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COP30… de que tanta se fala. Não tema, leitor, vou poupar-lhe do show midiático, da desorganização, da imagem vergonhosa que passam do Brasil.

Nascido no campo, convívio com a realidade do dia-a-dia com a natureza, parecia-me que os sonhadores do terrível leviatã do  “aquecimento global” – que resolveram pintar com novas cores usando as palavras-mágicas — as “mudanças climáticas” —  não deveriam ser levados a sério.

Mas, afinal, já são 30 eventos promovidos pela ONU e apoiados pela mídia alinhada no Ocidente. A China, a grande poluidora real do planeta, fica de fora do jogo. Por quê as ONGs só pressionam o Ocidente?

Meu desânimo face ao tema só aumentou após ter lido não sei quantas publicações, comentários e palavras-talismã que os repetidores consensuais sabem usar a fim de ganhar “prestígio” midiático.

Estou sonhando?

“A conferência será o espaço para discutir como integrar justiça social e justiça climática, e para alinhar mecanismos que tornem a transição energética global realmente inclusiva.”

Afim de apressar a “agenda” criaram mais uma palavra-talismã: “não há retorno”; “não há segunda chance”. Outra? “Governança global”.

Não sei se os povos indígenas entendem essa linguagem cifrada: “justiça climática, transição energética global realmente inclusiva …”

Os não-indígenas, os iniciados (da agenda 2030) nessa linguagem sabem, certamente, do que se trata. Já estamos, então, muito além do debate sobre o clima. O velho sonho da dominação universal vestiu-se (camuflou-se) de verde.

Mais adiante encontro outra palavra-talismã: “racismo ambiental”.

“Além desses três eixos, temas como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), o fortalecimento dos mercados de carbono e o debate sobre racismo ambiental também devem ter destaque.” (1)

Cardeal Parolin, justiça social, conversão ecológica

O discurso do Cardeal Parolin na Cúpula do Clima

“O modelo cultural ao qual (o Cardeal) Parolin se refere deverá ser capaz de superar a cultura do descarte, substituindo-a pela cultura do cuidado. Mas esse novo modelo também deve levar em conta a justiça climática que, afirmou Parolin citando Leão XIV, “é uma necessidade urgente que vai muito além da simples proteção do meio ambiente. Trata-se, na verdade, de uma questão de justiça social, econômica e humana”. (2)

Mais uma vez, o clima é usado como plataforma de justiça social, econômica, humana.

Vatican.news - “Nesta quinta-feira (13/11) a Igreja Católica - presente na COP30 em Belém - , representada por cardeais do Sul Global (América Latina, Ásia, África e Oceania), apresentou à Conferência do Clima, no Pavilhão da ONU, na Zona Azul, o documento “Um chamado por justiça climática e a casa comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções”.

“O documento que foi evidenciado na Mesa de Debate: “Cuidado da Casa Comum” – Diálogos sobre o Documento das Igrejas do Sul Global, rejeita soluções como o “capitalismo verde”, exige que nações ricas paguem sua dívida ecológica e pede ações concretas para limitar o aquecimento global a 1.5?C.” (3)

A virtude da Sabedoria

Jamais a doutrina católica aprovaria a destruição da natureza por um mero capricho dos homens.

O Genesis nos ensina que devemos reinar sobre a natureza, sobre os animais, peixes etc. (Gen 1-28)

"E Deus os abençoou, e disse: Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais que se movem sobre a terra." (Gen. 1-28)

Nos estreitos limites de um artigo dizemos simplesmente que a grande ausente em toda essa visualização frenético-ecológica é a virtude da sabedoria.

Portanto, censuramos sempre o motor intemperante que vem impulsionando o Ocidente nos últimos séculos.

Desde a eclosão da revolução industrial, o Ocidente vem sendo varrido por uma intemperança de cunho protestante. Demonstra-o com muito acerto o livro Retorno à Ordem, publicado por John Horvat, vice-presidente da TFP americana.

Os extremos se tocam, são dois erros opostos: destruir por destruir a natureza e, de outro lado, endeusar a natureza como Mãe Terra, com dores de parto, ecologia integral.

Nossa Hierarquia cuidaria tão bem da natureza se ensinasse aos homens a virtude da sabedoria, a temperança, e o dever de submeter a natureza conforme prescrito no Gênesis.

Mas isso tiraria o combustível dos tanques das esquerdas, das agendas globalistas, do endeusadores da mãe Terra. Esvaziaria a ecologia integral, o racismo ambiental, a justiça climática …

Nossa Senhora da Sabedoria guiai nossos hierarcas, nossos líderes, nosso Brasil.

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