Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 8 anos — Atualizado em: 10/9/2018, 9:48:37 PM
Chocou o país um crime bárbaro ocorrido em Campinas, SP, nos primeiros minutos de 2017. Um homem armado com uma pistola invadiu a casa de uma família que celebrava a entrada do Ano Novo. Ele não se conformava com a separação de sua esposa e por não poder visitar o filho de 8 anos. A mulher, o filho e mais 10 pessoas foram assassinadas friamente. Em seguida, o homem se matou.
Antes, porém, o assassino havia escrito uma carta descrevendo os motivos que o levaram a cometer este crime. Nesta carta, ele se referia à esposa e a outras mulheres da família como vadias.
Numa entrevista concedida à BBC Brasil, a feminista Márcia Tiburi, que se diz especialista em questão de gênero, ao analisar esse fato, afirma que o assassino não cometeu o crime sozinho. Segundo ela, a culpa é da sociedade machista: “Eu diria que esse cidadão seria, no nível do senso comum, apenas um pobre coitado que realiza algo que é da ordem do desejo coletivo. É um desejo forjado por uma estrutura social machista e que nesse momento perde seu freio.” (1)
Assim, a feminista generaliza: “se você for ler discursos mais rebuscados na mídia tradicional, na Bíblia (sic), nos textos clássicos da história, você encontra o mesmo tipo de conteúdo, a mesma estrutura simbólica de ódio às mulheres. Como há um ódio histórico aos judeus, aos negros.” A feminista só faltou dizer que Adão era machista, ou mesmo culpar a Deus que criou o sexo masculino. Até lá vai o ódio das feministas contra o sexo masculino.
O seu ódio contra a dita “sociedade machista” vai ainda mais longe: “Ele não inventou essa matança sozinho. Ele pode ter maquinado essa chacina sozinho, mas não inventou esse assassinato das mulheres sozinho. Ele pode ter atirado sozinho, mas o que ele fez é simbolicamente muito mais grave.” E continua: “Ele, em que pese sua culpa, é mais um cidadão que foi destruído pelo machismo. Não é mais vítima do que as vítimas que ele causou, mas ele é também vítima de um sistema dos quais todos nós somos vítimas. A gente não deve colocar a culpa no indivíduo, a culpa é de um sistema de um imaginário de ódio às mulheres que deixa os indivíduos descompensados.” (Os destaques são nossos)
A entrevistada fala de um “imaginário de ódio às mulheres”, mas o que transparece em suas palavras é um ódio ao sexo masculino.
A pretexto de igualdade, as feministas se tornaram, elas próprias, antifemininas. Elas procuram tirar das mulheres o caráter feminino da mulher delicada, recatada e casta, voltada para a maternidade.
A mulher na sociedade é profundamente respeitada. Até há pouco tempo atrás, isto se manifestava até nos pequenos gestos: os homens quando passavam por uma mulher tiravam o chapéu para cumprimentá-la, nos transportes públicos cediam seus lugares etc. As moças solteiras eram protegidas pela família, as senhoras casadas eram respeitadas pelos maridos, as anciãs eram vistas como a matriarca da família. Contra tudo isso investiu a revolução feminista. Ela produziu um modo tosco na mulher que chega às vezes ao grotesco e imoral. As feministas querem destruir o matrimônio, a família, e são a favor do aborto.
Algumas feministas americanas chegam a afirmar que uma mulher que tem relação com um homem está se submetendo ao machismo. A reprodução humana se daria por métodos artificiais e os homens receberiam hormônios para produzir leite e amamentar as crianças.
Após as primeiras feministas que eram contra o sexo masculino, surgiram, em determinado momento, aquelas que afirmavam que não deveria existir nem mesmo a distinção de sexo. É o que afirma a feminista Shulamith Firestone: “E como o objetivo final da revolução socialista não era a eliminação do privilégio da classe econômica, mas a distinção de classe, em si, do mesmo modo o objetivo final da revolução feminista, ao contrário do primeiro movimento feminista, não é só a remoção do privilégio masculino, mas a própria distinção de sexo.”
A ideologia de gênero é a meta mais avançada do feminismo. Através da cirurgia de mudança de sexo, ela quer acabar com a diferença entre homem e mulher. Contudo, segundo o Dr. Paul R. McHugh, ex-chefe da ala de psiquiatria do famoso Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, estado americano de Maryland, a mudança de sexo é biologicamente impossível: “A cirurgia não transforma o homem em mulher ou vice-versa. Pelo contrário, eles se transformam em homens feminizados e mulheres masculinizadas”. (2)
Nos anos 20 do século passado, São Luis Orione (foto ao lado) comentava sobre a situação social e cultural das mulheres e previu a revolução feminista que destruiria a família:
“É cristão, é caridoso ocupar-se da condição da mulher, ou melhor, da família cristã. O ataque, por ora ainda latente, contra esta fortaleza social que é a família cristã, guardada e mantida pela indissolubilidade do matrimônio, prestai atenção, amanhã tornar-se-á furioso. O feminismo é uma parte importantíssima da questão social, e a nossa falha, ó católicos, é o de não tê-lo compreendido logo. Foi um grande erro. O dia em que a mulher, libertada de tudo aquilo que chamamos a sua escravidão, se tornar mãe segundo seu prazer, esposa sem marido, sem nenhum dever para quem quer que seja, nesse dia a sociedade desmoronará espantosamente para a anarquia, mais do que desmoronou na Rússia pelo bolchevismo.” (3)
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Bibliografia:
[1] http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38503326
[2] https://ipco.org.br/mudanca-de-sexo-e-desordem-mental-diz-psiquiatra/#.WHA4LPkrLIU
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