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Plinio Corrêa de Oliveira
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O que certos brasileiros deveriam aprender


Nilo Fujimoto

A revista britânica “The Economist” destaca na edição de 26/08/2010 que o Brasil se tornou “o primeiro gigante tropical de agricultura” e o que mais a surpreendeu foi a “maneira” (1) como o Brasil alcançou aquele fato relevante.

A revista constatou que a “maneira” foi alcançar a auto-suficiência abrindo o mercado agropecuário e deixando os fazendeiros ineficientes serem excluídos pela competição; não dar subsídios, como é prática nos países desenvolvidos; e desenvolver novas práticas agrícolas e de cultivo através da fundação, em 26 de abril de 1973 (na plena vigência do governo militar), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ao contrário dos movimentos “agro-pessimistas” e dos “eco-chatos” – propagadores do pensamento verde de que a agricultura boa é verde, pequena (familiar) e orgânica –, promoveu a monocultura com utilização intensa de fertilizantes químicos, sem preconceito em relação aos alimentos geneticamente modificados e baseado em grandes propriedades.

Provou assim ser uma alternativa para a ajuda aos países pobres da África e da Ásia pelo desenvolvimento de uma agricultura tropical “magnificamente produtiva”. Não só nos países tropicais, mas em todo o mundo. Se adotadas, as técnicas brasileiras trarão alívio às perspectivas sombrias enunciadas pelo relatório da FAO que indica a necessidade do aumento da produção de grãos (50%) e dobrar a de carne.

Desconcerto dos “eco-chatos”

A revista “Exame” também destaca o mesmo artigo do “The Economist”:

“O país é acusado de promover a agricultura arruinando a Floresta Amazônica. É verdade que há o cultivo destrutivo, mas a maior parte da revolução nos últimos 40 anos tem se localizado no cerrado”.

Para exemplificar, o artigo diz que para Norman Borlaug, o “pai da Revolução Verde”, a melhor forma de salvar os ecossistemas em risco seria fazer crescer plantações em outros lugares e, assim, evitar que se tocassem nas “maravilhas naturais”.

“O Brasil mostra que isso pode ser feito. (…) Há quatro décadas, o país enfrentou uma crise agrícola e respondeu decididamente com coragem. O mundo está enfrentando uma crise de alimentos em ritmo lento agora e deveria aprender com o Brasil”, sintetiza (2).

“The Economist”: o mundo “deveria aprender com o Brasil”

Compete às autênticas autoridades brasileiras o estímulo à capacidade dos empreendedores de enfrentar desafios. Outro é o programa adotado pelas autoridades de mentalidade socialista, que engendram até mesmo medidas atentatórias ao direito de propriedade e à livre iniciativa, garantias imprescindíveis ao bom desenvolvimento de qualquer atividade.

Por exemplo, promovendo através do PNDH-3 pequenos sovietes que atuariam como intermediários necessários em caso de invasão de terras, impedindo a possibilidade imediata de se lançar mão do poder judiciário para reavê-la.

Empreendedores brasileiros já fizeram sua parte em dar ao mundo o exemplo de sua inventividade, dedicação e esforço, apesar dos fatores adversos oriundos de ambientes governamentais nos âmbitos municipal, estadual ou federal, e também dos ditos “movimentos sociais” – MST, Greenpeace, WWF e similares.

A pergunta que não quer calar diante das atitudes restritivas dos últimos governos brasileiros: só o mundo deve aprender?

Notas:
1 As citações são da revista “The Economist” utilizadas pelo articulista da BBC Brasil no site da http://www1.folha.uol.com.br/bbc/789544-mundo-deveria-aprender-com-brasil-a-evitar-crise-de-alimentos-diz-economist.shtml
2 (http://portalexame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/milagre-agricultura-brasileira-mostra-como-alimentar-mundo-diz-economist-591488.html

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