Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:07 PM
O site IPCO tem abordado em diferentes ocasiões a imposição feita ao Brasil e aos brasileiros do desastrado programa Mais Médicos do governo federal. O dito programa tem funcionado como um modo indireto de financiar a ditadura comunista cubana, que precisa de muito e muito dinheiro para continuar mantendo sob sua férula a infeliz população da ilha.
De fato, a maior parte dos médicos estrangeiros que vieram ao Brasil são cubanos, que aqui recebem um salário muito inferior ao dos demais profissionais contratados. Enorme naco do dinheiro que lhes seria devido é entregue aos governantes comunistas cubanos, por meio de uma equívoca associação intermediária. E esses profissionais da saúde aqui ficam num regime “especial”, que participa da situação de prisioneiros, vigiados por prepostos da camarilha que governa sua pátria de origem.
De tudo isso já tratamos neste site, embora nunca seja demais repeti-lo.
Agora, porém, um importante artigo abordando esse mesmo tema caiu-nos providencialmente nas mãos: “Mais Médicos: embuste sem fim”. Seu autor é o Dr. Miguel Srougi, que tem todas as credenciais para falar de cátedra sobre o assunto, professor titular que é de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado em urologia pela Universidade Harvard (EUA) e presidente do Conselho do Instituto Criança é Vida.
Publicado na “Folha de S. Paulo” (6-9-2015), diz a epígrafe do artigo: “Em vez de insistir em programas ficcionais, Brasil deveria adotar medidas genuínas para atenuar o esfrangalho da saúde no país”.
Dele extraímos o trecho abaixo para conhecimento de nossos leitores e comprovação de tudo quanto temos dito nessa matéria.
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“Nenhum médico brasileiro ou de outra nacionalidade ignora a necessidade de se produzirem mais médicos, dada a carência e sua má distribuição. Um médico é sempre melhor do que nenhum, sobretudo nas comunidades carentes. Nem por isso a classe médica é obrigada a aceitar um programa implementado de forma ilegal, não resolutiva e divulgado de maneira falaciosa.
“Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), que auditou o Mais Médicos, o programa viola o artigo 5º da Constituição, pois brasileiros e estrangeiros residentes no país têm direitos iguais à vida, à liberdade e à igualdade.
“O Mais Médicos acolheu 18.240 médicos, dos quais 11.429 cubanos. Estes, pessoas amistosas e resignadas, estão vivendo no Brasil confinados, sem liberdade de ir e vir, recebendo 30% do que auferem seus colegas estrangeiros e brasileiros.
“Essa óbvia transgressão é agravada por outra ilegalidade intrigante. Pautados por um ‘contrato obscuro’, o governo transfere para Cuba um adicional de R$ 1 bilhão ao ano, além dos salários. Esses recursos são entregues a uma ‘empresa anônima, cujos proprietários são desconhecidos’. Confesso que o incômodo fica insuportável quando tento imaginar quem são eles.
“O TCU revela também que existe ‘grande inconsistência na aferição dos resultados do programa’, colocando em dúvida números majestosos apresentados oficialmente”.
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Por que insistir sobre esse assunto? Porque, quando a calamidade se torna habitual, ou mantemos nossos olhos abertos para ela, viva nossa rejeição e ativo o esforço para que cesse, ou ela nos traga.
O Dr. Srougi termina seu artigo com uma citação: “Como explicava Geraldo Vandré: ‘Porque gado a gente marca; tange, ferra, engorda e mata; mas com gente é diferente’”.
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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