Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:33:15 PM
Caro leitor, tenho duas notícias a lhe transmitir, uma boa e outra má. Como é do temperamento brasileiro de deixar sempre as coisas melhores para o final, começo pela má.
Eugenia no Uruguai?
Como todos os leitores do nosso site já sabem largamente, o Brasil está na iminência de se aprovar uma perseguição religiosa. O PNDH-3 visa implantar uma série de absurdos dentre os quais está o aborto. E a primeira notícia que comentaremos é que, segundo informa a Agência de notícias ACI, o Uruguai conta agora com um novo adendo ao projeto de lei do aborto.
Álvaro Fernandez, líder pró-vida no Uruguai, disse que o projeto para despenalizar o aborto até 12 semanas de gestação “agora se acrescentou o tema das deformações e a síndrome de Down que seriam motivos para poder abortar segundo a senadora que promove esta lei, Mónica Xavier (do partido de governo Frente Amplo), que é médica”.
Esse projeto já conta com o apoio do atual presidente, José Mujica, que disse publicamente que não vetaria a norma se for aprovada pelos senadores.
Além da síndrome de Down que outras deformações seriam? Qual seria a definição de “deformação” para os abortistas? Não parece isso com a eugenia nazista? Vejam até que ponto nós chegamos…
Agora passo para a boa notícia.
Assim como no Brasil, em toda a parte do mundo essas medidas para aprovar o aborto estão encontrando reações. A mesma agência de notícias ACI publica três notícias confortadoras, uma do dia 18 de março e as outras do dia 26 de março de 2011.
Médicos contra o aborto na Argentina
A primeira delas é que na Argentina um grupo de 78 ginecologistas e obstetras fizeram um “Manifesto pela Vida” afirmando que não há justificativas para matar um ser humano dentro do ventre materno.
Dentre os vários argumentos contidos no manifesto estão o da inviolabilidade da vida humana desde sua concepção e o direito à objeção de consciência. Os peritos ainda afirmam que “a eliminação de um ser humano inocente é sempre inaceitável, ética e medicamente falando” e “provocar abortos para evitar abortos é tão contraditório como combater a morte ocasionando a morte, ou eliminar a enfermidade matando o doente”.
E dão a solução: “a estratégia mais eficaz para prevenir e evitar o aborto é a educação moral e ética, sobre tudo na infância, na adolescência e na juventude”.
Nos casos de aborto por estupro, pedem para “castigar o violador, não a criança inocente, fruto do ato delitivo” e destacam que “a adoção por terceiros é uma estratégia humanitária de indubitável valor”.
La Nación pressiona Cristina Kirchner para se manifestar contra o aborto.
Ainda na Argentina, no seu editorial, o jornal ‘La Nación’ solicitou à Presidente Cristina Kirchner uma clara defesa da Vida, contra o Aborto. Segundo o mesmo jornal, a Presidente fez um pronunciamento proclamando “sua defesa à vida, e o fez no marco de outorgar amparo à mulher grávida mediante apoio econômico a esta“. Continua o jornal: “Embora seja fundamental que, como mulher e como presidenta, Cristina Fernández de Kirchner se adira a este postulado universal, e reconheça o primeiro e essencial direito à vida, o apoio não é suficiente”.
O jornal também ressalta que a vida humana começa a partir da fecundação e que toda mãe “tem direito à sua maternidade, direito a que lhe seja facilitada a possibilidade de ser mãe e de não ver-se empurrada por razões sociais, psicológicas ou econômicas a procurar um aborto que terminará por fazer- lhe mais mal que bem”.
O papel do Estado “deveria ser o de proteger em todo sentido o direito à vida da criança, logicamente apoiando a mãe grávida, mas não a partir dos três meses de gravidez, mas precisamente a partir do momento em que ela tenha consciência deste, que é quando ela mais necessita o apoio para não se desprender da criança”. O editorial conclui dizendo que sempre se deve ajudar as mães argentinas para que “não matem os seus filhos, mas para que saibam que dar a vida é uma glória, não importa a forma da gravidez”.
Marcha contra o aborto na Espanha
Concluo com esta última notícia. O dia 26 de março foi marcado por manifestações de milhões de espanhóis contra o aborto. Mais de 70 cidades tiveram suas marchas pela vida. Só em Madrid cerca de 130.000 pessoas estiveram presentes. “são famílias inteiras, desde avós até os recém-nascidos, para simbolizar esse clamor cívico que dirigem a seus representantes políticos, exigindo um firme compromisso com a defesa do primeiro direito humano, a vida, desde seu início na gestação até a morte natural, ao que se enfrenta abertamente o aborto e a eutanásia que tratam de impor-se a nossa sociedade” disse o porta-voz de “Hazte Oir”, organização pró-vida espanhola.
“Temos a perseverança, a imaginação e a alegria necessárias para atrair cada vez mais concidadãos. Os políticos devem escolher. Ou estão com a sociedade ou estão contra ela. Ou com a vida ou contra ela” disse Gádor Joya, porta-voz de Direito a Viver (DAV), outra organização pró-vida.
Ao final foi lido o Manifesto pela Vida, o qual conclama a sociedade a que “se avive a consciência do valor de toda vida humana e se exija seu respeito e amparo legal, da concepção até a morte natural”, proclamando e festejando “o dom da vida, como um direito natural, primitivo e inegociável de todo ser humano”.
Enfim, essas são notícias que nos dão animo aqui no Brasil, pois, afinal não estamos sozinhos…
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