Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 6 anos
Onde estão os refúgios anti-bombardeios? Quais alimentos estocar? Em quais fontes de informação confiar?
Essas e outras preguntas vitais em tempo de guerra estão respondidas num livreto que o governo da Suécia enviou pelo correio a todos os lares.
Ele é para ser usado em caso de conflito ou também de catástrofe natural, informou o quotidiano francês “Le Parisien”.
Não está redigido só em sueco mas em 13 línguas pensando nos imigrantes. O título é “Em caso de crise ou de guerra” e foi expedido entre os dias 28 de maio e 3 junho a 4,8 milhões de endereços, sendo que a Suécia conta por volta de 10 milhões de habitantes.
Brochura “If crisis or war comes” em inglês, arquivo .PDF
O livreto contém vinte páginas ilustradas e enuncia as principais ameaças que pairam sobre o país escandinavo: guerra, atentados, ciberataque, acidentes graves ou catástrofes naturais.
“Embora a Suécia seja mais segura que muitos outros países (…) as ameaças existem. É importante que todos saibam quais são esses perigos para se preparar”, explicou Dan Eliasson, diretor geral da Agência Sueca para a Segurança Civil (MSB), em Estocolmo, a capital.
Um conflito militar em algum país vizinho afetará as nossas importações de mercadorias, especialmente as alimentares, ainda quando nosso território não seja atingido”, sublinhou Christina Andersson, responsável pela elaboração da brochura, que também está disponível em linha.
O anterior livreto do gênero foi impresso pelas autoridades em 1961, durante plena Guerra Fria, em meio a intenso conflito indireto entre o bloco ocidental e o bloco soviético.
A Rússia não é nomeada no fascículo mas é a primeira que veio aos espíritos a propósito do folheto.
Os responsáveis suecos temem uma agressão russa em caso de Moscou iniciar um conflito aberto com a OTAN e vise cortar as vias marítimas que ligam a Aliança Atlântica com seus membros bálticos.
A Suécia não teve guerra em seu território nos últimos dois séculos e não faz parte da OTAN, mas assinou uma Parceria pela Paz em 1994 que na prática desenvolve a cooperação militar entre a Aliança ocidental e países não-membros.
O temor da Rússia foi reavivado pela incursão de um submarino não identificado no arquipélago de Estocolmo no outono de 2014 e por numerosas incursões de bombardeiros russos no espaço aéreo sueco.
Desde o fim da Guerra Fria, a Suécia reduziu de modo considerável seus gastos militares, Mas a anexação da Crimeia por Moscou mudou o modo de ver as coisas.
Estocolmo anuncio no início de março (2018) o restabelecimento do serviço militar obrigatório a partir deste verão (junho-setembro), suprimido há sete anos.
Também voltou a guarnecer militarmente a ilha de Gotland que está na linha de avançada em caso de ataque russo num conflito no Báltico.
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