Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 14 anos — Atualizado em: 1/15/2016, 3:57:44 PM
Nilo Fujimoto
“Os cães estão mais humanos. Demasiadamente humanos. Com roupas e nomes de gente, vão à creche de perua escolar, passeiam no shopping, fazem sessões de spa. De melhores amigos foram promovidos a filhos.
” É o parágrafo inicial de uma reportagem realizada por Juliana Vines, ao qual farei citações sempre entre aspas, disposta no site da UOL sob o título “Especialistas alertam sobre tratamento humanizado aos animais de estimação”
Vines cita Mirian Goldenberg, antropóloga, pesquisadora e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro que estuda algumas ansiedades urbanas e autora do livro “De Perto Ninguém é Normal” que afirma: “O cachorro é o centro de muitas famílias. É a nova televisão. É ele quem une as pessoas”.
Descreve o exemplo de pessoas, casais sem filhos ou solitárias que dão atenção a animais como se fossem filhos. Promovem adestramentos e vão de vans especiais às escolas ou creches para animais.
Até mesmo fraldário existe para o intenso cuidado desses animais. Localizado no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, o pet shop apresenta o primeiro serviço no Brasil.
Há quem gaste mil Reais por mês com “peruagens” em pet shop e dedica amor incondicional a esses animais. Cuidados que muitos jovens nem podem sonhar em receber.
Entretanto há um alerta dado pelo psiquiatra Alvaro Ancona de Faria, professor da Unifesp que diz que o problema não
é chamar de filho ou dar regalias ao bicho, “o problema é idealizar a relação e projetar no animal um comportamento que não é de sua natureza. Como é mais fácil de controlar, a pessoa acha que é uma relação perfeita e acaba ficando desestimulada de criar outros vínculos sociais.”
Esse comportamento desordenado produz, como toda desordem, outras desordens tanto no homem como nos animais.
No homem poderá deteriorar as relações sociais e nos animais como, por exemplo, nos cães a agressividade “porque são tratados como gente” segundo a veterinária e terapeuta animal Ceres Berger Faraco.
Causa estupor que haja tanto empenho em preservar e cuidar de animais enquanto pessoas pensam, atuam e praticam o aborto sem nenhum constrangimento da mídia ou de ONGs em defesa dos animais.
Estas considerações são introdução para apresentar a matéria intitulada “Não se deve tirar o pão dos filhos para lançá-lo aos cães” publicada por Catolicismo nº 81 – setembro de 1957, sessão Ambientes, Costumes, Civilizações de autoria de Plinio Corrêa de Oliveira e explica bem a posição equilibrada que o homem deve ter diante da Criação.
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