Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 2 anos — Atualizado em: 9/24/2022, 6:11:51 AM
Fala-se de plebiscitos em regiões da Ucrânia invadidas pela Rússia. Seguirão eles o modelo de Hitler na Áustria, no Sarre, nos Sudetos?
A invasão da Aústria pelas tropas de Hitler, março de 1938, e sua consequente anexação (Anschluss), observou o Prof. Plinio em artigo no Legionário, não foi precedida de um plebiscito. Queria ou não a Áustria ser anexada ao III Reich? O plebiscito só ocorreu após a invasão …
Os plebiscitos, ordenados por Hitler, eram “fabricados” do Sr. Burckel, que ficou célebre com a “preparação” do famoso plebiscito do Sarre.
Churchill já dizia: Eu não acredito em estatística. Na melhor das hipóteses eu acreditarei naquelas em que eu mesmo falsifiquei.
Nós, brasileiros, temos visto também, uma total falta de objetividade em pesquisas eleitorais … que são sistematicamente desmentidas pelas Ruas.
Escreveu o Prof. Plinio em abril de 1938, um mês após a invasão da Áustria: “Ninguém que tenha bom senso acredita que o Anchluss tenha sido bem recebido pela Áustria. O Sr. Hitler, porém, sustenta o contrário. Façamos, pois, abstração de nossas convicções para ouvir o que ele diz, e julguemo-lo pelas palavras de sua própria boca.
“Discursando na campanha a favor do plebiscito austríaco, Hitler declarou que foi acolhido na Áustria, quando lá esteve há dias, por uma tal onda de amor que se decidiu a realizar o plebiscito.
“Em outros termos, ele invadiu a Áustria sem saber se os austríacos desejavam o Anschluss ou não, e sem se importar com isto, como a opinião pública lhe pareceu favorável, ele decidiu consultá-la. Mas se não fosse, ela teria de engulir o Anschluss à força.
“Isto significa que o plebiscito é, uma mera farsa… e o Sr. Hitler um farsante.”
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As analogias com Putin não param ai, acrescentamos. Ele esperava ser aclamado na Ucrânia, entrar triunfalmente em Kiev, libertar aquela Nação oprimida. Tal não se deu, a Ucrânia resiste valorosamente.
Continua o Prof. Plinio: “Em outro discurso de propaganda eleitoral, Hitler diz: “Deu-se a Schuschnnig (chanceler austríaco deposto por Hitler) a oportunidade de corrigir o que estava errado, mas ele recusou. Procurou outro caminho, que acarretou a sua própria queda. O que daí resultou, vós todos o sabeis. Operou-se um milagre. A um homem que oprimia a sua nação, durante anos, foi dada uma oportunidade. Ele a recusa, trama novo plano de traição, prepara seu álibi para essa traição.””
Prossegue Hitler: “Uma fraude miserável e insolente foi engenhada. No dia em que ela deveria consumar-se, este homem (Schuschnnig) não mais permanece em seu lugar. Em três dias uma nação se levanta; em dois dias depõe um regime, em um dia saúda o seu libertador. Essa é a maior vitória de um ideal”.
“À vista dos métodos e processos do Sr. Hitler, o principado de Liechtenstein acha-se justamente apreensivo com as pretensões de uma pequena minoria que deseja a sua anexação à Alemanha, apesar de já ter o Parlamento do Principado se pronunciado contra essa pretensão.
“Teme-se com razão que o Sr. Hitler mande suas tropas ocuparem o Principado com aviões, gases, tanques e bombas, para depois se dirigir para lá a fim de se banhar em uma “onda de amor” como o foi na Áustria.”
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“Aliás, não é só o Principado de Liechtenstein, nem é só a Checoslováquia que se acham alarmados. Também a Suíça, outro país pequeno, procura por todos os meios defender-se das garras de um homem que só usa a força. É que o único defensor dos fracos e dos pequenos é Cristo, e, quando Ele é expulso da vida internacional dos povos, está chegada a hora de os pequenos povos serem esmagados sem piedade. Um famoso rei pagão disse certa vez “ai dos vencidos”. Hoje, o brado dos novos Césares pagãos é “ai dos pequenos”.” (1)
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Logo depois de ter assaltado a Áustria, o Sr. Hitler decreta a realização de um plebiscito no dia 10 de abril, encarregando de sua organização a um Sr. Burckel, que ficou celebre com a “preparação” do famoso plebiscito do Sarre.
Ora, quando Schuschnigg marcou o plebiscito austríaco, a fim de que a Áustria pudesse manifestar a sua execração por Hitler, os jornais alemães e os círculos nazistas, afirmavam que esse plebiscito era ilegal, alegando que três dias eram insuficientes … “acostumados a preparar os plebiscitos com um mês de antecedência, a fim de que o Sr. Burckel garanta a vitória nazista pela fraude e pela força, como aconteceu no Sarre e nos plebiscitos alemães”.
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A tática é velha e Hitler a usou com frequência.
A agencia “Reuter”, alemã, noticiou os preparativos para a recepção de Hitler, de maneira bombástica e dizendo que Viena preparava a mais entusiástica recepção ao “füehrer” alemão.
Comenta o Prof. Plinio: “No entanto, a notícia dos preparativos traiu-se, pois conta que o comércio seria forçado a fechar-se, cessando o trabalho de todas as fábricas a fim de que o povo austríaco pudesse comparecer à chegada de Hitler. É um processo muito vulgar de encher com espectadores ociosos as manifestações para as quais se receia um fracasso.” (2)
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Aliás, já que Hitler se dizia tão idolatrado pelo povo austríaco, por que mandou ele buscar alemães para os colocar à frente dos principais aparelhamentos administrativos da Áustria?
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Métodos nazistas, métodos comunistas, métodos dos governos totalitários e antinaturais.
Atribui-se a Churchill: “Eu não acredito em estatística. Na melhor das hipóteses eu acreditarei naquelas em que eu mesmo falsifiquei”.
Lições da História, ai estão para serem aproveitadas.
Nossa Senhora Aparecida proteja e preserve o Brasil dos tiranos, dos “experts” em plebiscitos, dos manipuladores de estatísticas a que se referiu Winston Churchill.
(1) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG7%20380403_Plebiscito-farsanaAustria.htm
(2) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20380320_Amargemdeumgrandecrime.htm
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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