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7 min — há 4 anos
Escrevia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, no “Legionário em 21 de outubro de 1945” ¹, indicando qual o modo de ser que o católico deveria tomar diante das dificuldades que se apresentam ao enfrentar o poderio dos inímigos da Fé. Ele faz questão de nos recordar a Grande Arma dada por Deus, que por sua vez indicou primorosamente São Luís Maria Grignion de Montfort, em seu livro o “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.
Qual é a postura que deve transluzir na alma do Católico?
Para esclarecer este aspecto o Prof. Plinio expõe: “Nossa combatividade não é, mesmo, senão otimismo. Onde muitos acham que “está tudo perdido”, e que os católicos estão reduzidos a mendigar com melúrias, achamos pelo contrário que “nada está perdido”, e que a situação ainda é bastante boa para pleitearmos a defesa de nossos direitos com vigor, galhardia e desassombro. A diferença que vai de nossa posição à de muitos dos que não nos compreendem, é precisamente está. Enquanto eles concebem a tática católica como a do súplice pedinte, de chapéu na mão, cabeça baixa, voz débil e olhar fito no chão, nós a concebemos como a de um homem que se defende cônscio de sua força, de seus direitos, e sereno quanto à sua vitória. Resumamos. Não sentimos nossa situação de católicos “en mendiants” (medicante), mas “en combattants” (Combativo).”. ¹
“Confiar nesta tática, esperar precisamente dela a vitória, ter a certeza de que ainda quando a Igreja não tem em suas mãos ouro nem canhões, pode atirar desassombradamente em seus adversários qualquer pedregulho de beira de estrada, e o pedregulho fará o papel da funda de David: não é isto o verdadeiro otimismo, um otimismo que chegará, aos olhos de muitos, às raias da temeridade?”. ¹
“Passaram-se os anos. Agora, está na liça o comunismo. Nossa tática continua a ser a mesma. Ainda que tivéssemos em mãos um só alfinete enferrujado, enfiá-lo-íamos displicentemente no focinho do touro vermelho, precisamente no momento em que sua fúria estivesse mais acesa. O alfinete reproduziria a seu modo a proveitosa tarefa da funda de David. As virtudes de sua ferrugem seriam mais letais do que o gume de mil espadas. Dentro de um tempo mais ou menos longo, teríamos o touro, a nossos pés, inane e inofensivo como o mais vulgar dos gatos mortos.”. ¹
Inúmeros exemplos na história não faltam: os Cristeiros no México; os católicos brasileiros na Insurreição Pernambucana bem como em Canudos, na Bahia; os Vandeanos na França, região onde São Luís Grignion incessantemente pregou; ambos defenderam-se da perseguição religiosa e assim se fez presente a militância Católica…
Certa vez o Prof. Plinio chamava a atenção para um princípio ímpar de uma ação católica, dizia: Nossas ações devem ser regidas por duas virtudes concomitantes, a virtude da Prudência e da Coragem. Por que se tivermos apenas a Prudência transformaríamos as nossas ações em Covardia, e se tivemos apenas Coragem agiremos como “Gatos Loucos”. Por isso Nossa Senhora sempre guiava com estas duas Virtudes Excelsas nossas ações…
Em vista disso, continua o artigo: “Por que isto? Há momentos de falar e momentos de calar, nos diz a Escritura. Assim também, há momentos de avançar e momentos de ficar parado. Em diplomacia há momentos de recuar. As tradições de sagacidade, prudência, agilidade quase infinitas da Secretaria de Estado da Santa Sé nos mostram bem, que nem sempre o melhor meio de chegar à vitória é o ataque frontal. Mas desde São Leão até [São] Pio X, desde Átila até os nazi-comunistas, a História nos mostra também que há momentos em que uma só atitude é verdadeiramente capaz de surtir efeito: agir de frente, firmes os olhos nas mãos de Deus, do Qual nos vem toda a vitória e todo o bem.”. ¹
“A nosso ver, perante o nazismo e seus consectários, o comunismo e suas variantes, a tática deve ser esta e só esta.”. ¹
Hoje com este forçado “Novo Normal” que está nos levando para um futuro cheio de incertezas, onde:
Bem sabemos onde tudo isto poderá nos levar sob este forte avanço do Inimigo Vermelho…
Mostrava o artigo de 1945: “Isto explica o extraordinário relevo que damos a uma notícia apagada, que os jornais reproduziram há pouco: a canonização iminente do Bem-aventurado Luís Maria Grignion de Montfort.”. ¹
“A notícia nada significa para o comum das pessoas. Ela significa tudo, para os que conhecem o verdadeiro fundo das coisas. A Providência resolveu jogar sua bomba atômica contra os adversários da Igreja. Perto desta bomba, as convulsões de Hiroshima e Nagasaki não passam de inocentes tremedeiras. Há dois séculos que está pronta a bomba atômica do Catolicismo. Quando ela explodir de fato, compreender-se-á toda a plenitude de sentido da palavra da Escritura: “Non est qui se abscondat a calore ejus”[não há quem possa subtrair-se a seu calor].”. ¹
“Esta bomba se chama com um nome muito doce. É que as bombas da Igreja são bombas de Mãe. Chamam-se O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Livrinho de pouco mais de cem páginas. Nele, cada palavra, cada letra é um tesouro. Este o livro dos tempos novos que hão de vir.”. ¹
“O Beato Grignion de Montfort [hoje Santo] expõe em sua obra, no que consiste a perfeita devoção dos fiéis a Nossa Senhora, a escravidão de amor dos verdadeiros católicos, à Rainha do Céu. Ele nos mostra o papel fundamental da Mãe de Deus no Corpo Místico de Cristo [a igreja Católica], e na vida espiritual de cada cristão. Ele nos ensina a viver nossa vida espiritual em consonância com essas verdades. E nos inicia em um processo tão sublime, tão doce, tão absolutamente maravilhoso e perfeito, de nos unirmos a Maria Santíssima, que nada há na literatura cristã de todos os séculos, que o exceda neste ponto.”. ¹
“Esta devoção, diz São Luiz Grignion de Montfort, unindo o mundo a Nossa Senhora, uni-lo-á a Deus. No dia em que os homens conhecerem, apreciarem, viverem essa devoção, nesse dia Nossa Senhora reinará em todos os corações, e a face da terra será renovada.”. ¹
“E, nós o repetimos, é essa Verdadeira Devoção, a bomba atômica que, não para matar mas para ressuscitar, Deus pôs nas mãos da Igreja em previsão das amarguras deste século.”. ¹
“Pois bem, nosso otimismo é este: confiamos imensamente mais na bomba atômica de São Luís Maria Grignion de Montfort, e em seu poder, do que nós receamos da ação devastadora de toda as forças humanas”. ¹
“Preparai lugar para Maria, Rainha dos Últimos Tempos, preparai lugar para a Igreja, Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana, que o próprio Cristo adquiriu com o seu Sangue. Vinde como se fôsseis a mão poderosa de Deus. Atendei à invocação que fazemos do santo e adorável Nome de Jesus Cristo, e do Nome puríssimo de Maria, à Qual os infernos temem e os Céus glorificam, a Quem estão sujeitas as Virtudes [coros angélicos*] dos Céus, as Potestades[*] e as Dominações[*], a Quem os Querubins[*] e Serafins[*] louvam num concerto sem fim, dizendo: Santa, Santa, Santa, é a Senhora Mãe de Jesus Cristo, o Senhor Rei dos Exércitos.”. ²
Fonte:
¹ = https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20451021_GRIGNIONDEMONTFORT.htm
² = Finalzinho da oração “Apelo aos Anjos, Oração a São Miguel Arcanjo” composta pelo católico mariano Plinio Corrêa de Oliveira.
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