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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

MTST, PCC, PNPS e FFPS


Indigestão de siglas, que ademais metem medo. O que significam? Como se relacionam?

MTST — Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, organização voltada a invadir prédios e terrenos urbanos, sob o pretexto de obter moradia para quem não possui.

PCC — Primeiro Comando da Capital, organização abertamente criminosa que atua dentro e fora dos presídios.

PNPS — Política Nacional de Participação Social, decreto da presidente Dilma Rousseff que cria uma série de conselhos (leia-se soviets), com os quais fica estabelecido uma espécie de governo paralelo capaz de executar mais facilmente o programa socialista-autogestionário do PT, sem o concurso do Congresso Nacional nem do Poder Judiciário.

FFPS — Fundo Financeiro de Participação Social, inventado pelo ministro Gilberto Carvalho, a ser imposto por decreto, para financiar com dinheiro público a infraestrutura do PNPS.

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Embora se jacte que seu objetivo é obter moradias para os sem-teto, o MTST vem se entregando ao bloqueio de vias importantes, ao cerco e invasão de prédios, inclusive com arrombamentos, e até à reivindicação de melhorias no serviço de telefonia móvel nas periferias! Por que tão extenso leque de ações ilegais? Guindado das profundezas do nada aos galarins da propaganda midiática, seu líder Guilherme Boulos diz que o MTST “não é um movimento de moradia”, mas “um projeto de acumulação de forças para mudança social”. A complacência, para não dizer incentivo, das autoridades com o MTST é patente.

O PCC, por sua vez, vem crescendo continuamente, mostrando-se como uma espécie de FARC brasileira, com ramificações no Paraguai e na Bolívia. Afirma-se que ele já se espalhou pela maioria dos Estados (22 dos 26 da Federação) e que chega a faturar R$ 120 milhões por ano, com o tráfico de drogas e outras atividades criminosas. A leniência do governo em combatê-lo é notória. Segundo o Ministério Público Estadual de São Paulo, o PCC controla 90% dos presídios paulistas.

No PNPS estão presentes os mesmos princípios e ações que a opinião pública repudiou em 2009, por ocasião da publicação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), no final do governo Lula. O PNPS segue as pegadas da manobra empreendida na Venezuela por Chávez e Maduro: um poder paralelo submisso ao governo, composto por militantes muitas vezes armados que seguem a cartilha das esquerdas. Tal poder ruma para um regime dito “comunitário” em que a propriedade particular é fortemente golpeada, a caminho de sua final abolição; a família sofre toda sorte de injunções; e as liberdades individuais são coarctadas. Pairando sobre os múltiplos soviets, um partido hegemônico tipo PT dominaria sobre os demais partidos, aviltados, enquanto não pudesse aboli-los, a exemplo do que ocorreu na União Soviética, e ditaria as normas a serem seguidas para a construção da sociedade socialista autogestionária. Gilberto Carvalho deseja que se exerça pressão sobre o Congresso para que o decreto não seja impugnado, tendo chegado a pedir, nesse sentido, a mobilização dos membros do Conselho Nacional de Saúde.

O FFPS, por sua vez, fere profundamente a Constituição, a qual impede que a Presidência da República disponha, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal que implique aumento de despesas.

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Que relação têm essas siglas entre si? Na aparência, nenhuma, com exceção das duas últimas. Porém, analisadas em profundidade, verifica-se que todas elas concorrem para criar um clima de agitação, semelhante ao que sempre esteve presente nas grandes comoções revolucionárias.

Tanto na Revolução Francesa de 1789, quanto na Revolução Comunista de 1917, revolucionários, bandidos da pior espécie e inocentes úteis estiveram de mãos dadas à frente das convulsões demolidoras da ordem civil e religiosa. Estarão querendo nos jogar nesse abismo?

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Fonte: Informações baseadas em matérias publicadas nos dias 17, 18 e 21 de julho último no jornal “O Estado de S. Paulo”. 

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Cid Alencastro

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