Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 6 anos
Diz-se que a música é boa quando agrada aos ouvidos, assim como uma bela pintura agrada aos olhos. Entretanto, para ser de fato boa, a música precisa satisfazer sadiamente todas as potências da alma: a inteligência, a vontade e a sensibilidade.
Para entendermos como isso ocorre, imaginemos o seguinte:
Estamos assistindo a um batalhão que desfila ao som da marcha militar. Neste momento, as potências da alma se “reúnem” como num Conselho de Guerra. A inteligência pondera, e diz: Como isso é belo, é bom, portanto, verdadeiro! E a vontade, como uma rainha soberana, aconselha: É preciso lutar para manter essa ordem. Vamos para frente, coragem! Enquanto o coração pulsa forte, com desejo de heroísmo.
O rock, o funk e outros tipos de música de nossos dias, pelo contrário, produzem uma desordem mental, apetece a vontade para coisas desonestas e ao pecado, e podem levar ao homicídio ou ao suicídio. Estas músicas, em geral, estimulam a sensualidade já corrompida pelo pecado original para os prazeres carnais.
Já a música clássica, como a de Mozart, produz paz e harmonia na alma, agrada a inteligência e a vontade. Em nada faz lembrar o pecado, especialmente o da impureza. O Gregoriano, por sua vez, eleva a alma para a contemplação das grandezas celestes e a glória de Deus.
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira teceu vários comentários sobre Mozart, compilados por Luis Dufaur[i], que citamos a seguir:
1 – Há três aspectos louváveis na música de Mozart: a) uma nota aristocrática – um tanto frívola, é verdade, mas indiscutivelmente aristocrática; b) uma certa lógica, que é inerente ao aristocrático de Mozart; c) é preciso reconhecer um terceiro valor naquela música –– certa castidade: a música de Mozart é casta, ao contrário da música de Beethoven, que já é besuntada de sentimentalismo (Palestra em 27-3-1973).
2 – Há certas músicas de Mozart que convidam tanto a não ser corrupto quanto a um estado de espírito que é oposto à corrupção (Palestra em 16-3-1971).
3 – Um minueto de Mozart reflete toda a felicidade daquela calma, daquela tranquilidade, daquela racionalidade, expressas nessa peça musical. Comparem o minueto com a valsa, em que se dançava aos pares, num verdadeiro turbilhão (Palestra em 7-5-1971).
4 – A meu ver, Viena se exprime ainda muito melhor em Mozart do que em Schubert ou em Strauss. Propriamente, a Viena anterior à decadência é a Viena de Mozart. E de fato aquela doçura mozartiana – que nós, por causa dos traços franceses de nossa cultura, somos habituados a ver ligados à douceur de vivre francesa – viu a luz em Viena. Mozart é fruto daquela atmosfera que de Viena se irradiava para toda a Áustria. E creio que é bem em Mozart que essa douceur de vivre se faz sentir (Palestra em 10-7-1970).
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Enquanto a música clássica e o gregoriano produzem um estado de espírito de paz e harmonia nas pessoas, o funk, o rock, o heavy metal, a country music, e também o blues, segundo estudos publicados pelo jornal Brasileiro de Psiquiatria (vol.58 nº1, RJ, 2009), têm forte relação com a tendência ao suicídio de seus apreciadores.
Hoje há os “pancadões” em logradouros públicos, onde uma grande quantidade de jovens consome bebidas alcoólicas e drogas, e pratica sexo a céu aberto. Tudo isso ao ritmo frenético e imoral do funk. Além disso, os ditos “motoqueiros” contribuem para aumentar o barulho com os ruídos estridentes de suas motocicletas, com escapamentos abertos, circulando pelo bairro e atormentando os vizinhos. O ambiente parece uma repetição, em menor proporção, de Woodstock ou da revolução da Sorbonne, em Paris, em 1968.
Esse tipo de música também se tornou um fator de identificação entre os jovens pelo seu modo de pensar – se é que pensam! – de se vestir, de portar-se socialmente, e também pelas tatuagens e piercings em seus corpos.
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Vimos anteriormente como os perfumes podem influenciar o comportamento humano. Agora, constatamos como também a música “influencia a fundo as mentalidades” e induz “pessoas, famílias e povos à formação de um estado de espírito profundamente revolucionário”, conforme mostra o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em Revolução e Contra-Revolução.
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[i] https://ipco.org.br/musica-de-mozart-melhora-a-atividade-cerebral/#.XCoSZFxKjIU
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