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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Batizar a Nova Ordem Mundial: um erro que não podia ser repetido


Analisamos, em nosso último artigo, o “batismo” da Nova Ordem Mundial, levado a cabo pelo Vaticano.

O erro de querer edificar o Mundo Novo fora dos princípios da Lei Eterna e da Lei Natural, de que é Guardiã a Santa Igreja, foi a tentação talvez dos construtores da Torre de Babel mas, certamente, foi o erro da Liga das Nações, o erro laicista sob o qual foi edificada a ONU. DAVOS já é o delírio de forjar de forma totalitária a robotização da vida de todos os povos.

Até então, temos visto tentativas de organizar a sociedade das Nações fora do grêmio da Santa Igreja, excluindo o Papado; atualmente, dá-se o contrário, segundo as palavras do enviado do Vaticano a DAVOS: “a Igreja lidera a implementação de muitos dos ideais globalistas do FEM.”

Vaticano “batiza” a Nova Ordem Mundial

“DAVOS, Suíça (LifeSiteNews) – Um clérigo do Vaticano que participa da Cúpula de Davos de 2022, uma conferência organizada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) que promove uma agenda “verde” punitiva, fronteiras abertas e gerenciamento de “pandemia futura”, disse que o A Igreja Católica está “comprometida com as várias questões consideradas no fórum”.

“Falando ao Vatican News, Padre Leonir Chiarello, Superior Geral da Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos), disse que a Igreja lidera a implementação de muitos dos ideais globalistas do FEM.” https://ipco.org.br/oms-onu-davos-o-plano-totalitario-batizado-pelo-vaticano/

Vejamos o histórico de fracassos laicistas de reorganização mundial, que precederam Davos, no século XX.

A Liga da Nações macaqueia o Sacro Império

“Quando os Aliados em 1918 (pós Ia. Guerra), trataram de reorganizar o mundo, tomaram por base ideológica de seu empreendimento os conceitos humanitários, filantrópicos, ligeiramente impregnados de otimismo evolucionista, que dominavam mais ou menos todos os estadistas ou jurisperitos do tempo, e que encontraram em Wodroow Wilson (presidente americano) não só seu doutrinador mais convicto, mas sua encarnação mais característica.”

“A chave de cúpula que rematava todo o edifício oriundo dos princípios wilsoneanos era a Liga das Nações, vasto conselho de todos os povos do universo, em que as questões internacionais, resolvidas segundo a justiça e a equidade pelo voto das delegações presentes, já não pudessem gerar guerras de molde da que acabava de se encerrar.” (…)

Foi essa a gênese mais profunda da Liga das Nações. Os ideais filantrópicos, humanitários, evolucionistas do início do século XX se apoderaram do tema, e lhe deram um revestimento ideológico moderno. Restaurar-se-ia uma superestrutura de povos. Mas o Sacro Império era monárquico e cristão. A Revolução Francesa republicanizara e laicizara o mundo. A Liga das Nações, feita à imagem da nova Europa, republicana e laica, era um organismo de constituição republicana e laica, destinado a realizar no mundo de hoje a parte das funções do Sacro Império que o mundo republicano e laico seria capaz de compreender e aprovar. (…)

“A Liga das Nações, em suma, procurava ser, intencionalmente ou não, conscientemente ou não, a herdeira e continuadora de parte dos planos magníficos com que a Igreja dotara, tirando-os do tesouro da Revelação, o Sacro Império.”

O fracasso da Liga se deveu à exclusão do Papa Pio XI

“O Papa, pois, ficou posto à margem da Liga. Mas como é só ele que tem as Chaves que abrem e fecham, o poder de ligar e de desligar, sem Ele a Liga nada ligou. O mundo continuou tão desligado quanto antes. A Liga foi o maior fracasso diplomático dos tempos modernos.

“Quando o edifício estava próximo do declive, quando já não estava distante o dia em que nas poltronas rareariam os ocupantes, o solo estalaria por debaixo dos pés dos que ficavam, uma atmosfera de debandada se generalizaria, a Liga convidou o Papa para fazer parte de seu cenáculo. Pio XI não quis. Era tarde…”

A posição de Bento XV

“Bento XV recomendou expressamente aos católicos que distinguissem na Liga (das Nações) dois aspectos diversos. Por seu laicismo, estava cindida do único princípio que lhe poderia dar vitalidade, que é o Catolicismo. A idéia da justiça e da paz entre os povos nasceu da Revelação, e morrera em todos os lugares de onde a crença na Revelação fora excluída. Cultivar a paz em um mundo leigo, em uma organização leiga, é o mesmo que cultivar rosas ou lírios nos arenais do Saara. Assim, esperar da Liga um sucesso durável era positivamente contrariar a doutrina católica.

“Mas, se a Liga não tinha base, muitos de seus objetivos eram bons. Na consecução desses objetivos, a Igreja poderia colaborar com a Liga, os católicos deveriam fazê-lo. Fazê-lo para promover algum bem, um bem módico, momentâneo, mas enfim um bem. Nunca, porém, para esperar da Liga uma salvação que só de Cristo e de sua Igreja se pode esperar.https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20440130_Umaexperi%C3%AAnciaquen%C3%A3odeveseresquecida.htm

Recordemos, o grande erro da Liga das Nações era a sua laicidade. E muito mais graves são os erros de DAVOS, são totalmente antinaturais, massificantes, socialistas.

A posição do Papa Pio XII sobre a Supra Estrutura das Nações, a tentativa de reorganizar o Mundo do pós 2a. Guerra, fica para outra ocasião.

* * *

A Liga das Nações faliu exatamente por sua laicidade. Foi substituída pela ONU. A ONU já não basta e aparecem o Forum Econômico Mundial, a OMS, uma lacaia da China comunista.

É contristante para um católico ver a Santa Sé empenhada em “batizar” a Nova Ordem Mundial, totalitária, massificante, socialista. Vejamos bem, já não se trata da falida Liga da Nações; os erros da Agenda Global deixam longe os devaneios dos edificadores da Liga e todos os sonhadores laicistas do século XX.

A falência da Liga constituiu uma grande lição para a Humanidade. Essa iição não só não foi aproveitada mas pisou-se sobre ela: eis a tentativa de uma Nova Ordem Mundial socialista, massificante, ateia.

Que Nossa Senhora ajude o Brasil a se portar com altaneria frente à esse novo Moloch e saiba defender a soberania, a identidade nacional, a independência face aos novos ditadores globais.

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Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

473 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

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