Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 9 anos
Após permanecer oito anos preso em uma instalação militar de Bogotá, acusado por falsos testemunhos de crimes que não cometeu, foi finalmente libertado no último dia 17 de dezembro o Coronel Luís Alfonso Plazas Vega [foto acima].(*) O Cel. Plazas protagonizou um extraordinário ato de heroísmo em 6 de novembro de 1985, ao tomar de assalto com tanques o Palácio de Justiça da Colômbia [foto abaixo], invadido e incendiado por terroristas do M-19, que assassinaram doze magistrados e vários funcionários do judiciário. Ironia: um ano antes, o Presidente da Suprema Corte de Justiça — uma das vítimas fatais — assinara com o Presidente da República e o Congresso, um decreto indultando esses mesmos terroristas, então na cadeia!
Se o ex-comandante da Escola de Cavalaria não tivesse praticado aquele ato heroico — a população conduziu depois triunfalmente o Cel. Plazas até a sede da Escola, a alguns quilômetros de distância —, a Colômbia poderia ter caído no comunismo, pois se tratava de um golpe ousado e bem articulado. Uma das exigências dos terroristas era de que o concessivo Presidente da República, Belisario Betancur, fosse até o Palácio da Justiça para ser julgado — e talvez morto.
Em 2007, transcorridos 22 anos e após deixar a chefia do combate ao narcotráfico com sérias perdas para este, “lembraram-se” de que o Cel. Plazas havia praticado crimes por ocasião dos acontecimentos do Palácio de Justiça. Ele foi então detido, e depois de muitas lutas, só agora libertado.
Uma vez solto, sua primeira preocupação é com os demais colegas militares que se encontram presos, acusados por órgãos civis e religiosos de direitos humanos, de crimes que não cometeram. Enquanto isso, os chefes guerrilheiros das FARC, cujas mãos estão manchadas pelo sangue de milhares de colombianos inocentes, prosseguem as tratativas com o governo — com o franco apoio de altas autoridades eclesiásticas — para tentar conquistar através da política o que não conseguiram pelas armas.
A respeito, para conhecer mais: Entrevista com o ex-“czar antidrogas” da Colômbia
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