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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

10 Mandamentos da Lei de Deus X 25 Diretrizes da lei do estado

Por Daniel Martins

5 minhá 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:54:27 PM


Enganam-se aqueles que, por força da lógica, pensavam que em nosso sofrido Brasil o Estado, por se declarar laico, seria ipso facto não confessional.

O laicismo no fundo é uma religião anti-cristã. E seu dogma principal é o igualitarismo, em cuja genesis está o orgulho, gerador do ódio contra tudo o que é superioridade.

O Estado “laico” terá seus dogmas e possuirá um vade mecum, ou seja, um manual de princípios, macaqueador do vade mecum católico.
Seu nome?
PNDH-3.

O credo laicista — o Decreto 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que no dizer de muitos brasileiros ilustres foi um presente indigno, justamente às vésperas do Natal! — nos seus sete artigos e um anexo estabelece mediante seis Eixos Orientadores e vinte e cinco Diretrizes o que cada brasileiro deve ser.

As mudanças introduzidas pelo Decreto 7.177 de 12 de maio último foram consideradas meramente cosméticas.

Em seu artigo “A intolerância laicista virou moda”, Péricles Capanema define muito bem essa concepção: “O laicismo nasceu hipócrita, repito. Está ficando cínico. Esta é sua grande evolução: da hipocrisia ao cinismo.

Disfarça cada vez menos. Estadeia de forma aberta e crescente que deseja um mundo inteiramente moldado por suas concepções, sem marcas de religião. Mas não abandonou a hipocrisia. É difícil acabar com costumes muitos enraizados.

“Exemplos recentes pipocam. Já não se está tolerando no Ocidente simples manifestações de fé cristã, como, por exemplo, crucifixos em salas de aula ou tribunais.”

São passos para a proscrição completa dos símbolos religiosos em toda parte. O PNDH3 evoluirá para a instauração de uma confessionalidade anti-cristã.

Destacamos alguns pontos dessa verdadeira anti-visão filosófico-religiosa.

Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais.

Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condições necessárias para sua plena cidadania.

Ações programáticas

h) Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República

Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade.

Objetivo estratégico I:

Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade igualitária.

Ações programáticas:
Realizar campanhas e ações educativas para desconstrução de estereótipos relacionados com diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação sexual, de pessoas com deficiência, ou segmentos profissionais socialmente discriminados.

Objetivo estratégico V:
Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero.

Ações programáticas:
d)Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade.

A linguagem utilizada na redação do PNDH3 transmite-nos a idéia de que é preciso “desconstruir”. Mas, desconstruir o que?
O Brasil, desde o seu nascedouro, foi sendo construído no influxo da Civilização Cristã. Nasceu portanto como um fruto dos méritos infinitos do sangue preciosíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo vertido na cruz. Civilização que teve início com a difusão da Fé desde o período dos Apóstolos. Assim, surgiu a Europa cristã e, por extensão de Portugal, nosso país.

O laicismo no fundo é uma religião anti-cristã. E seu dogma principal é o igualitarismo, em cuja  genesis está o orgulho,  gerador do ódio contra tudo o que é superioridade. Na inconformidade com as naturais diferenças estabelecidas por Deus na criação, não ousando admitir abertamente sua revolta contra o próprio Criador, proclama a igualdade, geradora do nivelamento. Assim, não devem existir nem ricos nem pobres; nem distinção entre verdade e erro, belo e  feio, bem e  mal.

O Estado, caso fosse realmente laico, deveria ser neutro e não favorecer nem perseguir nenhuma religião, sob pena de tornar-se de algum modo confessional. Mas o PNDH-3 de fato é a religião da i-religião, sinistro vade mecum da perseguição religiosa que vai se avolumando no horizonte.

Sem o mínimo disfarce de isenção em matéria religiosa, o PNDH-3 influenciará na tentativa de deformar as almas afastando-as do ideal cristão. Visa o “homem novo” sonhado pela religião revolucionária multi-secular que combate implacavelmente a verdadeira Fé.

Finalizando, peço atenção para o texto abaixo, elaborado pela Comissão de Estudos do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, sob o título “Sob pretexto de direitos humanos, a escalada da perseguição religiosa. Para os brasileiros: Omitir-se ou resistir?”

7. Como nasceu e o que pretende o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos aprovado no Brasil
O PNDH-3 é o resumo das propostas formuladas durante a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, convocada por ocasião do 60° aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem da ONU e realizada em Brasília, entre os dias 15 e 18 de dezembro de 2008. Participaram dessa Conferência não apenas funcionários públicos mas todas as ONGs e movimentos sociais que funcionam como forças auxiliares do governo petista.

Para tentar fazer com que as resoluções da Conferência se tornassem palatáveis para a opinião pública, o PNDH-3 procurou sistematizar e moderar as propostas mais radicais da Conferência.  Assim, quem quiser inteirar-se da meta última do PNDH-3 e do verdadeiro alcance de suas disposições, precisa analisá-lo à luz das resoluções da Conferência citada, a qual constitui a origem e fundamento do Programa.
Por exemplo, quando o PNDH-3 estipula que é preciso “instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das diversas práticas religiosas, assegurando a proteção do espaço físico e coibindo manifestações de intolerância religiosa”, deve entender-se que as práticas religiosas especialmente protegidas são aquelas designadas pelo texto da Conferência, ou seja, as “práticas religiosas de matriz africana, ameríndias, afroameríndias, a Bruxaria Tradicional, Wicca e suas vertentes, assegurando seu livre exercício”.16 Não é ocioso lembrar que Wicca é uma pseudo-religião neopagã que cultua o “deus cornífero”.17

16 http://www.mp.ro.gov.br/c/document_library/get_file?p_l_id=11116&folderId=11332&name=DLFE-36019.pdf
17 “A prática wiccana mais comum cultua duas divindades, A Deusa e O Deus, algumas vezes chamados de Grande Mãe e Deus Cornífero do latim: ‘o que porta cornos’”: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca.

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Daniel Martins

Daniel Martins

320 artigos

Voluntario do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. Articulista na Revista Catolicismo e na Agencia Boa Imprensa. Coordenador do Canal dos Santos Anjos no YouTube: https://www.youtube.com/c/CanaldosSantosAnjos/

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