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Black blocs e impunidade

Por Gregorio Vivanco Lopes

2 minhá 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:25:43 PM


black blocs

Os black blocs (blocos de negros) que atuam no Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, devem seu nome ao fato de frequentemente se vestirem de preto e usarem máscaras e capuzes da mesma cor.

Não vamos entrar aqui na discussão um tanto acadêmica para saber se eles são ligados ou não a movimentos semelhantes que já atuaram na Europa (Gênova, Gotemburgo), nos Estados Unidos (Seattle), no Canadá (Quebec). Tal discussão tem seu interesse, é claro, mas para efeitos deste artigo abordaremos outro ângulo de cogitações.

Por que são eles impunes? Quem tem interesse nos quebra-quebras que promovem?

Utilizam uma tática de ação direta, de corte anarquista, atacando, saqueando, roubando e destruindo o que chamam de símbolos do capitalismo, como viaturas policiais, estações do metrô, carros de luxo, agências bancárias, Mac Donalds etc. Têm ligações ideológicas evidentes com o movimento anti-globalista dos Fóruns Sociais que se realizaram em Porto Alegre e outras cidades.

Infiltram-se em manifestações várias ou atuam por própria conta como criminosos comuns. Como não dependem de votos, pouco se importam com o fato de que seu desprestígio é grande na população. Vivem de ousadia e são protegidos pelo manto da impunidade. Ônibus foram queimados e as forças da ordem hostilizadas. Chegaram a espancar um coronel da Polícia Militar, que só não mataram porque um policial próximo sacou a arma.

Tal situação levou a polícia, em alguns momentos, a endurecer a repressão, por meio de balas de borracha, gás, bombas de efeito moral, sendo então asperamente criticada pela mídia, que alegou “truculência” policial.

Quando alguns dos black blocs são levados à delegacia, pouco depois são soltos, ou porque o delegado não encontra respaldo legal para mantê-los presos, ou porque algum juiz manda imediatamente soltá-los. Livres, daí a pouco voltam à carga.

O governo federal petista e os governos estaduais de Rio e São Paulo, reunem-se para estudar o caso, fingem que vão tomar medidas, mas nada sai de concreto. Mais de uma pessoa com quem conversei levantou a suspeita de que o PT estaria por detrás dessas manifestações de black blocs, os quais funcionariam como uma espécie de força auxiliar não confessada do partido. Com que objetivo?

Sendo o PT um partido com uma vocação totalitária evidente, só teria a ganhar com uma desestabilização da sociedade burguesa, que facilitasse o advento de um tipo de “chavismo” ou “castrismo” brasileiro. Ainda há pouco, por ocasião das eleições internas do PT veio a furo a existência de uma ala fortemente descontente com as alianças feitas pelo governo petista com partidos ainda não radicalmente de esquerda.

Devido à opinião pública, o PT não tem condições, ao menos de momento, de ostentar seu papel radical. A ação dos black blocs traria algum respiro para esses descontentes e poderia apressar os acontecimentos.

Tais conjecturas serão passíveis de provas no futuro? Ou de desmentidos? Quem viver, verá.

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Autor

Gregorio Vivanco Lopes

Gregorio Vivanco Lopes

173 artigos

Advogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".

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