A grande questão: o governo Dilma fará a Reforma Agrária Socialista e Confiscatória, tão esperada pelas esquerdas?

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Atilio Faoro

João Pedro Stédile, no 5º Congresso do MST contra o latifúndio e as transnacionais.

Passado o período eleitoral, começam a emergir perguntas sobre o perfil e as metas do futuro governo de Dilma Roussef. Nada mais natural.

Da parte da esquerda – de todos os matizes – a preocupação volta-se para um ponto que, para eles, é essencial: o futuro governo fará uma Reforma Agrária profunda e radical, que acabe com o poder do agronegócio e do chamado latifúndio?

Uma primeira resposta veio do líder máximo do MST, João Pedro Stédile, o qual aliás esteve nos últimos meses, com sua tropa, no seu canto e caladinho, para não atrapalhar a eleição da candidata petista.

Rompendo o silêncio, o dirigente do MST em entrevista à Agência Brasil (2-11-2010), disse acreditar que o governo de Dilma Rousseff terá mais condições políticas do que teve a administração atual de fazer a Reforma Agrária avançar e de atender a outras demandas do setor. “O Lula ganhou as eleições em um quadro de composição de forças muito adversas. Agora, eu acho que há uma composição de forças mais favorável a um programa de centro-esquerda”, ressaltou Stédile.

Pondo o dedo na ferida, Stédile acabou com (mais…)

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A opinião pública na gangorra da derrota ou vitória

Plinio Vidigal Xavier da Silveira

Fac-símile da Revista Veja mostra o quanto a opinião pública forçou a aparente mudança dos candidatos.

Ante o fato de que os candidatos presidenciais eram todos de esquerda, o povo brasileiro se vingou e lhes impôs uma agenda conservadora. Se o eleito insistir em esquerdizar o País, sofrerá enorme desgaste.

As questões eleitorais dominaram o panorama nacional no último mês. Até aí nada de extraordinário, em vista do segundo turno da eleição em 31 de outubro. O que surpreendeu a muitos, isto sim, foi o fato de predominarem na campanha graves temas morais e religiosos, dos quais os candidatos não conseguiram se desvencilhar. Aborto, “casamento” homossexual, família, religião e o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) rechearam os debates, contrariamente ao desejo de ambos os postulantes ao cargo máximo da República.

Tem esse fenômeno grande importância e profundidade, e impõe-se uma análise do que ocorreu. O leitor verá, pelo que segue, que o aspecto mais profundo dos episódios deste pleito independe de o eleito ter sido A ou B.

Só candidatos de esquerda: a democracia em xeque

Tudo começou quando (mais…)

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Passadas as eleições, já soou o alarme do confisco de propriedades rurais e urbanas

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Além de ressuscitar a CPMF, já soou o alarme de confisco de propriedades rurais e urbanas. No Rio de Janeiro, o INCRA acaba de partir para cima dos imóveis urbanos que pertenceriam a “territórios” quilombolas. Os títulos de propriedade são…

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A ilusão do prazer eterno
As greves na França:

A ilusão do prazer eterno

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Nas últimas semanas, diversos editorialistas vinham se debruçando sobre as convulsões havidas na França. Por mais que se procure, entretanto, não se encontra o ponto verdadeiramente nevrálgico da questão. O motor de tais distúrbios – “greves, bloqueios de estradas e…

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