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6 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:26:38 PM
Antes imperceptíveis e agora patentes, encabeçadas por extremistas do feminismo e pelas chamadas “minorias sexuais”, intensificam-se cada vez mais na Europa e nas Américas as manifestações de uma hostilidade cada vez mais agressiva contra a Igreja Católica. Tal ódio anti-religioso – que já está passando das palavras aos fatos – se autodefine como “terrorismo pacífico” e enfurece-se até extremos inimagináveis contra os símbolos mais sagrados do Cristianismo.
Os exemplos seguintes, todos eles recentes, falam por si:
● A Catedral de Notre-Dame de Paris foi gravemente profanada no início do ano por agitadoras feministas da organização FEMEN, caracterizada por suas agressões à religião e aos valores familiares. No dia 12 de fevereiro, oito dessas mulheres penetraram no famoso tempo, jóia da Cristandade, para ruidosamente festejar ali a abdicação do Papa Bento XVI. Elas se colocaram com o torso descoberto junto aos novos sinos que estavam sendo exibidos na nave central e,, passaram a bater com furor nos mesmos com pedaços de madeira, gritando freneticamente: “Papa nunca mais!”; “acabem com a homofobia!”; “nos homossexuais está a verdade”, etc., até que foram desalojadas e detidas. Segundo a dirigente do FEMEN na França, este se propõe recrutar “soldados” para “Novo Feminismo”, chamado por elas de “sextremismo” [pelo seu extremismo sexual] e que consideram como uma forma de “terrorismo pacífico” (sic) [1].
● No dia 25 de julho último, festa do Apóstolo São Tiago, celebrava-se em Santiago do Chile a tradicional Missa solene em honra do santo padroeiro da cidade, oficiada pelo Arcebispo e assistida pela prefeita e por numeroso público. Subitamente, cerca de 300 abortistas e membros de grupos LGBT de ambos os sexos, entre os quais mulheres com o torso descoberto, irromperam com alaridos no templo e, durante mais de 20 minutos, “em plena Missa, destruíram confessionários, picharam altares e imagens, jogaram lixo e proferiram gritos blasfemos”, agredindo inclusive vários fieis, até serem finalmente repelidos.
A comoção e a indignação por esse sacrilégio foram unânimes. Após mostrar que “a intolerância dos fanáticos e sua violenta irracionalidade foram uma grave ofensa a Deus e a toda a comunidade”, o Arcebispo de Santiago, Dom Ricardo Ezzati, decretou o fechamento do histórico templo por seis dias e dispôs uma série de atos de desagravo [2].
Um dos abortistas profanadores, sob o sugestivo título Eu aborto a Igreja, escreveu que o motivo da invasão havia sido o de vingar-se da Igreja “punitiva e abusiva” por ela se opor ao aborto, a fim de fazê-la “tomar seu próprio remédio maldito” [3]. São estes os que reclamam de “tolerância” e “pluralismo”!
● Apenas dois dias depois, 27 de julho, em plena visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, realizou-se nessa cidade uma “Marcha das Vadias”, que reuniu por volta de mil extremistas feministas, elementos de grupos LGBT, prostitutas, as abortistas autodenominadas “Católicas pelo Direito de Decidir” e outros grupelhos de ambos os sexos, também com o propósito de ofender a Igreja.
A “Folha de S. Paulo” informou que os manifestantes se instalaram nas arquibancadas da estrutura montada em Copacabana, local onde falaria mais tarde o Papa, para dali fazer “provocações à Igreja Católica”, incluindo “mulheres seminuas usando imagens da Virgem como objetos fálicos, distribuição farta de preservativos, mulheres beijando mulheres e cartazes onde o rosário forma um órgão sexual masculino” [4].
Por sua vez, “O Globo” detalha que alguns participantes dessa “Marcha”, totalmente despidos e “cobrindo os órgãos sexuais com símbolos religiosos, como um quadro com a pintura de Jesus Cristo”, lançaram violentamente ao chão, destruindo-as, duas imagens de Nossa Senhora Aparecida e da Virgem de Fátima, pisotearam cruzes, e “um dos manifestantes chegou a colocar um preservativo na cabeça de [da imagem] Nossa Senhora” [5].
Impossível não qualificar esse ódio de satânico. Como vemos, a “tolerância” invocada por esses depravados tem mão e não tem contra-mão…
● Na Colômbia, estava prevista a realização no início de agosto, no recinto da Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá, dirigida pelos Padres Jesuítas, do chamado “Ciclo Rosa Acadêmico”. Segundo J. F. Serrano, um de seus organizadores, o propósito desse encontro anual é “a promoção dos direitos das pessoas LGBT” [6]. A convidada especial deste ano foi a ativista feminista e lesbiana norte-americana Bárbara Hammer. e o evento recebeu o desconcertante placet do Reitor, Pe. Joaquín E. Sánchez García SJ, além do apoio de outros dois indignos sacerdotes jesuítas, os padres Alberto Múnera e Carlos Novoa, tristemente conhecidos pelo seu relativismo favorável ao aborto e aos lobbies LGBT.
Entretanto, graças a uma rápida e decidida reação dos fieis, encabeçados pela plataforma secular Voto Católico, em poucos dias foram recolhidas milhares de assinaturas exigindo o cancelamento de tal “Ciclo”. Nesse contexto, o Arcebispo de Bogotá, cardeal Rubén Salazar, e o Núncio Apostólico, Dom Ettore Balestrero, solicitaram ao Reitor que o afrontoso evento não se realizasse na Universidade, tendo o mesmo sido transferido para outro local.
Foi então quando os grupos LGBT mostraram o que eles entendem por “tolerância”. Sob o lema “a única igreja que ilumina é a que arde”, convocaram para a sexta-feira, 16 de agosto, um ato de protesto diante da Universidade, o qual incluía uma “grande fogueira herege”, e anunciava: “seremos agora as bruxas, as efeminadas, escatofílicas (sic), (…) [irreproduzível], deslinguadas… as que jogamos no fogo todo símbolo religioso”. A convocação pedia aos assistentes para “levarem seu rosário, crucifixo, santinho, etc.” para serem queimados nesse festim de ódio anticatólico [7].
Contudo, o temor de uma forte reação contrária na opinião pública, somado à presença de um corajoso grupo de jovens católicos que compareceu diante da Universidade para rezar na mesma hora um Rosário em desagravo, frustrou esse desígnio incendiário. Tudo ficou reduzido a uma mera manifestação, prenhe por certo de blasfêmias e insultos à Igreja.
Mas a intenção de se chegar até os extremos da violência anti-religiosa ficou evidenciada. Somadas a outros fatos similares ocorridos ultimamente em vários países – por exemplo, na Espanha e na Argentina –, essas agressões caracterizam uma ofensiva de ódio à Fé católica inédita em tempos recentes, sobretudo nas Américas.
E nós, católicos? Tomaremos por fim consciência de que estes são fatos pioneiros que pressagiam uma grande ofensiva contra a Igreja? Que com profanações similares, inicialmente esporádicas, teve início na Espanha o processo que desembocou na sangrenta perseguição anticatólica prévia à Guerra Civil de 1936-1939? Nosso amor a Deus e à sua Igreja nos levará a prevenir a tempo uma acometida similar, mediante uma denúncia e uma resistência proporcionadas? Ou continuaremos levando uma vida de piedade tíbia, cômoda, medíocre e sem horizontes, cegamente alheios à tormenta que se avizinha?
[1] http://agenciaboaimprensa.blogspot.com/2013/03/o-neoterrorismo-feminista.html
[2] http://www.aica.org/7670-marcha-abortista-profana-la-catedral-de-santiago-en-plena-misa.html
[3] http://www.elquintopoder.cl/religion/yo-aborto-la-iglesia-la-polemica-protesta-en-la-catedral-de-santiago/
[4] http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/07/1317864-manifestantes-distribuem-camisinhas-e-chocam-peregrinos-em-copacabana.shtml
[5] http://oglobo.globo.com/rio/manifestantes-quebram-imagens-sacras-na-praia-de-copacabana-9220356#ixzz2cAJaW7XC
[6] http://www.elespectador.com/noticias/politica/ciclo-rosa-sale-de-universidad-articulo-439873
[7] http://www.aciprensa.com/noticias/lobby-gay-organiza-hoguera-sacrilega-por-cancelacion-de-ciclo-rosa-en-pontificia-universidad-javeriana-64981/#.UhEqRD_DKvM
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