Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 14 anos — Atualizado em: 10/9/2018, 8:51:43 PM
No apagar das luzes do carnaval, mais uma Campanha da Fraternidade da CNBB é lançada. O tema deste ano é “Fraternidade e a Vida do Planeta”, que “trata das mudanças climáticas”, conforme reportagem da Folha de S. Paulo, 10 de março de 2011.
A preocupação com o meio ambiente e a poluição estão na pauta da campanha de 2011. “Jogar lixo no chão é pecado”, declara o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, em artigo publicado no jornal O Globo, dia 10 março p.p.
A propósito dessa Campanha da Fraternidade, o Papa Bento XVI enviou mensagem à CNBB, na qual diz: “O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a ‘ecologia humana’ (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51)”.
“Ou seja – continua o pontífice -, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perderam tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente”. (A íntegra da Mensagem do Papa pode ser lida em: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/pont-messages/2011/documents/hf_ben-xvi_mes_20110216_fraternita-2011_po.html).
Para Bento XVI, pois, a defesa do meio ambiente só será autêntica se incluir o repúdio ao aborto e ao “casamento” homossexual. Esperemos que a CNBB acrescente esses pontos à sua campanha.
Por outro lado, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, durante o carnaval, passou em revista aos carros alegóricos que desfilariam na cidade. “Neste segundo dia de desfiles do Carnaval carioca, a Arquidiocese do Rio tem vistoriado sua execução e sugerido mudanças à Beija-Flor”, diz outro artigo da Folha de S. Paulo, no dia 7 de março de 2011. A preocupação da diocese, a princípio, parece louvável: “Para que a imagem de Jesus não ficasse tão evidente (a igreja não quer misturar a imagem sagrada com o Carnaval), ela foi descaracterizada: ganhou asas e teve os cabelos clareados para virar um anjo.”
Além disso, “As esculturas de Nossa Senhora receberão véus transparentes e passarão pela avenida com o rosto coberto”, diz o mesmo artigo. Tudo isso atendendo as sugestões da diocese.
Ora, se a diocese do Rio acha que se devem descaracterizar imagens religiosas para que elas não estejam vinculadas ao carnaval, isso significa que o que se vê nos desfiles tem algo de censurável, algo de pecaminoso, diríamos.
Conclusão. O secretário da CNBB, D. Dimas diz que jogar lixo na rua é pecado. O bispo do Rio, D. Tempesta, membro da CNBB, sugere descaracterizar as imagens religiosas no carnaval carioca, por quê? A resposta é óbvia: há pecado nos desfiles das escolas de samba. Apenas não o disse o eminente bispo. Talvez uma simples declaração dos bispos dizendo para os católicos não fossem aos desfiles evitaria inúmeros pecados.
Não salvar o meio-ambiente é pecado, segundo a CNBB. Não salvar as almas de incontáveis pessoas que participam dos desfiles também é pecado.
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