O famoso Museu do Louvre, em Paris, prometera dedicar “um novo departamento à arte dos cristãos do Oriente, do Império bizantino e dos eslavos”.
Porém, a promessa fora feita por um governo anterior, em janeiro de 2010, noticiou Vatican Insider.
Na ocasião, o presidente do museu parisiense, Henri Loyrette, agendou a iniciativa e determinou o espaço a ser utilizado.
“Vai ocupar mil metros quadrados que estão disponíveis nas salas do departamento de arte islâmica (que por sinal foi transferido em 2012 para um novo espaço no Museu) e poderá ser visitada a partir de 2014”, explicou Loyrette na ocasião.

Diptico Barberini, Museu do Louvre, detalhe.
Mas, com a ascensão do governo socialista, em 2014 o projeto foi completamente cancelado com um golpe de caneta da nova direção do Louvre por imposição do Ministério da Cultura de François Hollande.
A professora Marie-Hélène Rutschowscaya – uma das maiores especialistas em tesouros culturais do cristianismo de Oriente – denunciou a decisão anticristã em carta aberta no jornal La Croix.
Ela explicou que as autoridades socialistas pretextaram dedicar os espaços reservados ao cristianismo para acolher estudantes que visitam o Museu.
Assim, ficou arquivado nos depósitos o importante patrimônio proveniente do cristianismo do Oriente que o Museu possui para ser exposto.
Algumas joias estão espalhadas em outras salas e outra parte depositada num porão.
O novo presidente do Louvre, Jean-Luc Martinez, tentou justificar a decisão anticristã para o jornal “La Croix”, alegando problemas burocráticos.
Para a professora Rutschowscaya, a verdadeira razão é o preconceito ideológico laicista da administração do socialista Hollande.
“Liberté, égalité, fraternité”, desde 1789 a preparar terreno para aquele outro motto, notabilizado mais a leste: “Arbeit macht frei!”