Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

“Se não tivesse existido o padre ‘X’, nossa região teria compreendido a mensagem da Revolução” (de um jornal anarquista)


Santo Antonio Claret.

A queixa do título é de um jornal anarquista[1], portanto revolucionário, que atribui a um Padre o fato de a Revolução não ter entrado na importante região em que exercia seu apostolado.

Essa crítica é um grande elogio. Esse padre foi um contra-revolucionário, como o atesta a queixa anarquista; ele era extremamente popular e influente.

O leitor gostaria que seu vigário fosse assim? Que nossos altares se povoassem de padres combativos e contra-revolucionários como este?

Outra parte de sua biografia: ele foi a Roma e teve uma reunião com cardeais e bispos, e aconteceu algo que o desagradou tanto que ele teve uma ameaça cardíaca, devido à indignação.

Esse padre não é outro senão o grande Santo Antonio Claret, como a esta altura muitos terão percebido. A apreciação do anarquista tem valor porque é insuspeita, pois provém de um provável ateu que presumivelmente não gostava do santo, e mesmo assim diz dele coisas elogiosas, para quem não é anarquista, bem entendido.

O anarquista prossegue: “Isso não foi o pior. Sua residência em Madri, foi uma verdadeira catástrofe para o movimento revolucionário espanhol”.

São Claret era prodigiosamente ativo. O exemplo de São Paulo, que ele assim descrevia, animava-o: “Como corre de uma parte a outra, levando, como vaso de eleição, a doutrina de Jesus Cristo! Ele prega, escreve, ensina nas sinagogas, nos cárceres e em todas as partes; trabalha e faz trabalhar oportuna e inoportunamente; sofre açoites, pedras, perseguições de toda espécie, calúnias as mais atrozes”.

Fundou a importante Congregação Missionária dos Filhos do Coração Imaculado de Maria, os claretianos.

Já em 1861, como confessor da Rainha Isabel II, ele diz: “o Senhor me fez conhecer os três grandes males que ameaçavam a Espanha, e são: o protestantismo, ou melhor, a descatolização, a república e o comunismo”.[2]

Afirma Plinio Corrêa de Oliveira: Ele “fez a rainha, revolucionária voltar-se contra a Revolução, o que teve como conseqüência  a destituição dela”.[3]

Foi para Cuba. “Na primeira missão que pregou em Cuba o fruto foi tão grande, que 40 confessores não foram suficientes para atender todas as confissões. A comunhão geral, distribuída por três sacerdotes, durou seis horas! Somente nessa missão, foram legitimados 8.577 matrimônios”.[4] Saindo de Cuba, onde foi Bispo, previu toda a tragédia da ilha.

Participou do Primeiro Concílio Vaticano, que proclamou a infalibilidade pontifícia.

Faleceu no dia 24 de outubro de 1870, no mosteiro cisterciense de Fontfroide (França), sendo canonizado por Pio XII em maio de 1950.


[1] Jaime Brossa, diretor de El Diluvio.

[2] Plinio Maria Solimeo, na revista “Catolicismo”.

[3] Conferência em 23.10.1966.

[4] Plinio Maria Solimeo, ibid.

Detalhes do artigo

Autor

Leo Daniele

Leo Daniele

201 artigos

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados