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Plinio Corrêa de Oliveira
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Ucrânia, Cardeal Slipyj, São Josafá: Ouro, Luto e Sangue


Por que razão a Ucrânia tem sido perseguida desde o século XVI? Na Segunda Guerra a Ucrânia é invadida pelas tropas da URSS e permenece escravizada até sua libertação em 1991. Massacres de milhões, fome, desterro.

O que deseja Putin após a anexação da Criméia? Anexar a Ucrânia e para isso provoca uma invasão criminosa.

Rezemos pela Ucrânia. Está em curso um abaixo assinado do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira pedindo ao Papa Francisco a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, conforme pediu Nossa Senhora em Fátima.

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Transcrevemos da Revista Cruzade, 1977:

A tragédia de uma nação esquecida pelo Ocidente

Janeiro – “Peço a Deus que abençoe com o maior sucesso seu trabalho idealista em favor de nossa Igreja e nosso povo”, disse o Cardeal Josyf Slipyj, Arcebispo Maior dos Ucranianos, em uma carta à “Crusade”.

A carta é enviada em conexão com o estudo Ouro, luto e sangue — Ucrânia, uma tragédia sem fronteiras, no qual a revista descreve o drama dos católicos ucranianos martirizados pelo comunismo russo e abandonados pelo Ocidente. Os parceiros e cooperadores da TFP realizam campanhas públicas para difundir a “Cruzada” diante de vinte e oito igrejas católicas ucranianas em Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Pensilvânia, Illinois, Ohio, Kansas, Missouri, Michigan e Califórnia. Os 9.000 exemplares de duas edições (9) estão esgotados. A iniciativa repercutiu na imprensa nacional (10) e internacional (11). * Canadian Youth for Christian Civilization promove uma campanha semelhante em seu país. Ver Parte II: Canadá, abril de 1977.

  • Os esforços para suprimir a Igreja Católica na Ucrânia remontam a um longo caminho. Já em 1623 São Josafá, Arcebispo de Polock, grande arquiteto do Acordo de Brest de 1596, que determinou o retorno dos ucranianos ao seio da Santa Igreja, foi martirizado. Posteriormente, vários czares, como Pedro, o Grande, Catarina II e Alexandre II, usaram a força para forçar os oito milhões de católicos ucranianos a se juntarem à Igreja Ortodoxa Russa (O.O.), sem sucesso.
Cardeal Slipyj visita a TFP brasileira

Quando as tropas comunistas invadem a Ucrânia na Segunda Guerra Mundial, um sínodo do IO, sob pressão de Stalin, anula o acordo de Brest e declara que os católicos ucranianos se tornam dependentes do Patriarcado de Moscou. Em 1945 todos os bispos ucranianos são feitos prisioneiros pelo governo comunista, os templos católicos são ocupados por cismáticos russos e a Igreja Católica ucraniana passa à clandestinidade.

A Ostpolitik do Vaticano aguça a tragédia ao extremo. Observadores do I.O. eles são convidados ao Concílio Vaticano II com o compromisso explícito, por parte do Vaticano, de que o Concílio não condenará o comunismo. A Santa Sé proíbe o Cardeal Slipyj de fazer declarações anticomunistas e o Bispo de Lutsk, Monsenhor Velychovsky, o trata como um simples sacerdote, enquanto o Metropolita do IO, Nikodim, está autorizado a celebrar uma liturgia no túmulo de São Pedro. Apesar da proibição, o Cardeal Slipyj lamenta que em um sínodo da O.I. nenhum dos delegados vaticanos presentes protestou quando Pimen, o Patriarca de Moscou, declarou que a união de Brest havia sido anulada (Cf. “Visti e Rymu”, Rik 9, Nos. 16-17, Roma, dezembro de 1971).

“Cruzade” termina exortando a opinião pública ocidental e os ucranianos no exílio a não ficarem indiferentes a esta situação flagrantemente injusta.

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Nossa Senhora proteja a Ucrânia e nos conceda, por fim, a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria

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