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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Feministas antifemininas

Por Gregorio Vivanco Lopes

3 minhá 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:30:17 PM


Manifestação feminista

A pretexto de igualdade, há quem procure arrancar da mulher seu caráter feminino. Refiro-me ao movimento feminista, o qual poderia mais bem se chamar antifeminino.

O papel da mulher na sociedade é altamente respeitável. Esse respeito era evidenciado, algum tempo atrás, até nos pequenos detalhes da vida quotidiana: fazer com que passassem à frente nas portas, oferecer-lhes os melhores lugares nos transportes coletivos, etc.

As moças solteiras eram especialmente protegidas por seus pais; as casadas, tratadas com delicadeza por seus maridos; as mães, veneradas por seus filhos; as anciãs, tidas quase como sagradas na família.
Contra tudo isso investiu a revolução feminista. Buscou arrancar da mulher sua delicadeza, lançando-a abruptamente nas situações mais ásperas da vida; fez com que seu exterior, marcado pelo recato e pela modéstia, fosse substituído por modos toscos que beiram não raro a grosseria; trocou sua singela pureza e seu pudor sensível por exibicionismos e “liberdades”, antes só encontradiços em certos bairros ou ambientes de má fama; a beleza e o colorido de suas vestes foram substituídos por trajes masculinizados ou imorais; a graça feminina, dom eminentemente do espírito, pela sensualidade transbordante.

Felizmente muitas mulheres têm sabido resistir a essa pressão — que a mídia e a moda propagam de todos os modos — e mantêm íntegras suas qualidades femininas. Outras talvez se deixem coagir num ou outro ponto e resistam nos demais. Haverá as que naufraguem nas ondas do feminismo.

O certo é que a revolução feminista atua globalmente nessa direção e visa a arrancar das mulheres suas características próprias e inconfundíveis. Isso vai tão longe que já começa a produzir reações.
* * *

Vestes femininas no início do século XX

O importante diário madrilense “El País” (8-10-11) publica reportagem intitulada “Uma crise hiper-feminina — Nesta temporada volta a mulher-mulher”. Trata da retomada de adereços e maquilagens femininos que haviam caído em desuso. Não é o caso aqui de especificar quais sejam esses enfeites. O que nos importa constatar é o caráter reivindicatório desse retorno: “Reivindica-se a feminilidade […] ou seja, volta o eterno feminino”.

Depõe a respeito Víctor del Río, escritor e professor de Teoria da Estética na Universidade de Salamanca: “A crítica a este estereótipo [feminino] tem sido contundente durante décadas. O feminismo lutou contra a estética tradicional nos anos sessenta e setenta. Seu discurso era político”.

“Mas agora — comenta a reportagem — definitivamente, a referência volta a ser a ‘mulher-mulher’.”

Para o escritor Oscar Scopa, “se em anos anteriores apostou-se na mescla de gêneros, agora se volta ao tradicional”.

* * *

É também ilustrativo o depoimento da escritora e jornalista Danuza Leão, no artigo “Falando de igualdade” (“Folha de S. Paulo”, 16-10-11).

“Dilma deverá escolher entre quatro nomes cotados para o cargo [ministro do STF]. Nenhum homem faz parte da lista. Muito bonito dar força às mulheres, nomeá-las para cargos importantes, mostrar ao mundo que o Brasil acredita na igualdade dos sexos etc. e tal; mas menos, presidente, menos. Não é possível que no país inteiro só existam quatro pessoas com capacidade para exercer o cargo de juiz do STF, e que as quatro sejam mulheres.


“Quantas ministras temos no governo? São nove ou dez, fora as que exercem altos postos na administração. Será que não chega? […] Não adianta existir uma lei obrigando os partidos a terem 20% de candidatos do sexo feminino; se poucas se candidatam a cargos eletivos, é porque não querem, elas têm esse direito […] Essa história de fazer discursos sobre as conquistas femininas ficou velha […] Modernize-se, presidente”.

Modelo por excelência para o sexo feminino é Maria Santíssima, a “bendita entre todas as mulheres”.

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Autor

Gregorio Vivanco Lopes

Gregorio Vivanco Lopes

173 artigos

Advogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".

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