Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 1/15/2016, 4:46:10 PM
Ivan Rafael de Oliveira
“Bem vinda ao Clube!” Afirmou Chávez após a vitória de Dilma Rousseff . Essa e outras declarações do presidente da Venezuela sobre Dilma vêm noticiadas pela agência BBC Brasil no dia 01 de novembro de 2010, 1 dia após a eleição.
Logo após a vitória para presidente do Brasil, Dilma vem recebendo “elogios” e parabenizações de chefes de Estado do mundo inteiro. O que chama a atenção é de onde e de quem estão vindo tais felicitações.
“Irmã, companheira, bem-vinda a esse clube” disse Chávez acrescentando que ela se converterá num “gigante”.Os jornais venezuelanos deixam muito claro o motivo da comemoração afirmando que é uma “ex-guerrilheira” a primeira mulher a governar o Brasil.
Com Dilma na presidência, a Venezuela pretende manter o chamado “eixo de integração” entre Brasília, Caracas e Buenos Aires.
Com essas afetuosidades, não estaria Chávez considerando a nossa próxima presidente uma aliada? Como alguém que ao menos não
colocará obstáculos para a disseminação do socialismo bolivariano na América do Sul?
Apesar da moderação nos discursos de Dilma, parece que ele se coloca na lista daqueles que não crêem na mudança de pensamento dela, disse ele “Você vem de longe, companheira, te conheço. Sabemos de onde você vem, da batalha pelo Brasil, da batalha dura.”
Acrescentando outro “elogio” declarou que ela é “uma mulher patriota”, adjetivo muito usado por Chávez para definir aqueles
que são favoráveis a sua revolução bolivariana. E para deixar ainda mais claro a sua posição, taxa os adversários da nova presidente de agentes do “império”, que seriam “os interesses da ‘burguesia’ regional e dos Estados Unidos”. Parece até poesia, ele quer acusar o capitalismo em geral.
Controle da imprensa, estatização de grandes empresas e perseguição política, não há o que Chávez não tenha feito para calar os seus opositores e se perpetuar no poder.
Na Venezuela 61,3% dos brasileiros que votaram, foram contrários à candidata. Por que não teriam eles interesse de que o Brasil seguisse no mesmo rumo do país em que residem?
De elogios todo mundo gosta, mas de acordo com o contexto eles podem significar o oposto ao que parece. Quem gostaria de ser chamado de tão belo como as obras de Picasso? Ou, nesse caso, de “gigante” para o socialismo de Chávez? Mas se alguém ainda insiste de dizer que isso é elogio, desse clube eu não faço parte.
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