Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
6 min — há 2 anos — Atualizado em: 5/24/2022, 10:59:54 PM
Hoje, 24 de maio, compareceu o perseguido Cardeal Zen e alguns outros líderes perante o Tribunal de Magistrados de West Kowloon, onde cada um negou as acusações, alegando inocência.
O Cardeal Zen e os cinco acusados serão julgados em tribunal no dia 19 de setembro, que decorrerá ao longo de cinco dias.
A prisão de um Cardeal da Santa Igreja, em pleno século XXI, quando está em vigor o Acordo Provisório Vaticano-China, levanta questões do mais alto interesse para a formação de nós, católicos.
“Com efeito, é essencial que não percamos de vista (porque somos católicos) nossos mais graves interesses. Estes consistem, para a Igreja, antes de tudo e de mais nada, no direito de viver livremente a sua vida, sem as peias de qualquer restrição. Não há honrarias, vantagens, munificências que possam compensar qualquer prejuízo da liberdade da Igreja.”
Em outras palavras não há Poder sobre a Terra que esteja acima da liberdade de pregar o Evangelho pela Santa Igreja. Vamos corrigir os erros liberais, que infelizmente tantos dos nossos Bispos aceitaram de bom grado, fechando as igrejas durante a Pandemia do coronavírus.
A liberdade de Igreja não é concessão do Estado.
Por isso, acrescenta o Prof. Plinio: “Não se pense que advogando a liberdade da Igreja estamos tomando a defesa do liberalismo. Não somos dos que entendem que, quando a Igreja exerce todo o direito que possui de pregar livremente a verdade e o bem, se deve dar à califa dos comunistas, socialistas etc., idêntica liberdade. Não sabemos por que a liberdade de Nosso Senhor há de gerar necessariamente a de Barrabás. Tranque-se nas masmorras o criminoso, deixando-se livre o Justo. A liberdade não é uma abominável licença para que todos, bons e maus, façam o que entenderem.”
Vamos retificar, na mente dos católicos, a influência dos falsos princípios liberais: igual liberdade para o bem e para o mal.
“O Estado liberal comete um crime quando, sob pretexto de liberdade das almas, deixa que se preguem os princípios os mais subversivos impunemente. Sua conduta é tão ilógica quanto se, sob pretexto de não coarctar a liberdade que tem os vendedores de gêneros alimentícios sadios de fornecer livremente sua mercadoria, ele se declarasse incompetente para impedir que os vendedores de gêneros deteriorados também vendessem sua mercadoria.“
A subida de Franco ao Poder, na Espanha, nos fornece um eloquente exemplo histórico sobre as relações Igreja-Estado, ainda que seja num País não comunista. Lembramos, a Espanha havia saido do regime comunista, libertada pela grande e nobre reação do povo no Alzamiento.
“… desde sua ascensão ao poder, procurou o Gal. Franco entrar em entendimentos com a Santa Sé a respeito das relações entre a Igreja e o Estado.
“Ofereceu-se o “caudillo” a restaurar todos os privilégios, honras, prerrogativas e vantagens de que gozava na Espanha monárquica o catolicismo. No mundo moderno, não sei de país em que a Igreja fosse cercada de regalias maiores.
“Entretanto, o “caudillo” pediu em compensação uma só coisa: que a Igreja renunciasse ao direito de escolher livremente os Bispos, aceitando a colaboração do Estado neste assunto. Até agora, a Concordata, por este motivo, não foi assinada. É tão alto o preço da liberdade para a Santa Igreja!”
Exatamente, é tão alto o preço da liberdade para a Santa Igreja! Nosso Senhor deu a Pedro o Poder da Chaves: a chave dourada e a chava de prata, símbolos do poder espiritual e temporal.
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Analisando a situação da Santa Igreja, nos fins da Segunda Grande Guerra, comentava o Prof. Plinio:
“No Extremo-Oriente, infiltra-se um pensamento cada vez mais radicalmente nacionalista, que já acarretou uma expulsão em massa de missionários católicos do Japão e ameaça seriamente as missões da China.
“Tudo isto são problemas, terríveis problemas, gravíssimos problemas. E não só isto: para nós, católicos, são problemas supremos, pois que tudo quanto diz respeito à Santa Igreja de Deus em qualquer parte do globo é para nós de suprema importância. Onde os parlamentares, os jornalistas, os escritores, os homens de Estado que se preocupam com isto?“
Vejamos o acerto dessa advertência: as Potências Ocidentais (no caso, os Aliados) deveriam ter projetado como ficaria a liberdade da Santa Igreja, por exemplo, nas Nações dominadas pela URSS. O que se passou? Cruel perseguição de Stalin, erigido a um dos vencedores da Guerra e algoz das Nações Cativas.
Conclui o Prof. Plinio: “Não desperdicemos nem nossa solicitude, nem nosso prestígio, nem nossas forças, pensando em assuntos certamente interessantes e até nobres como o das minorias étnicas (era um dos pontos candentes na época), sem antes ter feito tudo quanto está em nosso alcance pelo maior de todos os assuntos: a liberdade e grandeza da Santa Madre Igreja no mundo de amanhã.“
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Essa liberdade da Santa Igreja foi abolida, exatamente pela URSS, na Polônia, na Hungria, em todas as nações católicas brutalmente ocupadas pelas tropas comunistas de Stalin. Na Checoslováquia, Tito encarcerou o Cardeal Stepinac; O Cardeal Myndszenty, foi preso na Hungria e a liberdade da Santa Igreja foi abolida, graças à cumplicidade dos Aliados, eles sim, os verdadeiros vencedores da guerra contra o nazifascismo.
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Franco, como vimos, queria a prerrogativa de nomear bispos. O PCCh, no Acordo com o Vaticano, renovado em 2020, escolhe os bispos … que serão depois Ministros do Senhor, Deus Vivo e Verdadeiro! Ironia? Concessão?
Como vão longe os dias de São Gregório VII que obrigou o maior monarca da Terra, o imperador Henrique IV, a se curvar perante o Poder das Chaves: Dar-te-ei as chaves de meu Reino, o que ligares na Terra será ligado no Céu; e o que desligares na Terra será deligado no Céu. Esse é o fabuloso, eficaz e tremendo poder da Cátedra de Pedro.
Ao tempo de São Gregório VII – a questão da Investiduras –, ao tempo de Pio XI, Franco que quer reservar a si a escolha dos bispos espanhois, ao tempo do Papa Francisco, o Acordo com Pequim, que dá ao PCCh o direito de escolher bispos …
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A Liberdade da Igreja no Estado Comunista é tema importatíssimo. O estudo do Prof. Plinio foi amplamente distribuído aos Padres Conciliares e provava que é impossível ao estado comunista conceder a total liberdade de culto e pregação à Santa Igreja: ele estaria assim cavando a própria sepultura, seria o suicidio do regime comunista.
Nossa Senhora, São Pedro e São Gregório VII protejam a liberdade da Santa Igreja nos países ditos liberais e nos regimes comunistas de nossos dias.
Baixe o PDF gratuitamente: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ALIEC_1974_bucko.htm
Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_430214_ALIBERDADEDAIGREJA.htm#.YozOYajMKMo
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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