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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Esta página será negativista?


Titanic

E o comandante imaginário do famoso e “moderníssimo” Titanic, diz ao passageiro também imaginário:

– Não se preocupe com o iceberg. Analisemos as coisas com profundidade. Vejamos o lado bom delas. Afinal, são criaturas de Deus…   tenhamos boa vontade. Não devemos ser negativistas, e ver a todo momento um lado mau e um perigo novo…

E um choque pavoroso mandou para o fundo do mar, aquele orgulho de seu tempo. Deu no que deu, e a frase do comandante era verdadeira. Realmente não devemos nos alarmar a todo momento com um perigo novo. Exceto se o perigo realmente existe!

Assim, sendo, a verdadeira questão é se no mundo moderno estamos realmente assediados por perigos, e se esse é um aspecto saliente do que no cerca. Convém dizer desde logo que felizmente não é o aspecto único. O perigo é ter um otimismo, ou um pessimismo, a priori.

No que toca à questão do negativismo, ensina Dr. Plinio: “é necessário antes de tudo esclarecer o que seja propriamente ‘positivo’ e ‘negativo’. Alguns espíritos apressados julgam responder à pergunta dizendo simplesmente que é negativo todo pensamento, todo princípio, todo preceito em cuja formulação se encontra a palavra ‘não’. Na realidade a resposta não resolve o problema. Pois, se assim fosse, a mãe que diz a seu filho que não se debruce imprudentemente na janela faria obra negativa. A que autorizasse o filho a fazer o que bem entendesse junto à janela faria obra positiva. E quando a criança caísse ao chão a obra positiva teria sido levada a seu triunfo!

Certamente não foi negativista, o Apóstolo São Paulo quando disse a respeito de seu tempo: Dies mali sunt! (os tempos estão maus (Ef 5, 16).

Prossegue Dr. Plinio: “Em uma palavra, Deus Nosso Senhor teria feito obra eminentemente negativa revelando os Dez Mandamentos, dos quais só três têm um enunciado positivo, e todos os outros começam com a – terrível, abominável, execranda – palavra “não”. Como vemos, não é pelo uso do sim e do não que se distingue o positivo do negativo”. E termina perguntando: “Os heróis da Reconquista, que levaram oito séculos a destruir os reinos mouros estabelecidos na península, e com isto reedificaram a Espanha cristã, teriam porventura feito obra negativa?

Para saber se algo é bom ou não, é preciso analisá-lo seriamente e de acordo com a objetividade. Sem o execrando wishfull thinking: ou seja, os pensamentos cheios de desejos, que os deturpam Só assim seremos úteis e leais para com nossos leitores, evitando o que diz o apóstolo São Paulo: Se a trombeta der um som confuso, quem se preparará para a batalha?

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Leo Daniele

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