Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 1/15/2016, 4:09:48 PM
Hélio Viana
Em fins de 2009, bem próximo de nós, uma frota da marinha de guerra russa dotada com ogivas nucleares efetuou longas e vistosas manobras conjuntas com a Venezuela. Agora, em Moscou, Hugo Chávez acaba de assinar com o presidente Dimitri Medvedev um contrato para a construção de uma central nuclear em território venezuelano.
“Com fins pacíficos”, afirmou Chávez após a assinatura, acrescentando que logo virão denúncias de que a Venezuela está se armando para ameaçar outros países.
“Excusatio non petita, accusatio manifesta” – Na escusa não pedida está manifesta a acusação…
É só pensar nas reiteradas ameaças feitas por Chávez à Colômbia quando do bombardeio ao acampamento de Raúl Reyes, inclusive com deslocamentos de tropas para junto da fronteira do país vizinho; ou aos bolivianos, quando estes ameaçavam depor Evo Morales; ou ainda em relação a Honduras, que resistiu heróica e vitoriosamente a Chávez e aos seus comparsas para não se transformar em outro protetorado bolivariano.
Isso para não falar da intromissão de Chávez na política interna dos demais países, como a Bolívia, o México e o Peru e mais recentemente no Brasil.
O acordo nuclear com a Rússia não pode deixar de causar preocupação, sobretudo tendo-se em vista o estreito alinhamento do governo venezuelano com o regime terrorista iraniano, e o de ambos com o brasileiro.
Tal cenário foi certamente o que levou Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano, a declarar que os
EUA vigiarão “muito de perto” este acordo, esperando que tanto a Rússia como a Venezuela “assumam as obrigações internacionais” que o uso dessa tecnologia acarreta.
“É uma declaração insolente. Nosso país tem o direito de desenvolver como qualquer país do mundo a energia nuclear como energia alternativa, como energia do futuro para uso pacífico”, reagiu o chanceler venezuelano Nicolas Maduro falando à televisão estatal VTV de Belarius, o destino seguinte de Chávez depois de Moscou.
Que todo país civilizado tenha direito a desenvolver tecnologia nuclear com fins pacíficos, ninguém o nega. A questão é quando ela é posta nas mãos de ditadores cujos atos e intenções não são do conhecimento de todos.
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