Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:26:03 PM
Megan Hodder era uma moça padrão. Segundo ela, “a religião era irrelevante na minha vida pessoal”.
Devorava livros de ateus e evolucionistas como Dawkins, Harris e Hitchens, “cujas ideias eram tão parecidas com as minhas que eu empurrava quaisquer dúvidas para o fundo da minha mente”, informa reportagem do jornal “The Catholic Herald”.
Mas ficando um pouco mais culta percebeu que precisava sair da bobice, e começou então a pesquisar as ideias daqueles que ela achava serem os piores inimigos da razão: os católicos. “Foi aqui, ironicamente, que os problemas começaram”.
Quais problemas?
“Eu fiquei colocada diante de um Deus que é o parâmetro de bondade e verdade objetiva e para o qual nossa razão se dirige e no qual ela se completa. Uma entidade que é a fonte de nossa percepção moral, que requer desenvolvimento e formação por meio do exercício consciente do livre arbítrio”.
E iniciou-se nela um debate interno.
Primeiro, a respeito da moralidade. Para ela, a moralidade ateia ou era subjetiva a ponto de ser insignificante ou implicava resultados intuitivamente repulsivos.
Depois, a respeito da metafísica.
“Eu percebi rapidamente que argumentar contra a existência de Deus era um erro: Dawkins, por exemplo, dá um tratamento superficial a Tomás de Aquino e distorce as provas, para variar.
“Informando-me melhor sobre as ideias aristotélico-tomistas, eu as considerei uma explanação bastante válida do mundo natural, contra a qual os filósofos ateus não tinham conseguido fazer um ataque coerente.
“Eu sempre considerei que a sola scriptura [do protestantismo], mesmo com suas evidentes falácias e deficiências, era de certo modo consistente, acreditando nos cristãos que leem a Bíblia. Então fiquei surpresa ao descobrir que esta visão poderia ser refutada com veemência, tanto do ponto de vista católico – lendo a Bíblia através da Igreja e de sua história, à luz da Tradição – quanto do ateu.”
Mas Megan procurava absurdos e inconsistências na fé católica para tentar enganar-se a si própria e recusar o catolicismo.
Nesse luta ganhou um resto de retidão que havia nela.
A beleza e a autenticidade das partes do catolicismo aparentemente mais difíceis, como a moral sexual, tornaram-se cada vez mais claras para ela.
Megan nunca havia praticado a religião. Nada de oração, hinos ou Missa, tudo lhe soava estranho.
Os livros levaram-na a ver o catolicismo como algo plausível, “mas o catolicismo como uma verdade viva eu só entendi observando aqueles que já serviam a Igreja por meio da vida da graça”.
E o bom exemplo valeu mais do que a montanha de livros.
Na Páscoa de 2013 ela caiu em si.
“A vida da fé começou a fazer bastante sentido para mim, a ponto de eu não poder mais justificar ficar parada. Eu fui batizada e confirmada na Igreja Católica.”
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