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2 min — há 7 anos — Atualizado em: 2/14/2018, 5:07:37 PM
Atribui-se a invenção do famoso queijo Camembert a Marie-Catherine Fontaine, que se tornou Marie Harel ao casar-se com Jacques Harel em 10 de maio de 1785. Segundo a legenda, muito teria contribuído para o aprimoramento desse queijo os conselhos que Marie Harel [estátua ao lado] recebeu do Pe. Charles-Jean Bonvoust, sacerdote católico refratário — ou seja, que por amor aos bons princípios recusou-se a servir a ímpia Revolução francesa de 1789. Escondido entre 1796-97 no manoir de Beaumoncel, esse religioso teria conhecido a Sra. Harel, que ali trabalhava.
O fato é que na aldeia de Camembert [foto ao lado], no departamento do Orne (Normandia), surgiu esse queijo fantástico. Mais ao norte encontram-se Livarot e Pont-l’Evêque, que produzem queijos também famosos. A cidade mais conhecida do Pays d’Auge é Lisieux, onde viveu Santa Teresinha do Menino Jesus.
O autêntico e famoso queijo camembert, da Normandia, há anos estava ameaçado de desaparecer. Injunções da União Europeia e de macro-atravessadores internacionais pressionavam no sentido de obrigar os produtores desse tipo de queijo a utilizar leite pasteurizado na sua fabricação, e não o leite cru, como é necessário para a obtenção do seu melhor sabor.Após anos de querelas judiciais, os defensores da tradição levaram a melhor. Com efeito, o Comitê Nacional de Denominações do Instituto Nacional da Origem e Qualidade francês estabeleceu recentemente que apenas pode ser rotulado “camembert de Normandie” o queijo feito com leite cru, tirado de vacas normandas, numa região definida da Baixa Normandia, além de outras exigências tradicionais de produção, refinamento e empacotamento. É o que se pode ler nos arquivos do diário “Ouest-France”.
Vitória da tradição… e do bom gosto.
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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 803, Novembro/2017.
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