Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 8/31/2017, 5:44:30 PM
Hélio Viana
Com o divórcio on-line – como a dissolução do vínculo conjugal poderia ser denominada, a partir da aprovação pelo Congresso da PEC 66 –, é a família brasileira que recebe seu tiro de misericórdia.
Com efeito, a partir do momento em que o divórcio entrou em vigor no Brasil, em 1977, por efeito de um decreto do então presidente Geisel – e ante o vergonhoso silêncio do Episcopado nacional –, ficou aberta para os casais a porta até então fechada que lhes tornava em larga medida possível o cumprimento do voto feito no casamento: fidelidade em todos os transes, nas tristezas como nas alegrias etc.
Dada a fragilidade humana, a sabedoria e a prudência mandam que se dificultem as circunstâncias nas quais possamos tomar decisões contrárias ao bom senso, aos nossos próprios interesses e aos de nossos filhos.
Talvez a mais importante dessas circunstâncias se dê precisamente em relação ao casamento, base e condição para a constituição e prosperidade da família, o qual, para alcançar seu objetivo, deve começar por ser ele mesmo forte.
Ora, porquanto essa porta estivesse então fechada, a oração, o tempo e a paciência faziam o mais das vezes com que as dificuldades e os desencontros inerentes à existência humana neste vale de lágrimas fossem sendo aos poucos sanados no recinto do lar. E a vida familiar seguia seu curso através das décadas.
Quando de todo não dava para os cônjuges permanecerem juntos, havia a figura do desquite – não contrária, como o divórcio, à moral católica –, por onde os corpos se separavam, mas o vínculo permanecia.
Com o divórcio, contudo, isso acabou. Pois a porta numa primeira etapa aberta – gerando todas as trágicas conseqüências que conhecemos, em especial para os filhos –, agora escancarou, propiciando que seja muito maior o número e mais céleres os passos dos que a transporão em busca de uma nova vida de felicidade sem sacrifícios que eles esperavam encontrar no casamento indissolúvel…
E como tudo agora é on-line, se também este não der certo, é só apertar delete e em seguida um search, em busca de outra quimera. E assim sucessivamente.
Creio que desse jeito nem na União Soviética, embora a extinção da família sempre tenha sido um dos postulados básicos do comunismo. E tudo isso ainda é festejado por políticos e pela mídia como uma grande conquista!
Daniel Martins
320 artigosVoluntario do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. Articulista na Revista Catolicismo e na Agencia Boa Imprensa. Coordenador do Canal dos Santos Anjos no YouTube: https://www.youtube.com/c/CanaldosSantosAnjos/
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