enquanto oprime os cristãos e os ativistas da liberdade de expressão em território saudita.
Por isso, os partidos do governo e da oposição exigem abertamente o fechamento desse centro perturbador, inaugurado em novembro de 2012. E têm sobradas razões para isso.
Por exemplo, nos últimos dias, o blogueiro e ativista pela liberdade saudita Raef Badawi padeceu as primeiras 50 chibatadas públicas de um total de mil a que foi condenado por escrever artigo comparando diversas religiões.
Badawi, de 30 anos, está preso desde 2012. Sua página Web foi fechada, a Justiça islâmica o acusa de insultar o Islã, e sua mulher teve que fugir com os três filhos, exilando-se no Canadá.
Enquanto organizações pelos direitos humanos fizeram uma manifestação de protesto diante da embaixada da Arábia Saudita em Viena, o “Centro Inter-religioso” sequer emitiu uma nota a respeito do brutal tratamento dado ao blogueiro saudita.
Não é difícil os islâmicos sentirem sua religião por baixo em qualquer comparação que venha a ser feita com outras. E por isso não toleram e reagem com violência desproporcionada.
Para surpresa dos estrangeiros, o cardeal-arcebispo de Viena, Dom Christoph Schönborn, defendeu esse centro da intolerância e de anticristianismo, alegando que fechá-lo seria “contraproducente”.
O arcebispo não espantou os austríacos, pois ele vem há tempo protagonizando gestos “novo estilo” que escandalizam profundamente os fiéis.
Contudo, o primeiro-ministro Werner Faymann pede a investigação desse centro inter-religioso, que, segundo ele, “não cumpre com as tarefas e atividades para as quais teria sido fundado”.
Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores, Sebastian Kurz, criticou o suspeito Centro em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em um comunicado que soou muito insincero, o Centro disse que seu papel é “mediar, moderar e fomentar o diálogo inter-religioso”. Um “diálogo” que pune com mil chibatadas a quem o pratica sinceramente não faz sentido.
O suspeito Centro mantém sua sede num histórico palácio no centro de Viena e acolhe representantes das principais religiões do mundo. Enquanto o Islã não decide decepar-lhes a cabeça, como temem os austríacos clarividentes.
Para os críticos, o Centro tem um objetivo propagandístico: melhorar a imagem internacional da Arábia Saudita, país fundamentalista na sua Constituição, mas ambíguo na sua política face ao Ocidente.
Ali não existe nenhuma liberdade de culto, e se os cristãos forem pegos rezando privadamente, podem ser condenados até à morte.
Qual é o sentido desse diálogo e desse ecumenismo inter-religioso?
Torna-se cada vez mais difícil não constatar que se trata de um palavreado para amolecer os católicos, até o dia em que o furor dos assassinos fanáticos se abata sobre eles.
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