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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

17/02 – Sete Santos Fundadores dos Servitas, Confessores

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

4 minhá 3 anos


Os fundadores da Ordem dos Servos de Maria eram tão unidos durante a vida, que foram depois da morte sepultados num mesmo túmulo, onde suas cinzas simbolicamente se misturam. E – fato único na História – foram também venerados e canonizados em conjunto.

A Idade Média, com muita propriedade foi chamada pelo famoso escritor Montalambert, “a doce primavera da Fé”. Suas catedrais magníficas, verdadeiras rendas de pedra e vidro, ainda hoje atraem turistas de todo o mundo. No seu apogeu, viu florescer uma plêiade de santos, como São Tomás de Aquino e São Boaventura, que ilustraram para sempre a Santa Igreja. Contudo, entre os santos medievais, ao lado de camponeses e até de criadas domésticas, há imperadores, reis, príncipes e grandes senhores que palmilharam a senda da virtude e foram elevados à honra dos altares.

Ela teve também a glória inusitada – que mostra como a santidade era então comum – de ver sete dos mais proeminentes cidadãos da República livre de Florença, abandonarem situação privilegiada e de riqueza, para seguirem mais fielmente os conselhos evangélicos. São eles os sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria, cuja festa comemoramos hoje.

Ocorreu que, com o intuito de louvar mais especialmente a puríssima Virgem Maria, alguns jovens do patriciado de Florença – ao que parece todos mercadores de lã – haviam fundado uma confraria de leigos com o nome de Laudantes. No dia 15 de agosto de 1233, festa da Assunção de Nossa Senhora, sete de seus membros mais destacados estavam reunidos numa capela para cantar as glórias da Santíssima Virgem, quando esta lhes apareceu, recomendando-lhes que renunciassem ao mundo, e se dedicassem exclusivamente a Deus. Eram eles: Buonfiglio dei Monaldi (Bonfílio), Giovanni di Buonagiunta (Bonajunta), Bartolomeo degli Amidei (Amadeu), Ricovero dei Lippi-Ugguccioni (Hugo), Benedetto dell’Antella (Manetto), Gherardino di Sostegno (Sosteno), e Alessio de Falconieri (Aleixo).

Coerentes com o chamado divino, os sete venderam todos seus bens, distribuíram o produto aos pobres e, depois de terem consultado o bispo da cidade, D. Arinzo, retiraram-se para uma velha casa em La Carmazia, nos arredores da cidade, junto a uma capelinha da Virgem.

No dia da Epifania de 1234, dois deles, Bonfílio e Aleixo, saíram pela primeira vez às ruas para pedir esmolas. E eis que as belas ruas e praças da orgulhosa Florença começaram a assistir a esse espetáculo não raro naqueles tempos de fé: dois membros de opulentas famílias, tendo se despojado de todas as pompas e apanágios de sua classe por amor de Deus, e vestidos com pobre túnica, pedindo a esmola do pão para o sustento diário.

O mais surpreendente foi que as crianças ainda de peito começaram a apontá-los com o dedo e a dizer : “Eis os servos de Maria”. Entre elas estava uma de cinco meses, que depois viria a ser São Felipe Benício, futuro Superior Geral da congregação nascente, e que a desenvolveria de tal forma a ser considerado seu oitavo fundador.

Em Monte Senário, onde depois construíram seu convento, Nossa Senhora tornou a aparecer aos sete fundadores, mostrando-lhes um hábito negro e recomendando que o portassem em memória da Paixão de seu Filho. Deu-lhes também as regras de Santo Agostinho, que deviam seguir, fundando assim uma nova Ordem religiosa. Os sete santos fizeram os votos de obediência, pobreza e castidade, e começaram a receber candidatos.

O fim particular da Ordem era, primeiro, a santificação de seus membros. Depois, a de todos os homens, através da devoção à Mãe de Deus, especialmente em sua desolação durante a Paixão de seu divino Filho. Para isso os servitas pregavam missões, tinham a cura de almas, e ensinavam em instituições superiores de ensino.

Em 1267 São Felipe Benício foi eleito Superior Geral. Mas em 1274, o Concílio de Lyon suprimiu todas as Ordens religiosas ainda não aprovadas pela Santa Sé. Conseqüentemente o Papa Inocêncio V, em carta de 1276, comunicou a São Felipe que a Ordem dos Servitas estava supressa.

O santo foi então a Roma defender sua causa, mas o Papa faleceu. Finalmente, às instâncias de São Felipe e diante da opinião favorável de três advogados consistoriais, o Papa João XXI decidiu que a Ordem continuasse como antes. Entretanto, sua aprovação final só veio em 1304 com a bula “Dum levamus”, do Papa Bento IX. Dos sete fundadores, só Santo Aleixo vivia.

Em 1270 esse santo teve a dita de ver nascer milagrosamente a filha de seu irmão Clarêncio, já septuagenário, que seria a futura Santa Juliana Falconiere, fundadora do ramo feminino da Ordem dos Servitas, a das Mantellatas. Dos Servos de Maria diz o Martirológio Romano no dia 12 deste mês: “Aqueles que em vida se uniram pelo mesmo espírito de verdadeira fraternidade, e após a morte lograram um culto unânime por parte do povo, também foram conjuntamente inscritos nos fastos dos Santos pelo sumo pontífice Leão XIII”.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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