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Plinio Corrêa de Oliveira
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Brasil “dependência colonial” da China?


Dilma Rousseff chegada a Sanya, China, foto Roberto Stuckert-PR

Após uma semana na China, a viagem da presidente Dilma Rousseff amoleceu em matérias de direitos humanos ‒ parece que serão enrijecidos só no Brasil ‒ e concentrou-se no comércio.

Qual foi o balanço?

Um jornal econômico ‒ “Valor” 14.4.2011 ‒ o fez em editorial, apontando para uma inquietante conclusão: o Brasil progride para ser uma colônia comercial da China. Só comercial?

Eis as conclusões principais do jornal:

A parte política pode ter dado alguma esperança à diplomacia brasileira, embora nada garanta. “Na questão dos direitos humanos, sobre os quais a China não aceita a menor interferência externa, os dois países estabeleceram que fortalecerão consultas bilaterais e ‘promoverão o intercâmbio de experiências e boas práticas’.

“Provavelmente, haverá um fluxo de experiências de mão única, vinda do Brasil, pois a China é uma ditadura de partido único que não aceita os menores indícios de democracia em seu sistema político.

“A ofensiva (chinesa) na África e na América Latina está bem adiantada, e há poucas coisas que desviam os chineses de seu objetivo de obter garantia de acesso a matérias-primas para seu país.

“As relações comerciais com o Brasil guardam a forma da velha dependência colonial: commodities em troca de bens manufaturados.

“A China tornou-se uma ameaça para vastos setores industriais domésticos, com sua moeda e produtos baratos. O governo chinês não gasta um tostão que seja em nome de solidariedades abstratas. A maioria dos investimentos prometidos na viagem de Lula em 2004 não ocorreu.

“Até há pouco, o padrão chinês de investimento no Brasil se caracterizava por baixos aportes em projetos baratos, especialmente na Zona Franca, com larga escala de importação de componentes vindos da China e países da Ásia.

“A promessa da Foxconn de investir US$ 12 bilhões para a produção de displays (telas de computador e tablets) no país, que criaria 100 mil empregos, poderia indicar alguma mudança, mas deve ser vista com desconto. Empresários brasileiros apontam que o valor do investimento está superestimado.

“Os chineses agora avançam rapidamente e, em 2010, foram os maiores investidores do Brasil, com grandes aquisições na área de distribuição de energia, petróleo e minério de ferro.

Presidente Dilma Rousseff cumprimenta presidente da China, Hu Jintao, foto Roberto Stuckert-PR

“Até agora parece pouco interessante aos chineses fabricarem algo além de bens de consumo, para atender a um mercado doméstico em franca ascensão. Boa parte da demanda brasileira é atendida por importações chinesas, favorecidas por um câmbio valorizado.

“Quanto à abertura de seu próprio mercado, é bom ser realista. O Brasil esperou anos para vender carne suína aos chineses e eles agora prometeram comprar alguma coisa de três frigoríficos brasileiros.

“O governo chinês não deu autorização à Embraer para fabricação de novos jatos porque rivalizava com projetos semelhantes domésticos.

“Segunda potência mundial, a China não tem muitos motivos para fazer algo mais que concessões cosméticas ao Brasil.”

Se as concessões chinesas foram cosméticas, o que dizer das brasileiras ao gigante comunista?

Em qualquer caso, de um lado ou do outro as vantagens todas foram para o socialismo internacional.

Fonte:http://esta-acontecendo.blogspot.com

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Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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