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A discussão sobre sexualidade no ambiente escolar, frequentemente apresentada como um campo de múltiplas “verdades” construídas socialmente e disputadas por diferentes discursos, reflete uma visão relativista que contrasta radicalmente com a concepção católica tradicional. Para a Igreja, a sexualidade possui uma verdade objetiva, inscrita por Deus na própria natureza humana e confirmada pela Revelação: seu uso legítimo está orientado à união entre homem e mulher, aberta à vida, dentro do sacramento do matrimônio (Catecismo §§2331-2333). Negar ou relativizar esta ordem natural significa desviar-se da lei divina e comprometer a dignidade autêntica da pessoa humana.

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira abordou com clareza essa questão em seus artigos e entrevistas, especialmente na concedida ao SBT em 1992. Ele classificou o movimento homossexual como um dos principais instrumentos da “Revolução Cultural” contra a família e a civilização ocidental, por promover práticas intrinsecamente estéreis e antinaturais, contrárias ao desígnio divino para a sexualidade e ao bem comum da sociedade.

Dr. Plinio distinguia “um jovem que tenha pendores homossexuais, mas que não atenda ao clamor desses pendores e que, portanto, se vence; de um jovem que capitula diante desses pendores e, portanto, cede à prática da homossexualidade.”

No caso do rapaz que se mantém casto apesar destes pendores, Dr. Plinio o apoia e pede a Deus que “continue a ajudá-lo para que ele se mantenha puro, sem prática sexual condenável. Agora, se se trata de um jovem que caiu na prática homossexual, eu não posso deixar de ver nele uma criatura de Deus. Enquanto criatura de Deus não posso deixar de desejar o bem dele, a salvação dele. E enquanto criatura de Deus também não posso deixar de o tratar com dignidade e respeito.”

Essa visão contrasta com a abordagem relativista que prevalece em muitas escolas contemporâneas, onde a sexualidade é apresentada como construção social, sujeita a múltiplas narrativas e desvinculada da ordem natural estabelecida por Deus. Segundo Plinio Corrêa de Oliveira, tal postura educacional não é neutra: ao difundir várias “verdades” como igualmente válidas, ela colabora com a destruição do conceito tradicional de família e com a disseminação de ideologias contrárias à lei natural. A escola, em harmonia com a família, deveria orientar a formação integral dos jovens à luz da moral objetiva e da fé católica, sem abrir espaço para concepções que relativizem a verdade moral sobre a sexualidade.

Dessa forma, qualquer análise ou proposta pedagógica sobre diversidade sexual que não leva em conta a moral cristã entra em choque direto com a doutrina católica e com os princípios defendidos por Plinio Corrêa de Oliveira. A caridade cristã leva-nos a querer o bem de todas as pessoas e, por isso, defendemos uma sociedade onde todos os princípios morais sejam aplicados.

“Se nós somos católicos, nós queremos o bem das pessoas, nós queremos dar a elas o que há de melhor, que é a Fé católica”, aconselhava Dr. Plinio. Não podemos aceitar, portanto, práticas que a fé e a reta razão são contrárias. A verdadeira educação deve apontar para a virtude da castidade, a valorização da família segundo o plano de Deus e a busca da santidade como meta última do homem. Como ensina o Papa João Paulo II: “a sexualidade humana não é apenas um dado biológico ou social, mas participa do desígnio divino da criação. Seu sentido teológico orienta-se para a fecundidade e a doação mútua no amor conjugal”.

A influência do relativismo na educação sexual na escola

Uma pesquisa recente sobre “Sexualidade, Educação Escolar e Diversidade” realizado por Celso Kraemer, membro do corpo docente da FURB – Fundação Unidade Regional de Blumenau e região sobre o tratamento da sexualidade e de homoafetividade no ambiente escolar. O estudo assinala que “discutir as verdades sobre sexualidade presentes nos ambientes escolares é importante na medida em que elas constituem formas de exercícios de poder, dispositivos ou tecnologias que atuam na constituição das subjetividades das pessoas que convivem nesses espaços. Importante se faz lançar um olhar sobre a escola, pois muitos podem imaginar ser a escola um local distante do preconceito e da discriminação no que tange às questões de sexualidade.”

O modelo educacional contemporâneo, sob o pretexto de neutralidade, adota frequentemente um paradigma relativista no tratamento da sexualidade. Ao apresentar diversas narrativas como equivalentes, esse modelo enfraquece a concepção tradicional de família e sua transmissão às novas gerações.

Para o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, essa postura pedagógica não é neutra, mas um ataque à civilização cristã e à ordem natural, promovendo valores contrários à fé e à reta razão.

Quando se desloca a moralidade sexual para o campo das opiniões individuais, promove-se um pluralismo ético que fragmenta a noção de verdade moral objetiva. Essa fragmentação conduz à banalização de comportamentos que se opõem à ordem natural e à lei de Deus.

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