Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

A pobreza cristã no ensinamento de um santo

Por Gregorio Vivanco Lopes

2 minhá 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:27:08 PM


O futuro São Pio X quando jovem...
O futuro São Pio X quando jovem…

Em 1858, com apenas 23 anos de idade, o seminarista Giuseppe Melchiorre Sarto, futuro São Pio X, foi ordenado sacerdote e designado para a paróquia de Tômbolo, de 1.500 almas, no distrito Trentino, na Itália.

Enquanto exercia seu múnus sacerdotal nessa paróquia, veio nela a falecer uma rica senhora, grande benfeitora da Igreja – Isabel Viani –, cujo elogio fúnebre coube ao Pe. Sarto fazer.

O conceito de pobreza evangélica enunciado pelo futuro santo nesse sermão é particularmente digno de nota como reflexo autêntico da doutrina da Igreja. Não podendo transcrever aqui a íntegra de seu belo panegírico, limito-me à parte em que ele trata do conceito de pobreza cristã. Note-se que a falecida era uma senhora muito abastada. O sublinhado é meu.

*      *     *

“E não estranheis, senhores, se eu vos afirmar que ela foi pobre […]. No meio de tantas espécies de pobreza que vemos sobre a Terra, não há senão uma digna dos carismas celestes, capaz de conquistar a estima e o amor das almas virtuosas e perfeitas.

e depois no auge da santidade
… e depois no auge da santidade

“Não pretendo aqui comentar aquela necessária e inevitável falta de bens a que são condenados todos os que nascem em famílias necessitadas nas quais faltam todos os meios de melhorar o seu estado. Essas, para serem dignas de louvor, devem com paciência transformar em virtude a inevitável necessidade.

“Não falo também daqueles que aí vemos errar pelas estradas e que, debaixo de seus farrapos de pobres, escondem riquezas de desejos.

“Falo sim, daqueles que seguem a lei do espírito e da verdade

, que não exige o sacrifício material e efetivo de seus bens. Falo sim, daqueles que, na abundância de todas as coisas, renunciam moralmente com o afeto e com a vontade a quanto de bem lhes pode oferecer a Terra.

“Esta é a pobreza que tem origem nos exemplos e na doutrina de Jesus Cristo. Pobreza que, no Sermão da Montanha, obteve, entre as bem-aventuranças, o primeiro lugar e as primeiras honras (*). Pobreza que, com o seu gracioso aspecto, soube cativar a grande alma de Isabel Viani, que durante toda a sua vida não teve um só ato de complacência, e direi melhor, um só olhar para sua grandeza terrena.” (D. Frei Vitorino Facchinetti, O.F.M., “Pio X”, Editora Vozes, Petrópolis, 1945, p. 73).

__________________________________

(*) O Pe. Sarto se refere aqui à bem-aventurança expressa no Evangelho de São Mateus (5,3): “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.

Detalhes do artigo

Autor

Gregorio Vivanco Lopes

Gregorio Vivanco Lopes

173 artigos

Advogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados