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Plinio Corrêa de Oliveira
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Fotos do lançamento do livro “Plinio Corrêa de Oliveira – Profeta do Reino de Maria”


No dia 3 de outubro, organizado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, em conjunto com diversas associações coirmãs que atuam no exterior, em homenagem ao eminente pensador católico e homem de ação. Nesse mesmo dia 3, no Club Homs, situado na Av. Paulista, com lotação completa — 500 pessoas. (*)

O ponto principal desse evento foi a apresentação de um audiovisual sobre as atividades empreendidas nos últimos sete anos pelas associações que seguem os ideais contra-revolucionárias legados por Plinio Corrêa de Oliveira. Dispenso-me de tratar a respeito, pois os interessados poderão assistir o próprio audiovisual clicando no seguinte link.

Houve também um cocktail, durante o qual os representantes das delegações provenientes do exterior puderam trocar informações sobre as atividades nos respectivos países.

Capa do livro
Capa do livro “Profeta do Reino de Maria”, escrito por Roberto De Mattei

Naquela mesma noite, no Club Homs foi lançado um novo livro do renomado historiador italiano, Roberto de Mattei — autor também da famosa biografia “O Cruzado do Século XX” (1997). A nova obra do Prof. De Mattei intitula-se “Plinio Corrêa de Oliveira – Profeta do Reino de Maria” [ao lado, a capa da obra]. Nela, o historiador aponta o líder católico, fundador da TFP brasileira, como continuador da missão de São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716).

Justificando essa afirmação, transcrevo um trecho (págs. 424-425) do livro recém lançado e que pode ser obtido na Livraria Petrus.

“A inabalável confiança que Plinio Corrêa de Oliveira sempre manifestou na realeza social de Maria nasceu, mais do que em considerações teológicas, de uma análise atenta, sob a luz da graça, da sociedade em que vivia. Desde muito jovem, ele teve a certeza de que o mundo moderno caminhava para sua ruína, e que era necessária uma restauração da sociedade cristã sobre seus destroços.

“Com pouco mais de 20 anos, em uma carta de 1930 a José Pedro Galvão de Souza(1), escrevia: ‘Cada vez mais se acentua em mim a impressão de que estamos no vestíbulo de uma época cheia de sofrimentos e lutas. Por toda a parte, o sofrimento da Igreja se torna mais intenso, e a luta se aproxima mais. Tenho a impressão de que as nuvens do horizonte político estão a baixar. Não tarda a tempestade, que deverá ter uma guerra mundial como simples prefácio. Mas esta guerra espalhará pelo mundo inteiro uma tal confusão, que as revoluções surgirão em todos os cantos, e a putrefação do triste século XX atingirá o seu auge. Aí, então, surgirão as forças do mal que, como os vermes, somente aparecem nos momentos em que a putrefação culmina. 

‘Todo o bas fond da sociedade subirá à tona, e a Igreja será perseguida por toda a parte. Mas… ‘et ego dico tibi quia tu es Petrus, et super hanc petram ædificabo Ecclesiam meam, et portæ inferi non prævalebunt adversus Eam’. Como consequência, ou teremos un nouveau Moyen Age ou teremos o Fim do mundo. […] Ao invés de imitarmos os Apóstolos que dormiam no Monte das Oliveiras, enquanto Jesus estava na iminência de ser preso, nós devemos ‘vigiar e orar’. Eis nossa principal tarefa. Prepararmo-nos para a luta, e preparar a Igreja, como o marinheiro que prepara o navio antes da tempestade’.(2)

A confirmação desse futuro reinado de Maria, que a razão e a fé lhe indicavam, Plinio a encontrou na mensagem de Fátima; mas antes desta, conheceu-a nas extraordinárias previsões de São Luís Maria Grignion de Montfort, que no Tratado da Verdadeira Devoçãofala de um ‘feliz tempo em que Maria Santíssima será constituída Senhora e Soberana dos corações’(3) e, através dos corações e das mentes do homens, reinará na sociedade.

Foi sobretudo na consagração a Maria, praticada segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, que Plinio recebeu a noção do Reino de Maria como o momento culminante da guerra vitoriosa da Contra-Revolução. Para ele, a realeza de Maria, como a de Cristo, não é metafórica, e estava convicto de que, antes do Fim do mundo e do Reino do Anticristo, a História conhecerá uma época de renascimento, que ele definia como o Reino de Maria: ‘Uma era histórica de fé e de virtude, que será inaugurada com uma vitória espetacular de Nossa Senhora sobre a Revolução. Nessa era, o demônio será expulso e voltará aos antros infernais, e Nossa Senhora reinará sobre a humanidade por meio das instituições que para isso escolheu’”.(4)

_______

  1. José Pedro Galvão de Souza (1912-1992) foi um filósofo do direito e professor universitário brasileiro. Fundou a Faculdade Paulista de Direito, que mais tarde foi incorporada na Pontificia Universidade Católica de São Paulo, da qual foi Vice-reitor.
  2. Arquivo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira; cfr. igualmente R. de Mattei, O cruzado do século XX, p. 110.
  3. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n° 217.
  4. refácio à edição argentina de Revolução e Contra-Revolução.

(*) Os estandartes e capas rubras ostentados por alguns dos presentes a estes eventos de homenagem a Plinio Corrêa de Oliveira são símbolos das associações estrangeiras a que se filiam, e NÃO de qualquer entidade brasileira.

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Autor

Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

217 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

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