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Plinio Corrêa de Oliveira
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O que pedir a Nossa Senhora de Lourdes em Sua festa?


O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

(…) Como Nossa Senhora de Lourdes quis ser conhecida enquanto sumamente benfazeja – mas evidentemente é uma mera sugestão que só se deve atendê-la se se tiver apetência -, sugiro o seguinte: pensar, na véspera de Sua festa, numa grande graça para pedir a Nossa Senhora. Devemos ser ousados nas nossas orações.

Devemos pedir coisas arrojadas, não porém insensatas. Graças sensatas e difíceis, devemos pedi-las. E, ao mesmo tempo, pedir a Nossa Senhora com muita insistência. Quem sabe se cada um de nós estuda uma graça espiritual e uma graça temporal para o dia de amanhã. Uma graça que diga respeito à santificação e depois alguma outra coisa que queiramos de temporal, se for para o bem de nossa alma.

Isso leva a se refletir um pouco na vida. Leva-nos a levantar um pouco o panorama de nossa vida espiritual e, por essa forma, a ter uma visão de nós mesmos, de nossas atividades, de nossos rumos, mais precisa, a fazer uma oração grata a Nossa Senhora. De maneira que sugiro que se faça isso.

Eu gostaria de dizer uma outra coisa (eu volto a dizer, é um puro conselho, mas enfim é uma informação interessante): na Igreja do Sagrado Coração de Jesus [na cidade de São Paulo] há uma gruta com uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes que não é uma imagem qualquer, como se encontram, aliás veneráveis, em várias outras igrejas. Mas segundo documento que está naquele santuário, se não me engano, era a imagem que era venerada na gruta de Lourdes antes de estar a imagem atual. E foi, portanto, objeto de veneração lá e constitui um elo mais direto entre Lourdes e nós.

Por causa disso, a horas tantas da tarde – os jornais costumam dar indicação na seção religiosa – há uma bênção dos doentes, e há uma ou outra pessoa até que se tem dito curada lá. Não se tem feito investigações, mas até isto há.

Entretanto nunca devemos nos esquecer que as doenças do corpo, no Evangelho, são tratadas como sendo símbolos das doenças da alma. E que assim como alguns sofrem de paralisia do corpo, outros sofrem de paralisia da alma; uns sofrem de cegueira do corpo, outros da alma; surdez, mudez e outras coisas. Se temos defeitos de alma que gostaríamos de corrigir, seria o momento adequado para nós os levarmos aos pés de Nossa Senhora e pedirmos que Ela nos cure. É um pedido que tem muita razão de ser, porque se Nossa Senhora quer tanto curar corpos perecíveis, mortais, quanto mais quererá curar almas imperecíveis e imortais! Nosso Senhor Jesus Cristo não veio à terra para salvar corpos; veio à terra para salvar almas, e por isso nossos pedidos não podem deixar de Lhe ser muito gratos. Pedirmos por nós ou por alguém por quem nos interessamos, por alguém por quem façamos apostolado; por uma alma cujas dificuldades nos amedrontam; por um amigo cujas aflições ou cujas tentações e perigos constituem para nós uma fonte de preocupação.

Irmos lá e fazermos esse pedido nessa hora ou na hora da Missa, na hora da bênção do Santíssimo Sacramento, por exemplo. Esta é, portanto, a sugestão que eu gostaria de dar.

  • Extratos de uma conferência para sócios e cooperadores da TFP em  10 de fevereiro de 1965.

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Plinio Corrêa de Oliveira

Plinio Corrêa de Oliveira

551 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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