Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:52:35 PM
Segundo o jornal The New York Times, piratas cibernéticos com base na Rússia roubaram 1,2 bilhões de senhas da Internet. As vítimas mais visadas foram as grandes empresas de informática americanas e europeias.
Na realidade, a “operação de guerra” dos hackers teria obtido um botim de 4,5 bilhões de combinações ‘endereço de e-mail – senha’, das quais o 1,2 bilhão referido acima seria de ‘combinações únicas’ (quando o usuário repete esses dados em diversos sites).
Feitos os descontos, o total da investida permitiu o acesso a perto de 500 milhões de contas de e-mail, segundo Le Monde.
O jornal americano escreveu que os piratas se apossaram dos nomes de usuários e senhas de cerca de 420.000 sites da Internet. Foram visados não somente os grandes grupos, mas também pequenos endereços.
Pesquisadores da empresa de segurança informática Hold Security confirmaram a informação.
Segundo a empresa, “os piratas visaram todos os sites de Internet que puderam atingir. Isso vai de empresas incluídas na lista de Fortune 500 até sites muito pequenos, leia-se sites pessoais”, segundo explicou Alex Holden, fundador da Hold Security.
“A maioria desses sites são sempre os mais vulneráveis”, explicou. Ele não quis fornecer nomes por razoes de confidencialidade.
Esta intrusão talvez seja a maior operação delictiva jamais realizada, mais própria de serviços secretos do que de bandidos comuns.
Sabia-se bem que há anos a Rússia acoberta uma vasta rede de hackers que bombardeiam a Internet com SPAM e propagandas ilegais ou pornográficas.
A Rússia também montou uma “máquina de ciberguerra” contra os países ou grupos “inimigos”, ou não-amigos, que se apoia nas redes criminosas e até colaboraria estreitamente com elas.
Diante da denúncia, o governo russo exprimiu um vago desejo de prender os piratas que agem a partir do Cazaquistão e da Mongólia, teoricamente países independentes da Rússia. Aliás, esses não seriam mais de uma dúzia, segundo o The New York Times.
A “nova URSS” nada disse sobre os milhares de hackers e/ou guerreiros cibernéticos que lançam ataques a partir de seu território a mando do Kremlin, dando a entender que nada de eficaz fará contra eles.
Hold Security apelidou a rede atacante de ‘CyberVor’, pois ‘vor’ significa ‘ladrão’ em russo. A Hold empregou sete meses de trabalho para concluir as cifras acima reproduzidas.
A ‘CyberVor’ utiliza vírus informáticos e ‘cavalos de Troia’ para infestar os computadores ocidentais.
Entrementes, a maioria desses dados não foi vendida no mercado clandestino de listagens, mas pode bem estar sendo reservada para um ataque de grandes proporções que o Kremlin poderia preparar.
Com efeito, o site americano “The Verge”, especializado nesses temas, observou que bandidos comuns usariam esses nomes no lucrativo mercado dos SPAM.
Mas eles não se mostram interessados em dinheiro. Por isso podemos supor que o objetivo seja outro, ideológico ou condizente com as novas táticas de guerra de Moscou.
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