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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Cardeal Parolin elogia a “sinicização”, novo artifício do comunismo chinês


       O Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, concedeu entrevista ao The Global Times – porta voz do PC chinês em língua inglesa.

       São suas palavras: “tenho boas e claras recordações do momento em que como Subsecretário de Relações tive contatos com os representantes chineses e agradeço ao Senhor por me permitir essa experiência”.

      O Cardeal Parolin está intimamente envolvido com o “Acordo Provisório” entre o Vaticano e a China (cujas cláusulas são secretas) e que tem sido criticado por bispos, padres e leigos católicos do mundo todo – em particular pelo Cardeal Zen – por causa das concessões que o Vaticano fez ao regime comunista chinês: a legitimação dos bispos da Igreja Patriótica (criada pelo PC chinês), sagrados à revelia de Roma, e a pressão para que os bispos, padres e leigos fieis a Roma se submetam  às imposições da Igreja Patriótica. O Cardeal Parolin aproveita a entrevista ao The Global Times para elogiar a “sinicização”.

O que é a “sinicização”

       Xi Jinping, o presidente vitalício da China, tem um plano abrangente de homogeneização (massificação) dos chineses: pensar, agir, trabalhar, enfim, moldar-se segundo o padrão do PC chinês.

       Esse processo de massificação ou standardização – vai muito além da padronização dos regimes totalitários, do stalinismo, do hitlerismo – pois, usa da tecnologia de ponta, como aplicativos, câmeras de reconhecimento facial (200 milhões), pontuação do cidadão chinês que lhe permite acesso ou restrição a empregos, viagens, créditos. Completa o quadro negro a censura da internet e imprensa fiel ao PC.

Evangelizar sem massificar: sabedoria da Igreja

    A Igreja Católica, na sua milenar sabedoria, e guiada pelo Espírito Santo, soube evangelizar sem obrigar os vários povos a se tornarem ocidentais e mais especialmente sem os colocar na forma europeia.

     É inteiramente falha a acusação da Teologia da Libertação, dos mentores do Sínodo da Amazônia, de que a Igreja Católica obrigou os índios a adotarem o modelo ocidental. O que a Igreja faz é depurar as práticas, as tradições e os costumes das influências pagãs, satanistas etc. Por exemplo, abolindo a antropofagia, o infanticídio, a poligamia, o culto aos falsos deuses. Ensinou São Paulo, citando o salmista: “os deuses dos pagãos são demônios”. Psalmi 95:5-7

    Na Índia, temos o rito siro malabar, respeitando as peculiaridades locais.  Assim, o rito caldeu, armênio, maronita etc. É a sabedoria milenar da Santa Igreja aproveitando os sadios regionalismos (que respeitam a Lei Natural). Criou ela assim os ritos locais para atender às sadias peculiaridades dos diversos povos.

Cardeal Parolin elogia a “sinicização”

     Adotando o conceito progressista de “inculturação”, afirma o Cardeal Parolin: “para o futuro, certamente será importante aprofundar este tema, especialmente a relação entre “inculturação” e “sinicização” tendo em vista como o líder chinês pôde reiterar sua vontade de não violentar a natureza e a doutrina de cada religião”. (A cruel perseguição aos católicos chineses, destruição de igrejas e cruzes mostram o contrário).

     E prossegue: “estes dois termos, “inculturação” e “sinicização” se relacionam entre si sem confusão e sem oposição: de alguma maneira podem ser complementares e podem abrir vias para o diálogo a nível religioso e cultural”.

* * *

      As autoridades chinesas estão obrigando os pregadores a misturar passagens da Biblia com princípios comunistas. Essa mistura (similar à TL latino americana) é praticada pela Igreja Patriótica a qual realiza o sonho do Cardeal Parolin de uma singular mistura de “inculturação” e “sinicização”

 

https://www.catholicnewsagency.com/news/no-opposition-between-sinicization-and-inculturation-parolin-tells-china-media-56652

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Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

472 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

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