Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 7 anos — Atualizado em: 2/14/2018, 4:55:47 PM
Autor: Frederico Hosanan Sitonio
Nas últimas décadas, presidentes de vários países republicanos passaram a pleitear a reeleição indefinida para o cargo que ocupam. Quando necessário, eles chegam até a alterar a Constituição de seus respectivos países — ou a recorrer ao Judiciário, cujos integrantes das mais altas cortes são normalmente escolhidos por eles — para tentar perpetuar-se no Poder.
Neste sentido, a Suprema Corte da Bolívia autorizou há pouco Evo Morales a concorrer ao seu quarto mandato. Somado aos anteriores, serão 19 anos de reinado, digo, de presidência.
Isso não obstante 51% dos votantes daquele país lhe terem negado, no plebiscito de janeiro de 2016, a possibilidade de reeleição. A decisão da Suprema Corte boliviana é um exemplo de judicialização da política, uma nova forma de impor “democraticamente”, goela abaixo, o que foi rejeitado democraticamente.
Com isso, fica suficientemente exposta a manipulação do sistema republicano. Os que defendem essa reeleição indefinida não querem os Reis de antigamente, cujos governos são hereditários e avessos às demagogias, mas querem aventureiros que sequestram o Estado pelo tempo que for conveniente à ideologia que defendem.
Tais manobras jurídico-políticas visam levar os países onde são praticadas a uma situação análoga à da Venezuela de Hugo Chávez e de seu “delfim” Nicolás Maduro, cuja meta é Cuba, sequestrada por Fidel Castro, que passou o poder ao seu irmão Raul; ou então a Coreia do Norte, com três gerações de tiranos no poder, de pai para filho; ou ainda a Rússia, onde Putin tem a pretensão de tornar-se um novo “czar”…
Ou seja, será uma caricatura grotesca da forma de governo monárquica que eles tanto detestam. A corrupção da Monarquia, segundo Santo Tomás, tem um nome: Tirania.
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 805, janeiro/2018.
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