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Plinio Corrêa de Oliveira
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Planned Parenthood: Nem nos campos de extermínio…


Os vídeos gravados e divulgados por The Center for Medical Progress [Centro para o Progresso Médico] viralizaram e foram visualizados milhões de vezes no mundo. E seguem saindo novos vídeos…

Quase que dispensam apresentação. No primeiro deles, Deborah Nucatola, diretora sênior de Serviços Médicos daPlanned Parenthood America, [Paternidade Planificada], principal indústria do aborto nos EUA, foi pega numa gravação vendendo órgãos de crianças abortadas pelo método de “nascimento parcial”. Quer dizer, nas últimas semanas de gestação, explica o site Religión en Libertad.

Com esse procedimento o executor do aborto introduz algumas pinças e agarra com elas uma perninha, depois a outra, seguida do corpo, até chegar aos ombros e braços do bebê. Assim ele extrai parcialmente o corpo da inocente vítima, como se o bebê fosse nascer, mas deixa a sua cabeça dentro do útero.

Como a cabeça é muito grande para ser extraída intacta, o abortista enterra então algumas tesouras na base do crânio do bebê, que está vivo, e o abre para ampliar o orifício. Depois insere um cateter e extrai o cérebro mediante sucção.

Esse procedimento faz com que o bebê morra e sua cabeça desabe. Em seguida extrai-se a criatura e corta-se a placenta. (cfr.: ACIDigital)

Durante almoço em um restaurante, onde Deborah come com apetite, ela descreve com insensibilidade inumana a venda de órgãos e membros de crianças despedaçadas pela Planned Parenthood segundo o método acima. Deborah fala com pessoas que ela julgava serem potenciais clientes de uma empresa de “tecidos humanos”.

Segundo LifeSiteNews, desde 2009 Deborah é a responsável pela supervisão de todos os serviços médicos da Planned Parenthood, cuidando também da formação do pessoal médico ou paramédico que age como agentes da morte. Além disso, ela própria pratica abortos de crianças de até 24 semanas.

O vídeo original da conversa demora mais de duas horas. A parte divulgada é a central. Nele, Deborah admite que a Planned Parenthood vende diversas partes das crianças assassinadas e utiliza os procedimentos de “aborto por nascimento parcial” para conseguir esses órgãos. Inclusive informa que o preço oscila entre 30 e 100 dólares segundo a peça.

A conversa é alucinante, mas a apelidada “Anjo da Morte” prossegue.

Enquanto mistura a salada, preparando o próximo bocado, diz: “Muitos querem corações intactos, porque procuram nodos concretos, como a aurícula ventricular ou o sino-auricular… Eu sempre falo: tantos fígados quanto seja possível. Muitos querem fígados. Por isso, o operador deve agir sob orientação ecográfica, para sabe onde está pondo os fórceps [instrumentos para arrancar a criança do útero]”.

Em outro momento, Deborah diz: “Eles também querem extremidades inferiores. Isso é fácil. Não sei o que fazem com elas, acho que querem músculo”.

Não é película de terror, é a chefa dos médicos da Planned Parenthood, que acrescenta: “Nós somos muito bons para conseguir corações, pulmões e fígados, porque sabemos como fazê-lo sem perfurá-los, mas cortando por cima e por baixo e conferindo se tudo sai intacto”.

Com estarrecedora frieza ela própria explica que as maiores dificuldades estão no crânio, e afirma que os aborteiros tentam mudar a forma de tirar a criança a fim de obterem a cabeça de “modo limpo”.

“Em geral, alguns tentam mudar a posição do feto de maneira que ele não saia de cabeça. Se você o fizer sair de costas, acontece uma dilatação que lhe permitirá, no passo final, tirar a cabeça intacta”.

A venda de partes do corpo das crianças abortadas é proibida pela lei, mas a Planned Parenthood sabe que seus centros a fazem.

“Na sede nacional nós temos um Departamento Legal que não quer nos ver envolvidos nisso exatamente agora. Mas digo-lhe que acontecem conversações como esta, a portas fechadas”, diz a insensível mulher.

O vídeo é resultado de três anos de investigação do The Center for Medical Progress sobre as práticas daPlanned Parenthood.

No início, são apresentadas imagens em que Gloria Feldt, presidente da Planned Parenthood entre 1996 e 2005, nega que a instituição faça coisas desta natureza. A mentira fica refutada em toda a crueza pelos fatos.

O responsável pela denúncia é David Daleiden, para quem “a conspiração criminal da Planned Parenthood para fazer dinheiro com a venda órgãos de crianças abortadas engaja os mais altos níveis da organização”. De fato, a CEO da empresa, Cecile Richards, louvou repetidas vezes o trabalho de Deborah.

Mas que trabalho é esse? Ela própria esclarece: “Ontem, por exemplo, tive oito casos. Eu sabia exatamente o que eu queria, assim que olhei a lista para ver quais eram os casos nos quais poderia obter melhor o que eu queria e em função disso tomei minhas decisões. É bom ter uma reunião no início do dia. É isso o que eu faço”.

Deborah apagou sua conta de Twitter assim que começou a difusão do vídeo que provocou uma catarata de reações nos EUA.

A Planned Parenthood apoia Deborah Nucatola, tendo seu vice-presidente de Comunicação, Eric Ferraro, apresentado em comunicado a venda dos órgãos como uma doação altruísta de “tecido” com finalidades científicas.

Enquanto o governador da Louisiana, Bobby Jindal, ordenou uma investigação em seu estado, o ex-governador de Texas, Rick Perry, declarou que “por histórias como esta” suprimiu em seu estado o financiamento público da Planned Parenthood.

A Câmara dos Representantes revogou a subvenção a uma fundação que é uma das principais doadoras da Planned Parenthood.

O Partido Democrata do presidente Obama acabou defendendo a indústria abortista, a qual, por sua vez, favorece de modo explícito e ajuda financeiramente a campanha da pré-candidata Hillary Clinton à Casa Branca.

E no Vaticano, o que disse o Vaticano diante desta massacre cruel dos mais pobres e indefesos dos seres humanos? Nada, absolutamente nada proporcionado ao crime. As preocupações são outras e estão menos longe das tendências entre as quais navega amigavelmente a Planned Parenthood.

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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