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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Tratado Marial de São Luís: os apóstolos dos últimos tempos (XV)

Por Nuno Alvares

4 minhá 2 anos — Atualizado em: 1/29/2023, 10:56:57 PM


Dos comentários ao Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora feitos pelo Prof. Plinio a um grupo de jovens em meados do século XX.

Vimos nos dois últimos Posts:

Capítulo II

MARIA NO MISTÉRIO DA IGREJA

ARTIGO II

CONSEQUÊNCIAS

PRIMEIRA: Maria é a rainha dos corações https://ipco.org.br/tratado-marial-de-sao-luis-maria-rainha-dos-coracoes-xiii/

SEGUNDA: Maria é necessária aos homens para chegarem ao seu último fim https://ipco.org.br/tratado-marial-de-sao-luis-maria-e-necessaria-para-chegarmos-ao-fim/

Os apóstolos dos últimos tempos e seu papel contra os demônios

***

Hoje veremos o papel de Maria nos últimos tempos

Papel especial de Maria nos últimos tempos – São Luís Grignion divide o papel de Nossa Senhora na história da Igreja em duas partes: 1) quando da primeira vinda de Nosso Senhor; 2) quando da futura segunda vinda de Nosso Senhor. 

Segundo ele, quando da primeira vinda Nossa Senhora teve um papel muito escondido, porque, sendo Ela de uma formosura e de um esplendor de personalidade sem iguais, poderia, de certo modo, atrair por demais as vistas e as atenções, deslumbrando tanto, que o papel de Seu divino Filho não ficasse inteiramente claro a todos os homens. Por essa razão, foi prudente mantê-La na sombra. E assim o Evangelho fala pouco de Nossa Senhora. 

Na aurora da Igreja, a irradiação do Seu esplendor era inoportuna, mas na segunda vinda de Nosso Senhor se dará o oposto. Note-se como a idéia dos últimos tempos já está aqui marcada. Com efeito, sabemos que no fim dos tempos Nosso Senhor virá novamente. São Luís Grignion fala realmente, portanto, do fim dos tempos, quando Jesus Cristo virá pela segunda vez. Nessa segunda vinda Nossa Senhora terá um papel salientíssimo. 

Temos aqui um segundo elemento profético, que se soma ao que ele já enunciou afirmando que estamos nos primórdios dos últimos tempos. Agora ele diz que Nossa Senhora é a figura central dos últimos tempos. São Luís Grignion profetiza que a devoção a Ela vai ser muito mais patente, a Sua ação muito mais visível, o Seu papel na teologia muito mais relevante, à medida que formos nos aproximando dos últimos tempos. 

O papel de Nossa Senhora vai, portanto, crescendo ao longo da história da Igreja. Quando for plenamente conhecido e chegar ao seu completo desenvolvimento, e as intervenções da Santíssima Virgem na vida espiritual quotidiana dos fiéis forem se tornando mais numerosas, mais evidentes, mais translúcidas, teremos o sinal de que os últimos tempos estão próximos. 

O engrandecimento da devoção a Nossa Senhora está na raiz dos últimos tempos 

São Luís Grignion desenvolve a seguir a afirmação de que há uma incompatibilidade fundamental entre Nossa Senhora e o demônio. Ele nos mostra que tudo quanto Deus faz é perfeito; que Ele formou uma só inimizade, mas que essa inimizade é perfeita e durável como todas as obras de Deus; e que, portanto, a inimizade entre os filhos do demônio e os filhos de Nossa Senhora é uma inimizade perfeita, completa, durável, que irá até o fim dos tempos. E os últimos tempos são precisamente aqueles em que o demônio, segundo tudo nos leva a crer, terá um poder maior sobre os homens, por causa da malícia humana. Serão os tempos do Anticristo. É bem verdade que se pode sustentar que entre a vinda do Anticristo e o fim do mundo mediará muito tempo, mas é um fato discutível; de qualquer forma, a vinda do Anticristo é considerada um prenúncio do fim do mundo. 

Os apóstolos dos últimos tempos e o demônio 

Como se explica que, tornando-se muito maior o papel de Nossa Senhora, cresça também consideravelmente o do demônio? A explicação está nos próprios fatos. A partir do protestantismo a humanidade não tem feito outra coisa senão piorar; entretanto, a devoção a Nossa Senhora não tem feito outra coisa senão crescer prodigiosamente dentro da Igreja de Deus, nestes tempos. 

Os dois fatos são concomitantes. A teologia progride cada vez mais, no sentido de afirmar as grandezas de Nossa Senhora, e os verdadeiros fiéis, por sua vez, são cada vez mais devotos d’Ela. Fora dessa ordem de coisas, contudo, o poder do demônio cresce assustadoramente. 

Estes dois progressos em sentidos opostos são incompatíveis, mas o fato de serem concomitantes tem certa lógica. À medida que a luta entre a Virgem e o demônio torna-se mais aguda, os filhos da Virgem dão-se mais a Ela, e os do demônio mais se dão a ele. À medida que os maus vão se tornando piores, os que perseveram fiéis, os que têm o heroísmo e a força de pertencer completamente a Nossa Senhora dentro das mais adversas circunstâncias, estes ficam também cada vez mais dominados, mais embebidos pelo espírito de Maria Santíssima. 

Temos então, através disto, uma explicação deste duplo fato: de um lado, o ódio satânico contra a Igreja, que cresce cada vez mais; de outro, a devoção a Nossa Senhora, que progride imensamente.”

Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_1951_comentariosaotratado04.htm#.Y9QzbnbMJPY

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Nuno Alvares

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