Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
16 min — há 5 anos — Atualizado em: 5/5/2020, 10:04:33 PM
Autor: Cardeal Raymond Burke
Caros Amigos,
Há algum tempo,estamos em combate contra a disseminação do coronavírus, o COVID-19. Tudo o quepodemos dizer – e uma das dificuldades do combate é que ainda não se sabe muitosobre a peste –, é que batalha deverá continuar por algum tempo. O vírusenvolvido é particularmente insidioso, pois possui um período de incubaçãorelativamente longo – alguns dizem 14 dias e outros 20 – e é altamentecontagioso, muito mais contagioso do que outros vírus que conhecemos.
Um dos principais meios naturais de nos defendermos contra o coronavírus é evitar qualquer contato próximo com os outros. É importante, de fato, mantermos sempre uma distância – dizem alguns que de um metro, outros que de quase dois – afastados um do outro e, é claro, evitar reuniões de grupo, ou seja, reuniões nas quais várias pessoas estejam próximas umas das outras. Além disso, como o vírus é transmitido por pequenas gotículas emitidas quando alguém espirra ou assoa o nariz, é essencial lavar frequentemente as mãos com sabão desinfetante e água morna por pelo menos 20 segundos, bem como lavar e limpar as mãos com produtos e toalhetes desinfetantes. É igualmente importante desinfetar mesas, cadeiras, bancadas, etc., nas quais essas gotículas possam ter pousado e a partir das quais elas são capazes de transmitir o contágio por algum tempo. Se espirrarmos ou assoarmos o nariz, somos aconselhados a usar um lenço facial de papel, descartá-lo imediatamente e depois lavar as mãos. Naturalmente, aqueles que estão diagnosticados com o coronavírus devem ficar em quarentena, e aqueles que não estão se sentindo bem, mesmo que não tenha sido detectado neles o coronavírus, devem, por caridade para com os outros, permanecer em casa, até que estejam se sentindo melhor.
Residindo naItália, onde a disseminação do coronavírus tem sido particularmente letal, demodo especial para os idosos e para aqueles que já estão em um estado de saúdedelicado, edifica-me o grande cuidado que os italianos estão tomando para seprotegerem e aos outros do contágio. Como os senhores já devem ter lido, osistema de saúde na Itália está sendo duramente posto à prova em sua tentativade fornecer a necessária hospitalização e tratamento intensivo aos maisvulneráveis. Por favor, rezem pelo povo italiano, especialmente por aquelespara os quais o coronavírus pode ser fatal, bem como pelos responsáveis porseus cuidados. Como cidadão norte-americano, acompanho a situação dadisseminação do coronavírus em minha terra natal e sei que aqueles que vivemnos Estados Unidos estão cada vez mais preocupados em impedir sua disseminação,para que uma situação como essa da Itália não se repita lá.
Toda a situaçãocertamente nos induz a uma profunda tristeza, e também ao medo. Ninguém desejacontrair a doença provocada pelo vírus, nem que alguém a contraia.Especialmente, não queremos que nem nossos amados idosos, nem outras pessoas frágeissejam colocados em risco de morte pela disseminação do vírus. Para combater suapropagação, estamos todos em uma espécie de retiro espiritual forçado,confinados em quartos e incapazes de demonstrar os usuais sinais de afeto àfamília e aos amigos. Para os que estão em quarentena, o isolamento é claramenteainda mais severo, não sendo possível manter contato com ninguém, nem mesmo àdistância.
Se a própriadoença associada ao vírus não fosse suficiente para nos preocupar, não podemosignorar a devastação econômica que a propagação do vírus causou, com seusefeitos graves sobre pessoas e famílias, como também sobre aqueles que nosservem de muitas maneiras em nossa vida cotidiana. Naturalmente, nossas cogitaçõesnão podem deixar de incluir a possibilidade de uma devastação ainda maior para apopulação de nossas pátrias e, de fato, do mundo.
Certamente, agimosbem aprendendo e empregando todos os meios naturais para nos defendermos docontágio. É um ato fundamental de caridade usar todos os meios prudentes paraevitar contrair ou espalhar o coronavírus. Os meios naturais de impedir a suapropagação devem, no entanto, respeitar o que necessitamos para viver, porexemplo, o acesso a alimentos, água e medicamentos. O Estado, ao imporrestrições cada vez maiores ao movimento dos indivíduos, prevê, no entanto, queeles possam ir ao supermercado e à farmácia, observando as precauções dedistanciamento social e de uso de desinfetantes por parte de todos osenvolvidos.
Ao ponderar o necessáriopara viver, não devemos nos esquecer de que nossa primeira consideração é o nossorelacionamento com Deus. Recordamos as palavras de Nosso Senhor no Evangelho deSão João: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nósviremos a ele e nele faremos nossa morada” (14,23). Cristo é o Senhor da natureza e da História.Ele não está distante e desinteressado de nós e do mundo. Ele nos prometeu: “Eisque estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). Ao combatero mal do coronavírus, nossa arma mais eficaz é, portanto, nosso relacionamentocom Jesus Cristo Nosso Senhor através da oração e da penitência, de devoções particularese da Sagrada Liturgia. Voltemo-nos para Cristo, a fim de que nos liberte dapeste e de todo dano, e nunca Ele deixará de responder com amor puro edesinteressado. É por isso que é essencial para nós, a todo o momento eprincipalmente em tempos de crise, ter acesso às nossas igrejas e capelas, aosSacramentos, às devoções e orações públicas.
Assim como podemoscomprar alimentos e remédios, tomando o cuidado de não espalhar o coronavírus aofazê-lo, assim também devemos poder rezar em nossas igrejas e capelas, receberos Sacramentos e participar de atos de oração e devoção pública, para que reconheçamosa proximidade de Deus conosco e permaneçamos próximos d’Ele, solicitando piedosamenteSua ajuda, sem a qual estamos realmente perdidos. No passado, em tempos depeste, os fiéis se reuniam em fervorosa oração e participavam de procissões. Defato, no Missal Romano, promulgado pelo Papa S. João XXIII em 1962, há textosespeciais para a Santa Missa a ser oferecida em tempos de pestilência — a Missa Votivapela Libertação da Morte em Tempo de Pestilência (Missae Votivae ad Diversa 23). Da mesma forma, na tradicionalLadainha dos Santos, rezamos: “Da praga, da fome e da guerra, ó Senhor,livrai-nos”.
Muitas vezes,quando nos encontramos em grande sofrimento e mesmo enfrentando a morte,perguntamos: “Onde está Deus?” Mas a verdadeira questão é: “Onde estamos nós?”Em outras palavras, Deus está certamente conosco para nos ajudar e salvar,especialmente no momento de severas provações ou da morte, mas muitas vezesestamos longe d’Ele por causa de nossa incapacidade de reconhecer nossa total dependênciad’Ele e, portanto, de rezar diariamente a Ele e de Lhe tributar a nossaadoração.
Nestes dias, ouvimuitos católicos devotos dizerem que estão profundamente tristes edesencorajados por não poderem rezar e adorar em suas igrejas e capelas. Elesentendem a necessidade de observar a distância social e de seguir as outrasprecauções, e respeitarão essas práticas prudentes, que podem facilmente seremfeitas em seus locais de culto. Mas, muitas vezes, eles têm de aceitar oprofundo sofrimento de terem suas igrejas e capelas fechadas, e de não teremacesso à Confissão e à Santíssima Eucaristia.
Sob a mesma ótica,uma pessoa de fé não pode analisar a atual calamidade em que nos encontramossem considerar também o quanto a cultura de nosso povo está distante de Deus. Elanão é apenas indiferente à Sua presença em nosso meio, mas abertamente rebeldeem relação a Ele e à boa ordem com que Ele nos criou e nos sustenta no ser. Bastapensar nos ataques violentos e diários à vida humana, masculina e feminina, queDeus fez à Sua própria imagem e semelhança (Gn1, 27), nos ataques aos nascituros inocentes e indefesos e àqueles que têm oprimeiro título aos nossos cuidados, ou seja, aqueles que estão muitosobrecarregados com doenças graves, anos avançados ou necessidades especiais.Somos testemunhas diárias da propagação da violência em uma cultura que nãorespeita a vida humana.
Da mesma forma, bastapensar no ataque generalizado à integridade da sexualidade humana, ou seja, anossa identidade como homem ou mulher, com a pretensão de definir,arbitrariamente e a miúde recorrendo a uma mutilação, uma identidade sexualdiferente daquela que nos foi dada por Deus. Com uma preocupação ainda maior,testemunhamos o efeito devastador sobre indivíduos e famílias da chamada “teoriade gênero”.
Tambémtestemunhamos, mesmo dentro da Igreja, um paganismo que adora a natureza e a terra.Existem pessoas na Igreja que se referem à terra como nossa mãe, como seviéssemos da terra e a terrafosse a nossa salvação. Mas viemos das mãos de Deus, Criador do Céu e da terra.Somente em Deus encontramos a salvação. Rezamos nas palavras divinamenteinspiradas do salmista: “Só [Deus] é meu rochedo e minha salvação; minhafortaleza: jamais vacilarei” (Sl 62 [61], 6). Vemos como a própria vida de fése tornou cada vez mais secularizada e, portanto, relativizou a Realeza de Cristo,o Verbo de Deus encarnado, Rei do Céu e da terra. Testemunhamos tantos outrosmales que derivam da idolatria, do culto a nós mesmos e ao nosso mundo, em vezde adorar a Deus, fonte de todo ser. Tristemente vemos em nós mesmos a verdadedas palavras inspiradas de São Paulo sobre “a impiedade e perversidade doshomens, que pela injustiça aprisionam a verdade”: eles “trocaram a verdade deDeus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que ébendito pelos séculos. Amém!” (Rm 1,18 e 25).
Muitos com quemestou em contato, refletindo sobre a atual crise sanitária mundial e todos osseus efeitos conexos, expressaram-me a esperança de que ela nos leve — como indivíduos efamílias e como sociedade — a reformar nossas vidas, a nos voltarmos para Deus, que certamente estáperto de nós e que é imensurável e incessante em Sua misericórdia e amor paraconosco. Não há dúvida de que grandes males como a peste são um efeito dopecado original e de nossos pecados atuais. Deus, em Sua justiça, deve reparara desordem que o pecado introduz em nossas vidas e em nosso mundo. De fato, Elecumpre as exigências da justiça com Sua superabundante misericórdia.
Deus não nosdeixou no caos e na morte que o pecado introduziu no mundo, mas enviou SeuFilho unigênito, Jesus Cristo, para sofrer, morrer, ressuscitar dos mortos esubir glorioso à Sua direita, a fim de permanecer conosco sempre,purificando-nos do pecado e inflamando-nos com o Seu amor. Em Sua justiça, Deusreconhece nossos pecados e a necessidade de sua reparação, enquanto em Suamisericórdia Ele derrama sobre nós a graça para que possamos nos arrepender e fazerreparação. O Profeta Jeremias orou: “Senhor! Conhecemos nossa malícia e ainiquidade de nossos pais. Bem sabemos que pecamos contra vós”; mas em seguidacontinuou sua súplica: “Pela honra, porém, de vosso nome, não nos abandoneis,nem desonreis o vosso trono de glória. Lembrai-vos! E não rompais o pacto queconosco firmastes” (Jr 14, 20-21).
Deus nunca vira ascostas para nós; Ele nunca romperá Sua aliança de amor fiel e duradouroconosco, mesmo que sejamos tão frequentemente indiferentes, frios e infiéis. Àmedida que o presente sofrimento nos revela tanta indiferença, frieza einfidelidade de nossa parte, nós somos chamados a nos voltarmos para Deus eimplorar a Sua misericórdia. Estamos confiantes de que Ele nos ouvirá e nosabençoará com Seus dons de misericórdia, perdão e paz. Juntamos nossossofrimentos à Paixão e Morte de Cristo e, como diz São Paulo: “O que falta àstribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”(Col 1, 24). Vivendo em Cristo, conhecemos quão verdadeira é a nossa oraçãobíblica: “Vem do Senhor a salvação dos justos, que é seu refúgio no tempo daprovação” (Sl 37 [36], 39). EmCristo, Deus nos manifestou plenamente a verdade expressa na oração dosalmista: “A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a pazde novo se darão as mãos” (Sl 85 [84], 11).
Em nossa culturatotalmente secularizada, há uma tendência de ver a oração, os atos de devoção eo culto como outra atividade qualquer, como por exemplo, ir ao cinema ou a umjogo de futebol, o que não é essencial e, portanto, pode ser cancelado com ofim de tomar precauções para conter a propagação de um contágio mortal. Mas aoração, os atos de devoção e o culto, e acima de tudo a Confissão e a SantaMissa são essenciais para permanecermos saudáveis e fortes espiritualmente, epara buscarmos a ajuda de Deus em um momento de grande perigo para todos.Portanto, não podemos simplesmente aceitar as determinações de governos civis,que tratariam o culto a Deus da mesma maneira que ir a um restaurante ou a umacompetição atlética. Caso contrário, as pessoas que já sofrem tanto com os efeitosda peste serão privadas desses encontros efetivos com Deus, que está em nossomeio para restaurar a saúde e a paz.
Nós, bispos e sacerdotes,precisamos reivindicar publicamente a necessidade para os católicos de orar e renderculto em suas igrejas e capelas, e seguir em procissão pelas ruas e caminhos,pedindo a bênção de Deus para Seu povo que sofre tão intensamente. Precisamosinsistir em que os regulamentos do Estado, e para o próprio bem do Estado,reconheçam a devida importância dos locais de culto, especialmente em tempos decrise nacional e internacional. No passado, de fato, os governos entendiam,acima de tudo, a importância da fé, da oração e do culto do povo para venceruma pestilência.
Mesmo que tenhamosencontrado uma maneira de nos suprir de alimentos, remédios e outrasnecessidades durante um período de contágio, sem arriscar irresponsavelmente apropagação do mesmo, devemos também encontrar uma maneira de suprir asnecessidades da nossa vida espiritual. Devemos poder oferecer maisoportunidades para a Santa Missa e devoções das quais vários fiéis possamparticipar sem violar as precauções necessárias para a não propagação docontágio. Muitas de nossas igrejas e capelas são muito grandes. Eles permitemque um grupo de fiéis se reúna para rezar e adorar sem violar os requisitos de“distância social”. O confessionário com a tela tradicional é geralmente equipadocom um véu fino, e se não houver poderá facilmente ser colocado, o qual podeser tratado com desinfetante, para que o acesso ao Sacramento da Confissão sejapossível sem grandes dificuldades nem o risco de transmissão do vírus. Se umaigreja ou capela não possui uma equipe suficientemente grande para desinfetarregularmente os bancos e outras superfícies, não tenho dúvida de que os fiéis,em gratidão pelos dons da Santa Eucaristia, Confissão e devoção pública, de bomgrado ajudarão.
Ainda que, porqualquer motivo, não possamos ter acesso às nossas igrejas e capelas, devemos lembrarque nossos lares são uma extensão de nossa paróquia, uma pequena igreja para aqual trazemos Cristo após nosso encontro com Ele na igreja maior. Que nossolar, durante esse período de crise, reflita a verdade de que Cristo é oconvidado de todo lar cristão. Vamos nos voltar para Ele através da oração,especialmente o Rosário, e outras devoções. Se a imagem do Sagrado Coração deJesus, juntamente com a imagem do Imaculado Coração de Maria, ainda não estiverentronizada em nossa casa, agora seria a hora de fazê-lo. O lugar da imagem doSagrado Coração é para nós um pequeno altar em casa, junto ao qual nós nosreunimos cônscios da presença de Cristo dentro de nós pela infusão do EspíritoSanto em nossos corações, e colocamos nossos corações muitas vezes pobres epecaminosos no Seu glorioso Coração trespassado — sempre aberto para nosreceber, curar nossos pecados e nos encher de amor divino. Se desejarementronizar a imagem do Sagrado Coração de Jesus, recomendo-lhes o manual A entronização do Sagrado Coração de Jesus,disponível através do Apostolado Mariano de Catequistas. Também está disponívelnas traduções para o polonês e o eslovaco.
Para aqueles quenão podem ter acesso à Santa Missa e à Sagrada Comunhão, recomendo a práticadevota da Comunhão Espiritual. Quando estamos corretamente dispostos a recebera Santa Comunhão, isto é, quando estamos em estado de graça e não temosconsciência de nenhum pecado mortal cometido e pelo qual ainda não fomos perdoadosno Sacramento da Penitência, e desejamos receber Nosso Senhor na SantaComunhão, mas somos incapazes de fazê-lo, unamo-nos espiritualmente ao SantoSacrifício da Missa, rezando a Nosso Senhor Eucarístico nas palavras de SantoAfonso Ligório: “Como agora não posso Vos receber sacramentalmente, vindeespiritualmente ao meu coração”. A Comunhão Espiritual é uma bela expressão deamor a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento e não deixará de nos atrairabundantes graças.
Ao mesmo tempo, seestivermos conscientes de ter cometido um pecado mortal e formos incapazes deter acesso ao Sacramento da Penitência ou Confissão, a Igreja nos convida afazer um ato de perfeita contrição, isto é, de pesar pelo pecado “procedente doamor Deus, amado sobre todas as coisas”. Um ato de perfeita contrição “obtém operdão dos pecados mortais, se incluir o propósito firme de recorrer, logo quepossível, à confissão sacramental” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1452).Um ato de contrição perfeita dispõe nossa alma para a Comunhão Espiritual.
Finalmente, fé erazão, como sempre fazem, trabalham juntas para fornecer a solução justa ecorreta para um desafio difícil. Devemos usar a razão, inspirada pela fé, paraencontrar a maneira correta de lidar com uma pandemia mortal. Ela deve darprioridade à oração, à devoção e ao culto, à invocação da misericórdia de Deussobre Seu povo que sofre tanto e está em perigo de morte. Feitos à imagem esemelhança de Deus, desfrutamos dos dons do intelecto e do livre arbítrio.Usando esses dons dados por Deus, unidos aos dons também dados por Deus, de Fé,Esperança e Caridade, encontraremos nosso caminho neste momento de provação universal,causa de tanta tristeza e medo.
Podemos contar coma ajuda e a intercessão do grande exército de nossos amigos celestiais, aosquais estamos intimamente unidos na Comunhão dos Santos. A Virgem Mãe de Deus,os Santos Arcanjos e Anjos da Guarda, São José, Verdadeiro Esposo da VirgemMaria e Padroeiro da Igreja Universal, São Roque, a quem invocamos em tempos deepidemia, e os outros santos e bem-aventurados, a quem nos voltamosregularmente em oração, estão ao nosso lado. Eles nos guiam e constantementenos asseguram que Deus jamais deixará de ouvir nossa oração; Ele responderá comSua misericórdia e amor incomensuráveis e incessantes.
Caros amigos, eu lhesofereço essas poucas reflexões profundamente consciente de quanto estãosofrendo por causa da pandemia do coronavírus. Espero que elas possam ajudá-los.Sobretudo, que os inspirem a se voltarem para Deus em oração e atos de culto,cada qual de acordo com suas possibilidades, para poder assim experimentar Seuremédio e Sua paz. A estas reflexões junto a promessa da minha lembrança diáriade suas intenções em minha oração e penitência, especialmente no oferecimento doSanto Sacrifício da Missa.
Peço que, porfavor, se lembrem de mim em suas orações diárias.
Seus, no SagradoCoração de Jesus, no Imaculado Coração de Maria e no Coração puríssimo de SãoJosé,
Raymond Leo Cardinal BURKE
21 de março de 2020
Festa de São Bento Abade
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