Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
8 min — há 4 anos — Atualizado em: 9/20/2020, 4:28:24 AM
Eficiência e sustentabilidade na mira dos detratores
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Hélio Brambilla, Nelson R. Barretto e Paulo Henrique Chaves
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À medida que o agronegócio cresce de modo espetacular no Brasil, e sua produção alcança recordes cada vez mais expressivos, cresce também o empenho de nossos concorrentes em produzir obstáculos e empecilhos ao desenvolvimento do País. Não começaram ontem as insistentes lamúrias da mídia internacional pela preservação da floresta amazônica. Desmatamento, queimadas, incêndios, aquecimento global, tudo se junta indiscriminadamente nesse vozerio orquestrado, difundindo para a opinião pública mundial a pior das imagens negativas.
Com que interesse? Qual o objetivo de nos apresentar como vilões ambientais? Algum desses acusadores já teve o cuidado de verificar in loco a veracidade do que divulgam? O que essa campanha difamatória tem a ver com a proposta de um controle internacional sobre a Amazônia? Quem lucraria com essa difamação, e quanto? São perguntas para as quais não é tão difícil encontrar respostas.
Não por acaso, administradores de fundos de investimento internacionais estão se articulando para novas investidas e ameaças. Desta vez a proposta é suprimir investimentos, se não nos enquadrarmos no figurino ambientalista. Como ninguém ignora, o objetivo de tais investidores é um só: lucro. Questões ambientais entram aí apenas como pretexto.
O agronegócio brasileiro tem envergadura de sobra para oferecer a tais detratores uma convincente proposta do ‘dono da bola’. Ela está descrita na última parte do texto, como sugestão aos nossos governantes, e possui todos os predicados para produzir, nesses que se ocupam em insultar-nos e depreciar nossas atividades produtivas, o salutar efeito de moderar o seu rompante.
Os efeitos da pandemia, que alcançaram dimensões mundiais, são também manipulados e orquestrados pelos agentes da globalização. Divulga-se que, por serem mundiais os prejuízos, devem ser sanados por uma entidade supranacional atuando sob as ordens deles, naturalmente. Cavalgando a pandemia, portanto, aí vemos claramente o espectro de uma ‘nova ordem mundial’, com inegáveis propósitos ditatoriais.
É bom destacar que, paralelamente a essas pretensões, cresce o seu oposto, que reivindica mais autonomia, menos tirania. A população bem intencionada se organiza e se articula cada vez mais solidamente através das redes sociais, e sua voz já se faz ouvir alto e bom som. Não queremos ceder nada ao ‘novo normal’ escravizante, e sim retornar ao normal milenar que nos trazia felicidade.
Ao longo deste texto, redigido a quatro mãos, o prezado leitor encontra matéria abundante para esclarecer e orientar suas próprias decisões e atitudes. Assim uniremos nossas forças em prol da Nação que tanto amamos.
O AGRONEGÓCIO IMUNE AO CORONAVÍRUS
A imprensa tem noticiado a luta que os heroicos agentes de saúde vêm travando no cumprimento de sua missão, enfrentando o coronavírus com as poucas armas de que dispõem, chegando alguns a praticar jornadas de 12 a 14 horas para salvar vítimas da pandemia. Militares e policiais são mostrados em diversas atividades alheias à sua rotina habitual, fiscalizando pontos específicos, higienizando locais públicos, transportando recursos urgentes para o acompanhamento terapêutico. Industriais reestruturam suas instalações para produzir insumos cujo consumo se multiplicou. Profissionais do ensino tentam adaptar a transmissão dos seus conhecimentos à nova modalidade de ensino à distância. Costureiras adaptam seus modelos e máquinas para abastecer o País com as impositivas e incômodas máscaras; cuja eficácia, aliás, tem sido contestada.
O pão que vai do solo à boca
A lista enorme iria muito além do nosso limite de espaço, mas ainda assim correríamos o risco de esquecer muitos outros que mereceram a nossa gratidão. Porém não queremos deixar sem agradecimento — um agradecimento muito especial — aos heroicos profissionais da enorme cadeia de produção e distribuição conhecida hoje como agronegócio. Não queremos cometer a injustiça de esquecer esses beneméritos, pouquíssimo lembrados pelo noticiário. Enquanto outros trabalhadores se tornaram titulares de benefícios diversos, eles prosseguiram de-sol-a-sol no seu batente, sem nenhum refrigério nem reconhecimento.
As normas sanitárias impostas pelos governantes confinaram a população urbana numa condição equivalente à prisão domiciliar; e chamaram-na de quarentena, como se toda a população estivesse doente. Não é isso o que poderíamos esperar, de acordo com a definição aplicável a ‘quarentena’: “Conjunto de medidas e restrições que consistia especialmente no isolamento (originalmente de 42 dias) de indivíduos e mercadorias provenientes de regiões onde grassavam epidemias de doenças contagiosas. Isolamento, por períodos de tempo variáveis, imposto a indivíduos ou cargas procedentes de países em que ocorrem epidemias de doenças contagiosas” (Dic. Houaiss). Quarentena, portanto, nunca foi o confinamento de toda a população.
Essa ‘quarentena’ e outras medidas estão sendo amplamente contestadas, mas o nosso objetivo aqui não é este. Queremos apenas ressaltar que certos profissionais não podem parar, como o da cançoneta conhecida: Pobre do leiteiro, coitado, não conhece descanso, domingo nem feriado. Substitua leiteiro por caminhoneiro, fazendeiro, vaqueiro, e estará atendida até a rima. Ainda assim faltarão muitos com outras atribuições dentro desse imenso ramo de atividades essenciais, pois de todos eles depende ‘o pão nosso de cada dia’.
Coronavírus poupando o agronegócio
Não se deve pensar que esses profissionais apenas prosseguem seu trabalho normal, ganhando com isso o salário combinado, o que lhes suprimiria o direito de reclamar. O fato concreto é que para eles até o trabalho normal tornou-se mais difícil. Um bom exemplo é o dos caminhoneiros. Com o fechamento dos postos de gasolina e restaurantes às margens das estradas, decretado por governantes inconsequentes, eles chegaram a ficar sem comida e sem banho. Segundo as declarações de um líder caminhoneiro, seus liderados foram prejudicados também financeiramente pela quarentena. Depois de trazerem alimentos para as cidades, seus veículos não encontram frete de retorno, pelo fato de as indústrias estarem paradas.
O prezado leitor reconhecerá facilmente um grande privilégio e vantagem dos profissionais do agronegócio: não foram paralisados por decreto. Prosseguiram seu trabalho normal, sem uso das máscaras, quase sempre ao ar livre e despoluído, banhados pelo sol benéfico, distantes das aglomerações urbanas, alheios às ‘normas sanitárias’ impostas. Prova disso é que o trabalho deles continuou produzindo, levando-os a atingir mais um recorde. Parece até que o trabalho do campo os tornou imunes à pandemia, antes mesmo de existir o coronavírus.
É muito provável, aliás, que as contaminações por coronavírus e as respectivas mortes tenham tido entre eles um percentual muito menor que o dos trabalhadores urbanos. As amedrontadoras estatísticas diárias não avaliam as vítimas de acordo com suas atividades profissionais, mas temos amplas bases para conjecturar que a parcela desses números referente aos trabalhadores do agronegócio é muito menor — um recorde ‘negativo’, diríamos. Basta lembrar que historicamente, durante as inúmeras epidemias antigas, muitos habitantes da cidade fugiam para casas de campo, a fim de se protegerem. E, uma vez passado o perigo, voltavam saudáveis.
A partir das constatações acima, interpretações distorcidas podem induzir alguns a atitudes desesperadas. Não é o que desejamos, apenas fornecemos elementos para quem gosta de pensar seriamente.
Crescimento sustentável do agronegócio
Enquanto a mídia dirigia a atenção da maioria para o coronavírus e a caotização política, o agronegócio não perdeu tempo, não paralisou as suas atividades. Plantou, colheu, distribuiu alimentos para a população brasileira e exportou como nunca. A safra 2019/2020 produziu 252 milhões de toneladas de grãos, recorde atingido apesar de uma seca temporã em dois Estados expoentes de produção — Paraná e Mato Grosso do Sul — e agora atingindo o Rio Grande do Sul. 122 milhões de toneladas correspondem à soja, principal produto brasileiro de exportação, que ultrapassou pela primeira vez a colheita dos EUA. Vários outros recordes contribuíram para o valor bruto superar 700 bilhões de reais.
Nas exportações, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério da Economia, em abril exportamos o maior volume de soja em um único mês em toda a nossa história: 16.300.000 toneladas, totalizando 5,5 bilhões de dólares, montante 65% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (Valor Econômico, 7-5-20). Para diversificar as exportações brasileiras e não depender só da China, abrimos mercados em mais 18 países nos quatro primeiros meses de 2020.
O Ministério da Agropecuária já deu todas as informações pertinentes de caráter ambientalista, e a elas se acrescenta agora o articulado esforço empresarial para incrementar a exploração sustentável no clima amazônico. Apesar disso, prosseguem o vozerio e as ameaças. Haverá a intenção de desvalorizar os produtos brasileiros no mercado? Será para nos excluir da concorrência? Se assim for, o mínimo a dizer é que se trata de deslealdade, e não se pode ficar na dependência de parceiros desleais.
Decréscimo populacional sob encomenda
Ecologistas radicais consideram que a Terra esgotou seus limites. Por isso querem eliminar rapidamente um bilhão de pessoas pelo aborto, evitando nascimentos, usando o desumano modelo chinês de um só filho por família, eutanásia para milhões de idosos etc. E não esqueçamos que uma pandemia — natural ou encomendada — pode fazer tudo isso sozinha.
Surgem então algumas perguntas: Será que nos almanaques e agendas desses ecologistas constam guerras para acelerar esse extermínio? Isso tem alguma semelhança com o extermínio promovido pelos nazistas no século XX? Teria a pandemia sido produzida sob encomenda?
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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 837, Setembro/2020.
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