Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:25:09 PM
Li e reli a “Reverente e filial mensagem” que o Príncipe brasileiro, D. Bertrand de Orleans e Bragança, enviou ao Papa Francisco.
Confesso que fiquei impressionado. Favoravelmente impressionado. Resolveu-me muitas perplexidades.
O apoio que o Vaticano vem dando a marxistas notórios causa apreensão. E tais marxistas, como Stedile, Grabois e outros, estão fazendo propaganda aberta desse apoio para levar adiante sua política de demolição da atual estrutura socioeconômica, com vista a implantar um socialismo tipo cubano ou soviético. Tudo isso para gáudio do MST, da Via Campesina e outros movimentos antissociais de invasões de terras.
A Mensagem não poderia ser mais respeitosa. Mas também não poderia ser mais objetiva. Apresenta fatos irrefutáveis, documentação abundante, comentários impactantes.
A pergunta final resume o pensamento do autor: Quo Vadis Domine? Para onde vais, Senhor? Sim, para onde Francisco?
A diferença de orientação do Papa Francisco com a doutrina de seus antecessores e com toda a Tradição da Igreja, em matéria de propriedade privada e livre iniciativa é marcante.
Os fatos ocorridos a propósito de um simpósio na Pontifícia Academia de Ciências, do Vaticano, e relatados na Mensagem, falam por si sobre a nova orientação socioeconômica do Vaticano.
Eu estava ainda sob o impacto dessa leitura, que resolve tantas perplexidades que vão se acumulando durante este Pontificado, quando tive uma confirmação impressionante do acerto das palavras de D. Bertrand.
Caiu-me nas mãos uma entrevista do líder máximo do MST, João Pedro Stédile, para o Portal UOL, em 6 de fevereiro, em que ele se alegra por ter participado do Simpósio da Academia de Ciências.
Stédile opõe claramente a visão do Papa Francisco à de seus antecessores: “Vínhamos de dois papados com uma visão conservadora e retrógada, os de João Paulo II e Bento XVI, e para o mundo católico o papa Francisco rompeu com a tradição europeia, e todos os dias dá sinais de mudanças da relação da igreja com a sociedade”.
Depois, passa à ameaça: “Teremos o ‘Ato Político da Reforma Agrária’, uma reforma agrária popular, não só do MST. A classe trabalhadora vai se mobilizar. Temos que nos mobilizarmos já nas ruas desde março”. Ora, para quem conhece o MST sabe que “mobilizar” significa invadir, destruir, arrasar.
Para o ativista, a agroindústria tem “retardado” a reforma agrária administrada pelo PT. Ele cala prudentemente o fato de que a agroindústria é que tem sustentado o Brasil, além de tornar acessível aos pobres o preço dos alimentos. Enquanto os assentamentos de Reforma Agrária, verdadeiras “favelas rurais” na acertada qualificação de Plinio Corrêa de Oliveira, nada produzem.
O leitor que se interessar por esse documento do Príncipe D. Bertrand poderá encontra-lo em http://www.paznocampo.org.br/. Vale a pena ler.
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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