Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
7 min — há 2 anos
A ex presidente do Chile, Michelle Bachelet, elevada à condição de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, tem sido uma “moderada” ou cúmplice das violações de direitos humanos na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua.
Chegou a vez da China, onde teve uma reunião “valiosa” com o presidente Xi Jinping, porém a cúmplice das violações de direitos humanos já declarou que não se trata de uma “investigação”, mas de diálogo.
Comenta BitterWinter: “O Tribunal Uigur no Reino Unido já emitiu uma sentença de genocídio depois de passar mais de um ano trabalhando com mais de uma dúzia de juízes independentes, 30 especialistas e 200 testemunhas, que incluiu uma revisão de relatórios emitidos por especialistas internacionais e suas organizações antes e depois do tribunal. A Sra. Bachelet deve saber quantos parentes que vivem no exterior estão ansiosos para obter informações sobre as vítimas e quantos de seus parentes na região uigur já foram interrogados, assediados e até levados para celas negras pelas declarações que fizeram e os atividades em que participaram no exterior.”
Sim, a Sra. Bachelet sabe e finge ignorar.
Dois dias antes, Bachelet havia anunciado que sua visita à China não seria uma investigação. Foi uma notável demonstração de sinceridade, reconhecendo uma rendição.
Continua a notícia: “Por que ela não mencionou isso em março, quando obteve permissão para visitar a China, ou pelo menos 28 dias antes, quando sua equipe avançada chegou à China? Por que ela deu um sinal falso para o mundo, inclusive para as pessoas oprimidas, antecipando repetidamente uma investigação sem restrições e significativa antes de fazer uma inversão de marcha para um ponto de “sem investigação”?
Não se trata de fraqueza apenas de Bachelet ante a ditadura comunista de Pequim: é a impotência da ONU face ao regime de Xi Jinping, sua cumplicidade em favorecer o mal e perseguir o bem.
Como se fez notório, as denúnciais de genocídio em Xnjiang vêm de anos. Na primeira etapa a China, como sempre fazem os comunistas, negou. Porém, imagens de satélites forçaram o PCCh a mudar de retórica e denominaram os campos de concentração, de trabalhos forçados, pelo eufemismo de campos de re-educação.
Segundo relatos, Bachelet está negociando com Pequim desde setembro de 2018 uma visita a “Xinjiang”, solicitando a oportunidade de conduzir uma investigação sem restrições e significativa. Ela recebeu permissão em março deste ano para conduzir sua investigação. Após sua declaração de março, as autoridades chinesas enfatizaram que a visita deveria ser uma troca de pontos de vista “amigável”, não uma investigação. Parece que seu escritório aceitou o ultimato disfarçado da China.
Ainda BitterWinter: “É por isso que, até hoje, o curso da visita da Sra. Bachelet foi mantido em segredo da comunidade internacional. Essa abordagem não segue a verdadeira missão e os princípios de trabalho do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) (OHCHR em inglês). A Sra. Bachelet não está se reunindo com representantes das partes afetadas, incluindo ativistas uigures, testemunhas de campo, organizações de direitos humanos e especialistas que estão preocupados com a situação na região.“
“O ACNUDH não divulgou um relatório apesar dos apelos de organizações internacionais. O que o ACNUDH está esperando? Eles estão esperando que a China termine de receber seus visitantes, assim como permitiram que a China terminasse de sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, concluísse o Plano do Cinturão e Rota da Seda e até mesmo continuasse o genocídio uigur?”
Os documentos que a Sra. Bachelet esconde há um ano já deveriam ter provado que o que está acontecendo na região uigur está muito além de um “problema” de direitos humanos; é genocídio. A situação uigure foi declarada genocídio por oito países ocidentais, e mais de 30 países condenaram a política uigur da China em reuniões da ONU.
No entanto, se a visita não é para conduzir uma investigação, por que a Sra. Bachelet está indo?
Apenas alguns dias antes, a Sra. Liz Throssell, porta-voz do ACNUDH, havia dito que a visita seria focada em Xinjiang. A declaração de 17 de maio da porta-voz Throssell cheirava a rendição: “O objetivo da visita é realmente … um diálogo com o governo chinês, com as autoridades chinesas sobre uma série de questões de direitos humanos domésticas, regionais e globais. ”
Em qualquer investigação, o diálogo não é um objetivo; é um meio. O diálogo ganha importância com o que está sendo dito e o que está sendo perguntado.
A breve visita de sete dias que está planejada e a infinidade de tópicos gerais mencionados na declaração deixam claro que esta visita é uma formalidade e não uma tentativa sincera de resolver um problema.
Vendo esse show midiático da Alta Representante dos Direitos Humanos em sua viagem à China comunista, seu fraquejar — o mínimo que se pode dizer — diante da ditadura genocida, da perseguição religiosa levada a cabo pelo PCCh, tudo nos faz lembrar o triste histórico da ONU. Favoreceu ela por todos os meios o anticolonianismo na África sendo evidente, naquele tempo, a mão russa no fomento das guerrilhas locais e mal as colônias se “emancipavam”, caiam na órbita da URSS.
A ONU tem uma política de esquerda notória, agenda pró aborto, pró lgbt. A ONU só não favorece a família, a tradição, o direito de propriedade.
O clamor mundial contra as atrocidades na China, o genocídio uighur, a perseguição religiosa, recentemente culminando na prisão do Cardeal Zen.
“Inútil e contraproducente”, escrevia o Prof. Plinio, na Folha de São Paulo, há 50 anos:
“A inutilidade da ONU era coisa conhecida por quantos acompanham com atenção a política internacional. Acaba ela, entretanto, de se tornar notória até aos menos enfronhados no assunto, pois o papel meramente decorativo – e oficialmente declarado tal – do sr. Kurt Waldheim, secretário-geral das Nações Unidas, na conferência de Genebra, equivale à proclamação, aos olhos de todos, da inutilidade do aparatoso organismo supranacional. Com efeito, a ONU existe para manter a paz. Declarado o conflito arabe-israelense, ninguém lhe solicitou os bons ofícios para por em entendimento as partes desavindas. E é fora dos quadros dela que as negociações de Genebra se desenvolvem. – Para que, então, a ONU?”
Continua o Prof. Plinio: “Ser ineficiente para a consecução de seu fim específico já é de si coisa muito triste para qualquer organização.”
“Mas a ineficácia não é o pior, para uma organização. Mais triste ainda é que ela se volte contra seu próprio fim. É o que acontece com a atuação da ONU no continente africano. Afirmo-o a propósito de recente resolução, na qual ela declara já não aceitar o governo de Lisboa como representante das províncias lusas de Ultramar, isto é, Angola, Moçambique e Guiné.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2073-12-30%20In%C3%BAtil.htm#.YpFuYajMKMo
A ONU deu às guerrilhas em Angola, Moçambique o aval … para favorecer as agitações comunistas naqueles países, as quais eram made in URSS.
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A viagem da Alta Comissária dos Direitos Humanos, Sra. Michelle Bachelet — que não fará “investigação” em Xinjiang e também não investigará as perseguições religiosas — mostram que a ONU teve um downgrade: de inútil e contraproducente passou a ser conivente e comparsa do regime comunista de Pequim.
Ainda há tempo para a Sra Bachelet voltar atrás … mas seu passado no Chile e na Comissão de Direitos Humanos não faz esperar nada parecido com São Paulo no Caminho de Damasco.
É hora mais do que atual para o Ocidente e as Nações Livres fazerem valer o Direito face às arbitrariedades, perseguição religiosa e genocídio perpetrado pelo PCCh, seguindo os passos de Mao que massacrou dezenas de milhões de vidas na China.
E por que a China não condenou a invasão da Ucrânia? Por que é comparsa de Putin.
Nossa Senhora Aparecida abra os olhos de nossos dirigentes contra o perigo comunista pois sabemos que o PT, o PSDB e mais outros que se dizem de direita querem aumentar nossa dependência das garras de Xi Jinping.
Fonte: https://bitterwinter.org/the-bachelet-visit-a-disappointed-uyghurs-view/
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