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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

De jovem moderno a terrorista islâmico

Por Luis Dufaur

2 minhá 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:12 PM


De jovem universitário à soldado do califado

Seifeddine Rezgui - Suicida muçulmano
Seifeddine Rezgui

Seifeddine Rezgui foi um jovem estudante tunisiano de 23 anos como muitos outros, sendo conhecido pela sua paixão pelo breakdance. Porém, um dia ele apareceu vestindo roupas negras e abrindo fogo contra turistas numa praia, matando 38 deles.

Ele se formou no Instituto Superior de Estudos Tecnológicos (Iset) de Kairouan, no centro da Tunísia. E não era procurado pelos serviços de segurança do país, pois seu ambiente familiar era normal, explicou um porta-voz do ministério do Interior, citado pelo jornal Le Monde de Paris.

A súbita transformação de Seifeddine Rezgui em terrorista solitário, admirador do Estado Islâmico, surpreendeu sua família e sua cidade. A rede local El Hiwar Ettounsi perguntou: “Como é possível que um universitário diplomado passe de um jovem bem-sucedido nos estudos a um terrorista matador de inocentes?

Seu pai é um simples pedreiro que não consegue se recuperar do choque emocional. O espantoso terrorista, segundo seu primo Nizar, parecia uma pessoa normal, que trabalhou num bar e ia rezar na mesquita junto com os clientes do local. Todo o contrário de um “soldado do califado”.

Foto do atentato suicida perpetrado por Seifeddine Rezgui.
Foto do atentato suicida perpetrado por Seifeddine Rezgui.

Mas um comunicado do Estado Islâmico dissipou todas as ilusões: ele era bem um deles e o atentado se inseriu na onda de crimes anti-ocidentais dos fanáticos islâmicos.

Estado Isâmico e seu moderno meio de recrutamento: a internet

Porém, os habitantes de sua cidade haviam notado nele um isolamento esquisito. Ele havia afundado na Internet com um fanatismo singular. E não falava o que fazia quando “surfava”. Talvez nesse período ele tenha viajado clandestinamente para a vizinha Líbia, onde poderia ter recebido treino e possivelmente armas.

Seifeddine Rezgui não era obcecado pelo Corão. Como muitos outros soldados do Estado Islâmico, ele apresentava sinais de intoxicação igualitária e corrupção moral característica do mundo ocidental.

Mistura explosiva

É como se o veneno anárquico e sensual que dissolve a Europa e o mundo ex-cristão tivesse sido inoculado numa pessoa de contexto cultural árabe e que essa mistura explosiva fez dele um assassino suicida.

Como em outras épocas, aliás, também o foram guerrilheiros e terroristas fanatizados pela metafísica igualitária que inspirou os mais cruéis episódios revolucionários da História.

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Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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