Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:33:38 PM
Gregório Vivanco Lopes
Na Avenida Paulista, esperava eu em meio a uma pequena multidão um ônibus de uma das numerosas linhas que por ali passam, com destinos diversos. Não gosto de utilizar os assentos existentes nesses pontos de parada, por isso estava de pé, a pequena distância de duas senhoras sentadas que conversavam animadamente sobre chuva e bom tempo.
Cada vez que um ônibus apontava no horizonte da avenida, o conjunto das pessoas se movia como uma ameba – todos esticavam o pescoço para ver melhor, pois cada um se perguntava interiormente: Será o meu? Dentro em pouco o veículo chegava ao ponto, parava e despejava na calçada alguns passageiros, enquanto pela outra porta entravam outros.
Esse ritual monótono, ao qual a ansiedade discreta dos presentes comunicava uma certa vida, repetia-se sem cessar. Até que inesperadamente, parecendo ter brotado do asfalto sujo da avenida, um par de lésbicas se posicionou na calçada, bem junto ao meio-fio, e começou a proporcionar aos presentes um espetáculo inusitado de abraços e carícias.
Diante daquela exibição, o que pude notar nas fisionomias dos circunstantes foi um desagrado pronunciado, mas contido, um misto de repugnância e medo. Ninguém parecia gostar do que estava vendo, mas temia pronunciar-se, devido à grande pressão que se faz atualmente em favor de aberrações desse tipo e de muitos outros. Era nítida a sensação de que cada um discutia internamente consigo mesmo: “De repente existe alguma lei impedindo a liberdade de expressão dos que não gostam disso, e me levam para a delegacia”. Sobretudo pareciam indignadas as duas senhoras mencionadas acima. Ouvi distintamente uma dizer à outra: “Devem ser pagas para fazer isso aqui”. A outra assentiu prontamente.
Meu ônibus chegou e entrei nele, deixando para trás os circunstantes e aquele espetáculo rejeitável, mas levando comigo o comentário daquelas senhoras, que durante toda a viagem me fez pensar. Que comentário sugestivo! Que observação fina e sagaz da realidade! De fato, os promotores da onda homossexual devem manter pessoas pagas para, nas ruas e nas praças, dar um ar de “naturalidade” ao seu exibicionismo.
Situação por demais conhecida é que os homossexuais se beneficiam do incitamento que a mídia faz em favor de suas práticas antinaturais. Por exemplo, uma matéria difundida pela “Agência Estado” em 25 de janeiro afirma: “Sob o título ‘O beijo proibido que o Brasil todo está esperando ver’, o jornal britânico, The Guardian observa que os autores da novela Insensato Coração, que tem ao menos seis personagens homossexuais, esperam ‘combater o preconceito e promover a aceitação’”.
Note-se: 1) a propaganda deslavada presente em uma novela com “seis personagens homossexuais”; 2) a mentira do jornal britânico, ao dizer que “o Brasil todo está esperando ver” o tal beijo entre eles; 3) a difusão que se faz desse absurdo no Brasil.
Não deixa de ser verdade que, numa novela ou num jornal, a propaganda aparece como que enlatada, desligada da realidade. Nas ruas e praças, porém, personagens como aquelas duas lésbicas parecerão “naturais”, convidando a que a prática seja aceita com mais facilidade, e talvez imitada. Os atores e atrizes de novelas são pagos, em caráter “profissional”, para fazer o que fazem. Mas seria ingenuidade achar que não há grande vantagem, para os propulsores do homossexualismo, em pagar gente para fazer isso nas praças e outros locais públicos. É o que aquelas duas senhoras parecem ter intuído.
Mas se isso vale para os atos antinaturais, não valerá também para outras manifestações, por exemplo as da moda? A atual imoralidade nos trajes femininos e a degradação dos trajes masculinos não contam também com propagadores pagos nas ruas das cidades?
São perguntas que muitos leitores já terão levantado, pois pessoas intuitivas e clarividentes, no Brasil, não se limitam a duas simples senhoras que esperam num ponto de ônibus…
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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